Não à privatização das empresas públicas. Este foi o recado dado
pelos trabalhadores e sindicalistas ao governo Estadual e Federal durante
audiência pública realizada nessa segunda-feira (06), na Assembleia Legislativa
de Minas Gerais (ALMG).
“Nos últimos anos,
as privatizações demonstraram que não geram emprego. Pelo contrário, tem gerado
desemprego e precarizado os serviços contratando trabalhadores terceirizados”, disse
o Secretário-Geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em
Minas Gerais (CTB-MG), Gelson Alves da Silva.
Ele ainda lembrou
que a Copasa registrou um crescimento significativo nos últimos anos, assim
como a CEMIG. Portanto, esse discurso privatista do atual governador do Estado,
Romeu Zema (Novo), deve ser rechaçado.
Os participantes da audiência
propuseram também a união das categorias em torno de
uma pauta comum: a defesa da soberania nacional e
dos serviços públicos. Segundo eles, essa movimentação deve
culminar com a participação maciça em duas greves nacionais: da educação,
marcada para 15 de maio, e a greve geral, prevista para 14 de junho.
A audiência, que foi requerida
pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), teve como objetivo debater o modelo de
privatizações adotado por esses governos e as suas consequências para a classe
trabalhadora.
Letícia Gomes de Faria, do Movimento dos Atingidos
por Barragens (MAB), apregoou que a privatização leva à perda do controle dos
bens naturais, como água, minérios e energia, e dos processos de trabalho e de
produção.
Ela exemplificou com a Vale, privatizada há 22
anos, que apresenta lucros altíssimos, mas traz grandes prejuízos para a
população, como ocorreu nos rompimentos de barragens em Mariana
(Central) e Brumadinho (RMBH).
Já Anselmo Silva Braga, coordenador do
Sindipetro/MG, afirmou que a sua categoria sobreviveu às ameaças de
privatização da Petrobras, levadas à frente pelos ex-presidentes Fernando
Collor e Fernando Henrique, e vai sobreviver ao atual governo.
Ele ainda disse que não faz sentido privatizar a
Refinaria Gabriel Passos, em Betim (RMBH), pois a empresa vende toda sua
produção. Ainda alertou para o risco de um desastre na unidade, uma vez
que as manutenções estariam sendo deixadas de lado.
Fonte: CTB-MG com informações da ALMG
Fotos: Willian Dias (ALMG)
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