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7 de mai. de 2019

Trabalhadores dizem não às privatizações


Não à privatização das empresas públicas. Este foi o recado dado pelos trabalhadores e sindicalistas ao governo Estadual e Federal durante audiência pública realizada nessa segunda-feira (06), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

“Nos últimos anos, as privatizações demonstraram que não geram emprego. Pelo contrário, tem gerado desemprego e precarizado os serviços contratando trabalhadores terceirizados”, disse o Secretário-Geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG), Gelson Alves da Silva.

Ele ainda lembrou que a Copasa registrou um crescimento significativo nos últimos anos, assim como a CEMIG. Portanto, esse discurso privatista do atual governador do Estado, Romeu Zema (Novo), deve ser rechaçado.

Os participantes da audiência propuseram também a união das categorias em torno de uma pauta comum: a defesa da soberania nacional e dos serviços públicos. Segundo eles, essa movimentação deve culminar com a participação maciça em duas greves nacionais: da educação, marcada para 15 de maio, e a greve geral, prevista para 14 de junho.
A audiência, que foi requerida pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), teve como objetivo debater o modelo de privatizações adotado por esses governos e as suas consequências para a classe trabalhadora.
Letícia Gomes de Faria, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), apregoou que a privatização leva à perda do controle dos bens naturais, como água, minérios e energia, e dos processos de trabalho e de produção.
Ela exemplificou com a Vale, privatizada há 22 anos, que apresenta lucros altíssimos, mas traz grandes prejuízos para a população, como ocorreu nos rompimentos de barragens em Mariana (Central) e Brumadinho (RMBH).
Já Anselmo Silva Braga, coordenador do Sindipetro/MG, afirmou que a sua categoria sobreviveu às ameaças de privatização da Petrobras, levadas à frente pelos ex-presidentes Fernando Collor e Fernando Henrique, e vai sobreviver ao atual governo.
Ele ainda disse que não faz sentido privatizar a Refinaria Gabriel Passos, em Betim (RMBH), pois a empresa vende toda sua produção. Ainda alertou para o risco de um desastre na unidade, uma vez que as manutenções estariam sendo deixadas de lado.
Fonte: CTB-MG com informações da ALMG
Fotos: Willian Dias (ALMG)





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