A equipe econômica do governo
Bolsonaro vai propor que o reajuste do salário mínimo seja feito sem ganho real
para os trabalhadores. Segundo técnicos do governo, a opção será estabelecer
apenas a inflação como parâmetro para a correção do piso nacional em 2020. A
informação foi divulgada nesta sexta-feira (05) pelo Jornal O Globo.
Hoje o salário mínimo está em R$
998. A atual fórmula de cálculo do reajuste foi fixada em 2007, na época do
governo Lula, e leva em conta o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de
dois anos antes mais a inflação do ano anterior, medida pelo INPC.
“Se não fosse a política de
valorização do salário mínimo, implementada pelo governo Lula, e que agora
Bolsonaro quer acabar, o valor atual do mínimo seria de apenas R$ 573 ao invés
dos R$ 998 praticados em todo o país”, lembram os sindicatos filiados à Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
O objetivo do governo atual é
economizar cerca de R$ 7,6 bilhões às custas dos trabalhadores. O alívio nas
contas é explicado pelo fato de a maior parte das aposentadorias do regime
geral estar vinculada ao mínimo, assim como os benefícios assistenciais e
trabalhistas. O teto do INSS, o Benefício da Prestação Continuada (BPC) pago a
idosos pobres e pessoas com deficiência de qualquer idade e o abono salarial
são vinculados e seguem o mínimo.
De acordo com o Jornal O Globo, o
Ministério da Economia ainda estuda como será a política de reajuste do salário
mínimo nos anos seguintes, mas a possibilidade mais forte, neste momento, é
definir apenas a inflação. A decisão final será do presidente Bolsonaro.
No início deste ano, Jair
Bolsonaro fixou o salário mínimo em R$ 998. O valor ficou abaixo do que foi
proposto pelo governo Temer, de R$ 1.006. Esse reajuste foi o segundo menor em
24 anos, desde a implantação do Plano Real, em 1994.
Fonte: CTB-MG com
informações do Jornal O Globo e Bancários da Bahia
Imagem: Divulgação Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário