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28 de fev. de 2011

CTB Minas tem nova Secretária de Juventude

Juliana de Souza Matias, jovem trabalhadora rural é a nova Secretária de Juventude da CTB Minas. Ela foi empossada e apresentada formalmente à Diretoria Plena no dia 25 de fevereiro, em Belo Horizonte. A moça substitui Tiago Santana, que agora se dedica integralmente às atividades como diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Minas Gerais (Sinttel-MG).

Juliana de Souza Matias tem 24 anos, é natural de Bugre, município do Vale do Rio Doce. Foi criada com avós maternos, que ainda residem na cidade, e faz questão de incluir na biografia a convivência com a bisavó, de 80 anos. Há pouco mais de um ano, a jovem vem se destacando em atividades do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Minas Gerais (Fetaemg).


A nova Secretária da CTB Minas desponta como quadro do Movimento Sindical. Ela já possui experiência no trabalho com programas de habitação rural e, atualmente, é tesoureira do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bugre. No início de 2010, Juliana de Souza Matias passou também a compor a coordenação de juventude da Fetaemg, tendo sido eleita para a regional Vale do Rio Doce.

Durante sua apresentação oficial à Diretoria da CTB Minas, Juliana destacou que a juventude é um dos grandes desafios para o Movimento Sindical. “Quando se fala em juventude, há um discurso que não tem cabimento. As pessoas falam que o jovem é o futuro do Brasil, do Sindicato, da propriedade, mas se não trabalharmos com esse jovem, para onde ele vai? Com quem vai se identificar?”, questiona.


Juliana destacou o compromisso com a divulgação e fortalecimento das políticas públicas para a juventude, além da luta para incluir essa parcela de trabalhadores, “sedentos por participação”. Ela também acredita que a mobilização da juventude pode contribuir para integrar cidade e campo, que teriam as mesmas necessidades: emprego e geração de renda. “Não devemos lutar apenas por categorias de grupos específicos. Nosso desafio é lutar por todos os trabalhadores, sejam eles de nossa base ou não”, completa.

Redação: Verônica Pimenta/Jornalista CTB Minas

Rodoviários de BH suspendem greve e aprovam acordo salarial

Os rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana decidiram suspender o movimento de greve. Eles aceitaram  a proposta de reajuste de 8%. A deliberação aconteceu em duas edições de assembléia na última sexta-feira, 25/02, em Belo Horizonte. Segundo o coordenador político do Sindicato dos trabalhadores, Denílson Dorneles, a diretoria avalia que houve avanços nas propostas do Setra, entidade patronal. Os empresários aceitaram debater problemas no Plano de Saúde com uma comissão de trabalhadores. Pelo acordo, os rodoviários multados no ano de 2010 também conquistam direito ao Plano de Participações nos Lucros (PLR). A partir do dia 5 de abril, quem tem salário de até R$ 1.000, recebe abono de R$ 150. Para os trabalhadores com rendimentos mais altos, haverá participação de R$300.

Foto: arquivo Sindicato dos Rodoviários

As práticas antissindicais estão entre as principais questões de fundo desta campanha dos rodoviários. Preocupa ao Movimento Sindical o fato de o Setra ter chegado a condicionar a possibilidade de negociação à retirada de ações judiciais. O apelo à Justiça do Trabalho envolve temas como a insalubridade e a redução da jornada de trabalho de 6h40 para 6h diárias. Pelo novo acordo, Sindicato dos trabalhadores e entidade patronal enviam documento à Justiça, solicitando que sejam suspensas as ações judiciais, pelo período de 120 dias.

O prazo foi determinado para que ambos os lados sentem-se à mesa para rediscutir os temas, em negociações à parte. “A proposta queira, ou não, dá uma chance de a gente resolver os problemas neste prazo. Eles estão pedindo suspensão das ações, em vez de a gente desisistir. Caso não haja solução, o Sindicato vai manter as ações na justiça”, explica Denílson Dorneles. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, o acordo não envolve a luta contra as catracas eletrônicas. Portanto, seguem as ações judiciais contra os sistemas de transporte de cidades da Região Metropolitana da capital, onde motoristas já acumulam funções em microônibus. Em Belo Horizonte, o Sindicato pretende impedir as mudanças, e segue negociando com a BH TRANS.

Redação: Verônica Pimenta/Jornalista CTB Minas.




Eleito com 98% dos votos válidos, João Alves é o novo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Betim/Eduardo Durães


Após eleições realizadas entre os últimos dias 22 e 24 de fevereiro, a Chapa 1 – Garra Metalúrgica, única inscrita para participar do processo eleitoral de renovação para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e Bicas, teve 98% dos votos válidos.A nova direção do Sindicato - que será encabeçada pelo metalúrgico João Alves de Almeida, atual vice-presidente, - estará à frente da entidade pelo triênio 2011-2014.A posse dos novos diretores está marcada para abril, em solenidade com data ainda não confirmada.

Para João Alves, o resultado da eleição ratifica o reconhecimento dos metalúrgicos da base de representação do Sindicato - Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas – no trabalho que vem sendo desenvolvido pela entidade nos últimos anos. “Tivemos uma aprovação maciça nas urnas, e, mesmo com inúmeros problemas que ainda temos a enfrentar em nossa base, os metalúrgicos revelam confiança de que a entidade tem compromisso com a defesa de seus interesses”, avalia.


João Alves ocupará a presidência do Sindicato pelos próximos três anos


Para o presidente eleito, de imediato, no plano local, a nova diretoria terá a tarefa de enfrentar três principais desafios: a defesa de maior democracia nas fábricas, de modo a garantir a liberdade de organização e manifestação dos trabalhadores; o fim da jornada de trabalho excessiva, que tem resultado em graves problemas de saúde entre os metalúrgicos, inclusive do ponto de vista psíquico, e o combate à prática da maioria das empresas, de pagar salários diferenciados para trabalhadores que executam funções semelhantes, a chamada equiparação salarial.

No cenário nacional, de acordo com João Alves, as principais bandeiras de luta da nova diretoria serão a defesa da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem diminuição dos salários; a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que impede a demissão imotivada, e o fim do Fator Previdenciário - mecanismo criado durante o governo FHC que, sob pretexto de inibir a concessão de aposentadorias precoces, reduziu em cerca de 40% o valor do benefício dos segurados. “Esperamos que os metalúrgicos da base estejam ao lado do Sindicato nestes importantes desafios que teremos pela frente”, completa.

Perfil

Natural de Salinas (MG), João Alves de Almeida, presidente eleito do Sindicato, tem 51 anos. Faz parte da direção da entidade desde 1990. Começou a trabalhar na Fiat Automóveis em julho de 1980, empresa em que, atualmente, ocupa a função de revisor de processo especializado, no setor “Prova D´ Água”, no galpão 10.

Confira a composição da nova direção do Sindicato:

Diretoria Efetiva

João Alves de Almeida (presidente)
Gleyson Borges Ferreira (vice-presidente)
Edigar Lopes (diretor de finanças)
Jurandir José de Oliveira (vice-diretor de finanças)
Andreia da Consolação Silva Diniz (secretária-geral)
Eduardo Goulart (vice-secretário geral)
Marcelino Orozimbo da Rocha (diretor de divulgação e imprensa)
José Nunes Neto (diretor de formação sindical)
Narcísio Ramos Penido (diretor de relações sindicais)
Rogério Djalma de Oliveira (diretor de saúde)
Antunes Inácio de São Geraldo (diretor de subsedes)
José Alves Pereira Sobrinho (diretor de mobilização)
Wemerson Gomes de Oliveira (diretor de cultura e esportes)
Celso Maurício Camponez (diretor de assuntos jurídicos)
Gilberto Xavier de Assis (diretor administrativo e de patrimônio)

Suplentes da Diretoria

Clodoaldo Carvalho de Freitas
Isaias Rodrigues de Siqueira
Alexsander Rodrigo Alves Bicalho
Paulo de Oliveira Braz
Jaime de Andrade Coelho
Geraldo Firmino Ribeiro
Robson Teixeira Porto
Devair Vitorino da Silva
Alex dos Santos Custódio
Wander dos Santos Martins
Alisson Roger Fernandes
Gefferson Willian da Cunha
Jussara Gonçalves de Albuquerque
Carlos Rodrigo da Silva
Paulo Wagner Rodrigues Maia

Conselho Fiscal

José Gonçalves Rodrigues
Paulo Miguel Fernandes de Oliveira
Jonathan de Társio Barros

Suplentes do Conselho Fiscal

André Rogério da Silva Azevedo
Omar Andrés Requera
Wanderley Cardoso de Aguiar

Representantes junto à FIT Metal

Vergílio Goulart
Antônio Marcondes dos Reis

Suplentes junto à FIT Metal

Rodrigo de Souza Barbosa
Reginaldo de Jesus Santos

26 de fev. de 2011

CTB Minas publica documento político sobre o Dia Internacional da Mulher

Companheiras e companheiros;


Nós, trabalhadoras e trabalhadores, temos muito a comemorar, pois somos protagonistas do atual projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, e ajudamos a eleger a primeira mulher presidenta do País. Entretanto, muito maior é a nossa responsabilidade para que os direitos das mulheres avancem ainda mais.

A cada 08 de março, temos a oportunidade de analisar os avanços das lutas femininas em todos os espaços da sociedade, em especial no mundo do trabalho. Precisamos ainda conquistar a igualdade entre homens e mulheres, eliminando toda forma de opressão e discriminação.

As mulheres correspondem a 52% da força produtiva brasileira. Entretanto, está comprovado que ainda recebem menos do que os homens pelo exercício de atividades correspondentes. A jornada das mulheres é muito superior à dos homens, ainda mais se levarmos em conta as atividades domésticas. A Secretaria da Mulher Trabalhadora da CTB Minas, de acordo com a orientação nacional, destaca os seguintes eixos da luta para este Dia Internacional da Mulher:

• Em defesa do desenvolvimento com valorização do trabalho;
• Redução da jornada para 40 horas semanais, com igualdade salarial;
• Contra o fator previdenciário;
• Em defesa da Reforma Agrária;
• Manutenção e ampliação das políticas públicas que contribuem para romper as desigualdades entre homens e mulheres;
• Universalização da licença maternidade de 180 dias;
• Aplicação imediata da Lei Maria da Penha;
• Defesa do Programa Nacional de Direitos Humanos;

Conclamamos todas as trabalhadoras e trabalhadores, sindicatos e entidades filiadas a contribuir com essa mobilização, organizando atividades políticas que divulguem e ampliem o apoio à nossa luta.

Saudações Sindicais;

Michelle Faria - Secretária da Mulher Trabalhadora da CTB Minas.

25 de fev. de 2011

Diretoria Plena da CTB Minas delibera mobilização pelo salário mínimo estadual

A Diretoria Plena da CTB Minas realizou nesta sexta-feira, 25/02, a primeira reunião de trabalho de 2011. A reunião contou com a presença de 80 lideranças sindicais de todo o estado, a Secretária Nacional de Formação e Cultura da CTB, Celina Arêas, os deputados estaduais Celinho do Sinttrocel e Carlin Moura (PCdoB), além da supervisora técnica do Dieese-MG, Maria de Fátima Lage Guerra, e do Secretário Geral da Fundação Maurício Grabois em Minas, Sérgio Danilo Rocha.

Após discutirem os temas formação, conjuntura internacional e nacional, os diretores debateram e deliberaram a mobilização pelo salário mínimo estadual. O presidente da CTB Minas, Gilson Reis, informou que as Centrais Sindicais mineiras preparam um seminário sobre o tema, no dia 16/03. Gilson conclamou os sindicatos e dirigentes a se engajarem na coleta metade de 10 mil assinaturas a favor de um Projeto de Lei de iniciativa popular. “Queremos contar com a nossa base para recolher essas assinaturas e fortalecer o nosso projeto”, explica.

Maria de Fátima Lage Guerra acredita que o momento é bastante propício ao debate. O Brasil “está no melhor cenário econômico para uma iniciativa como esta”, avalia. Maria de Fátima explica que as políticas de valorização do trabalhado ajudam a distribuir a renda. Os municípios de baixo índice de desenvolvimento seriam os mais beneficiados pela valorização do salário mínimo, que implica no crescimento do emprego formal e do Produto Interno Bruto (PIB).

A Diretoria Estadual Colegiada ainda deliberou as agendas para os Dias Internacional da Mulher  e Internacional do Trabalhador, além de seminários de formação e ciclos de debates. O balanço organizacional da  CTB aponta 64 entidades filiadas no estado.

Sinsem-GV encaminha pauta de reivindicações à prefeita Elisa Costa

Com informações do Sinsem-GV


O Sindicato dos Servidores Municipais de Governador Valadares (Sinsem-GV) já encaminhou oficialmente à prefeitura Elisa Costa (PT) a pauta de reivindicações aprovada na Assembleia Geral dos Servidores, no dia 22/02.

Os principais itens aprovados são o piso de R$ 580, mais aplicação do INPC referente ao período de março de 2010 a fevereiro de 2011. A soma dos fatores resultaria em 14% de reajuste nos rendimentos de todas as faixas salariais. Os trabalhadores ainda querem o retorno imediato do pagamento para o 1º dia útil do mês, conforme praticado desde 1997.

Outras reivindicações:

• Cumprimento imediato das cláusulas acordadas em 2009, renegociadas novamente em 2010 e ainda descumpridas pela Administração Municipal;

• Regulamentação dos descontos previdenciários e reflexos nos proventos de aposentadoria;

• Revisão imediata do Plano de Carreiras e Adequação da tabela de vencimentos;

• Respeito à jornada de trabalho;

Novas assembleias setoriais estão marcadas para os dias 28 de fevereiro, 1° e 2 de março.

Estudantes secundaristas criticam lei do meio-passe de BH

A União Colegial de Minas Gerais (UCMG) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) no estado divulgaram nota com ressalvas à lei sancionada pelo prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), autorizando o meio passe para estudantes beneficiados por programas sociais e cujas escolas estão a mais de 1 km de casa.

Segundo as entidades, a lei não atende plenamente às necessidades de formação dos jovens, apesar de configurar, em termos, um avanço. Leia a íntegra da nota abaixo:


 













Os estudantes de Belo Horizonte não querem esmolas!

O dia 21 de fevereiro de 2011 entra para História da capital mineira como a data na qual, pela primeira vez, foi sancionada uma lei que trata de passe estudantil. Isto é um avanço. Contudo, essa lei não merece os aplausos dos estudantes.

Há mais de 30 anos, os estudantes de Belo Horizonte lutam pelo benefício do meio-passe estudantil. Foram incansáveis ocupações na Prefeitura, na Câmara Municipal, além de passeatas pelas ruas de BH.

O ano de 2008 ficou marcado como fundamental para o avanço de nossa luta. Foram mais de oito passeatas durante o período eleitoral. A principio, a defesa do meio-passe não constava em nenhum plano de governo dos candidatos com reais condições de vitória eleitoral. Após as manifestações estudantis, lideradas pela União Colegial de Minas Gerais (UCMG) e União Estadual dos Estudantes (UEE), todos os candidatos tiveram que se manifestar sobre o tema.

No dia 21 de junho de 2010, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) encaminhou para a Câmara dos vereadores o projeto de lei que cria o “Auxilio de Transporte Escolar” (PL.1173/10). O projeto prevê a criação de um fundo municipal de transporte escolar e beneficia integralmente o estudante. Até aqui consideremos um avanço. Entretanto, o projeto da prefeitura é limitado e conservador.

É limitado porque acreditamos que uma política desta magnitude deve beneficiar a todos os estudantes de Ensino Fundamental, Médio e Superior. Entretanto, os critérios exigidos aos estudantes limitam o acesso ao “passe” apenas aos que cursam o Ensino Médio e beneficiados por algum programa social desenvolvido pelo Município e que morem a pelo menos um quilômetro da escola. Está previsto que apenas 10 mil estudantes sejam beneficiados, de acordo com os recursos disponibilizados.

O projeto é conservador, considerando-se que a educação do jovem não se faz apenas na escola. Entendemos que o passe deve contribuir na formação extraclasse, incentivar o jovem a freqüentar teatros, cinemas e bibliotecas públicas. Mas o projeto garante apenas duas passagens diárias, exclusivamente para o acesso à escola. Essa deve ser uma política que influencie na transformação da educação em nossa cidade.

Diante desta lei limitada, convocamos todos os estudantes de BH para ocuparem as ruas e reverter a mais antiga reivindicação da cidade: O MEIO – PASSE ESTUDANTIL PARA TODOS.

Dia 23 de março será o dia municipal de pular a roleta, contra o aumento abusivo das passagens e a favor do passe para todos os estudantes. Porque 10 mil beneficiados não é meio-passe e sim MEIA BOCA. Se houver dinheiro para 10 mil, tem que haver para todos.

Queremos um passe estudantil transformador, inovador e democrático e que contribua para as mudanças da vida da juventude em nossa cidade.

MEIO-PASSE DE VERDADE É MEIO PASSE PARA TODOS.

UNIÃO COLEGIAL DE MINAS GERAIS – UCMG
UNIÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS – UBES.

A herança maldita de Lula?

Por: Gilson Reis*, no seu blog

O PIG (Partido da Mídia Golpista), articulado com os demotucanos e assessorado pelos neófitos neoliberais do PPS, desenvolve nas últimas semanas dois movimentos políticos simultâneos. Primeiro, transformar a presidenta Dilma Rousseff na representante dos interesses do mercado, na gestora competente, discreta, eficiente e dura. Editorialistas da grande mídia, que até pouco tempo a tratavam como uma mulher despreparada e artificial, tratam-na agora como a dama de ferro dos trópicos, pragmática, pouca afeita a badalações e discursos desconexos e rudes do seu antecessor.

 

Segundo, transformar o presidente Lula e seu governo no grande responsável pela crise artificial que passa o país e o mundo nesse início de ano, provocada principalmente pela especulação de commodities agrícolas. Conforme os golpistas de plantão, o aumento dos juros ocorrido no último período, a alta da inflação, o descontrole dos gastos públicos, o aumento do custeio da máquina pública, tudo isso decorre do desgoverno e da irresponsável gestão do ex-presidente Lula. O mais incrível dessa onda artificial é identificar que um dos mentores e garoto-propaganda da campanha é o presidente Fernando Henrique Cardoso.

Embora tenha governado o país por longos oito anos, FHC foi obrigado a ficar no anonimato da luta política brasileira no curso dos dois mandatos do presidente Lula. A solidão imposta ao sociólogo originava das pesquisas de opinião pública, que confirmava a cada nova amostragem o extraordinário nível de rejeição do grão-tucano perante a população brasileira. O PSDB, partido do presidente FHC, teve que escondê-lo nas duas últimas eleições, pois suas aparições representavam desgaste para os candidatos do partido. O motivo que levou FHC a esse descrédito incomparável está relacionado ao modelo de gestão praticado em seus oito anos de governo neoliberal, que ficou nacionalmente conhecido como a herança maldita de FHC.

Governo FHC: privatizações, aumento da dívida pública, endividamento externo, acordos com o FMI, crescimento médio de 2% do PIB, destruição do estado nacional, terceirização da máquina pública, demissão de 98 mil servidores, mercantilização da saúde e da educação, destruição das universidades públicas e dos Cefets, submissão do país aos interesses dos EUA na Alca e na base militar de Alcântara, relações de desprezo com nossos vizinhos da América Latina. Sem contar a reforma da previdência, a desregulamentação dos direitos trabalhistas e previdenciários, a criminalização dos movimentos populares, desemprego, apagão, destruição da infra-estrutura do Estado brasileiro e inúmeras outras ações que tanto mal fizeram ao país e aos brasileiros.

Conforme FHC e seus interlocutores da mídia golpista, vivemos nesse início de ano as conseqüências de uma gestão pública irresponsável e contrária aos interesses do Brasil. Nesse cenário de intrigas e pressões, crescem as manobras de uma elite sedenta de vingança. Para alcançar seus objetivos, tenta de forma desesperada atacar a gestão do presidente Lula com a seguinte palavra de ordem: a herança maldita de Lula. Todavia, é preciso afirmar que entre o real e a fantasia temos um largo caminho.

Governo Lula: geração de 14 milhões de empregos, formalização do mercado de trabalho, aumento real de 74% do salário mínimo, aumento da participação dos salários na renda nacional, aumento médio do PIB de 4%, exportações e balança comercial com superávit recorde, reserva de 300 bilhões de dólares, controle da inflação, redução da taxa básica de juros, controle da dívida interna, menor risco país na história, aumento de 132%, em termos nominais, do investimento em saúde, e de 360% no investimento na educação, expansão das universidades e da educação profissional, 500% de aumento de investimento na cultura, 12,6 milhões de famílias incluídas no Bolsa-família. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) investe bilhões de reais em energia, saneamento, rodovias, ferrovias, indústria naval, aeroportos. O programa Minha Casa Minha Vida disponibiliza recursos para a construção de três milhões de moradias, aumento de dois milhões de barris de petróleo, descobrimento e exploração do pré-sal. Contratação de 67 mil servidores públicos federais, investimento exponencial na agricultura familiar, realização de dezenas de conferências públicas, relação cordial e respeitosa com os movimentos popular e sindical, além de muitos outros benefícios para o país e para o povo.

Vivemos nesses quase dois meses de governo Dilma um cenário muito nebuloso. De um lado, um governo que assimila o programa e a prática da oposição derrotada, e uma permanente e midiática tentativa de cooptação do governo para prevalecer os interesses do mercado e da elite nacional, em detrimento dos trabalhadores. O palocismo germinando nas entranhas do Palácio de forma incontestável e incontrolável.

Finalmente, podemos considerar que a herança maldita de FHC, que Lula absorveu e que Dilma sinaliza a sua continuidade, situa-se é justamente na política macroeconômica: política cambial, fiscal e monetária. Essa política é em síntese a responsável por todos os desajustes da economia nacional e internacional.
Enquanto isso, FHC reaparece nos holofotes da grande mídia como o injustiçado. FHC é agora o líder político mais preparado da história recente do país. E lula? Ah! Não passa de um metalúrgico que precisa ser esquecido pelo país. Lula não passa, conforme eles, de um despreparado líder que tanto mal fez ao Brasil.

Acorda, Dilma, o Brasil precisa avançar. Ou você se esqueceu da herança maldita de FHC?


*Gilson Reis é presidente do Sinpro Minas e da CTB Minas

23 de fev. de 2011

Divinópolis terá programação especial na Semana da Mulher

Os trabalhadores da educação de Divinópolis convidam para a Semana da Mulher, ciclo de debates voltado à discussão sobre a luta pela igualdade de gênero e o fim da discriminação e violência contra as mulheres. A programação inclui a exibição de filmes, curta-metragens e vídeos, todos seguidos de debates com especialistas e militantes.

A Semana da Mulher em Divinópolis é uma realização conjunta do Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação), Sinpro Minas (Sindicato dos Professores), Sintram (Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste de Minas) e Saae-MG (Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar).

As atividades fazem parte das comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março.Clique na imagem para ampliar a programação abaixo:


Sindifogos abre a Campanha Salarial 2011


O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fogos de Santo Antônio do Monte, Itapecerica e Lagoa da Prata (Sindifogos) protocolam, nesta 5ª feira (24/02), a pauta de reivindicações para a Convenção Coletiva 2011-2012. Além dos 15% de ganho real e piso de R$650, o Sindifogos vai dar prioridade ao seguro de vida e a uma metodologia para garantir a segurança do trabalhador.

Foto: Divulgação/Sindifogos

Segundo o presidente do Sindifogos, Antônio Camargos dos Santos, a entidade vai propor as férias coletivas no verão, com o objetivo de reduzir o número de acidentes de trabalho. Nesse período é registrado o maior quantidade de explosões.  De acordo com o Sindicato, duas pessoas já morreram em Santo Antônio do Monte, apenas neste ano.  

A primeira assembleia da categoria, no dia 18/02, contou com a presença de aproximadamente 70 trabalhadores. Antônio Camargos dos Santos quer mais participação ainda.  “Temos muito a conquistar, só depende do engajamento e participação de cada um”, conclama.

Santo Antônio do Monte, Itapecerica e Lagoa da Prata são municípios do centro-oeste mineiro. Aproximadamente 3 mil trabalhadores estão empregados na indústria de fogos local.

Redação: Verônica Pimenta/Jornalista CTB Minas

Vigilantes de Minas aprovam reajuste de 6,46%


Os vigilantes de Minas Gerais referendaram, na última assembleia na segunda-feira (22/02), o reajuste de 6,46%. O novo piso salarial da categoria agora será de R$1.026. Os trabalhadores também conquistaram uma cesta básica mensal no valor de R$72,40, além do tíquete-refeição diário de R$ 5,60. 

Romualdo Alves Ribeiro, presidente do Sindicato dos Vigilantes

Inicialmente, a pauta de negociação previa o ganho real de 5%, além de adicional por produtividade, o que não foi conquistado. Entretanto, foi aprovado novo adicional por risco de vida, que aumentou de 3% para 6%. O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, Romualdo Alves Ribeiro, avalia que mesmo sem o sucesso em todas as reivindicações econômicas, há ganhos políticos para a categoria. “Avaliamos a  negociação  positivamente, porque garantimos a reposição das perdas e o aumento no adicional por risco de vida”, destaca.

Cerca de  70% dos sindicatos de vigilantes em todo o País já conquistaram o adicional por risco de vida em Convenções Coletivas. A diretriz política é tentar alcançar os 30% sugeridos em Projeto de Lei (PL), atualmente arquivado no Congresso Nacional.

Minas Gerais tem cerca de 22 mil vigilantes empregados formalmente. Todas as conquistas da Convenção Coletiva 2011-2012 serão aplicadas retroativamente à data-base de 1º de janeiro deste ano.


Redação: Verônica Pimenta/Jornalista CTB Minas


21 de fev. de 2011

MST ocupa sede da usina Ariadnópolis, no sul do estado

Fonte: MST

Centenas de trabalhadores rurais Sem Terra ocuparam a sede da Usina Ariadnópolis, no Sul de Minas Gerais, nesta segunda-feira, 21. Cerca de 600 pessoas entraram no imóvel cantando e clamando por justiça, pela Reforma Agrária. O MST exige a desapropriação imediata da Antiga Usina, que está com o processo bloqueado há anos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e no poder judiciário. O Movimento também denuncia o uso ilegal do imóvel pelos “testas de ferro” da empresa falida.


Geovane de Souza Moreira e Rose Meiry Aparecida Ribeiro se apresentam como os donos dos seis mil hectares de terras ociosas desde 1983, porém há indícios de que os verdadeiros proprietários sejam um grupo de empresários. Já aconteceram seis despejos na área e há onze acampamentos, com 180 famílias resistindo nas terras.

A paralisia em que se encontra a Reforma Agrária em Minas Gerais é prova da displicência do Estado, que deveria se responsabilizar pelos conflitos e resolvê-los. O caso da usina é mais um de tantos, que comprovam o atrelamento e a conivência do poder público com a latifúndio, a miséria e a injustiça. O conflito de Ariadnópolis se arrasta há 14 anos e não se resolverá enquanto a terra não estiver nas mãos dos trabalhadores.



Rodoviários de BH fazem nova paralisação a qualquer momento


Os rodoviários de Belo Horizonte e 27 municípios da Região Metropolitana continuam em estado de greve. A assembleia de domingo (20/02), rejeitou a proposta patronal de 8% de reajuste, contra os 23% reivindicados pelo Sindicato da categoria, que ainda tenta reduzir a jornada diária de 6h40 para 6h.


A assembleia autorizou seus dirigentes a organizar atos permanentes de mobilização. A diretoria do Sindicato passou boa parte da manhã e tarde desta segunda-feira (21/02) reunida. Isso significa que pode haver novas paralisações a qualquer momento.


Segundo o coordenador político da entidade, Denilson Dorneles, as negociações não avançam porque o Sindicato das Empresas de Transporte (Setra) condiciona a possibilidade de negociar o reajuste à retirada de ações judiciais. Além da insalubridade de trabalho, os trabalhadores tentam reverter, na Justiça, a substituição de cobradores por catracas eletrônicas. Outro ponto importante da campanha reivindicatória é o piso unificado nos 27 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte.


Há onze dias em estado de greve, os rodoviários já promoveram duas paralisações parciais. Denilson Dorneles não descarta uma paralisação geral, que ele faz questão de destacar, é legítima. “As duas formas de paralisação são importantes para mobilizar a categoria, trazê-la para perto de nós. Quando a categoria está mobilizada, e a gente já sabe que já se esgotaram todas as possibilidades de negociação, quando já se criou um impasse, é certo fazer a greve geral”.

 
Redação: Verônica  Pimenta - Jornalista CTB Minas

18 de fev. de 2011

Vigilantes de Minas decidem rumos da Campanha Salarial 2011


O Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais realiza, neste fim de semana e na próxima segunda-feira, assembléias para discutir os rumos da Campanha Salarial 2011. Até o momento, não há acordo com o sindicato patronal. Nas últimas rodadas de negociação, houve inclusive a participação do Ministério Trabalho e Emprego (MTE).

As principais reivindicações são o reajuste de pelo INPC de 6,47%, ganho real de 5%, além da produtividade de 5%, o que elevaria o salário base para R$ 1.116.  Os trabalhadores ainda querem a concessão de tíquetes-refeição mensais, com base nos dias trabalhados, e valor individual de R$ 12.

Fonte: http://www.sindsev.com.br/

A pauta de negociações também prevê o pagamento integral do plano de saúde aos dependentes de trabalhadores e a manutenção da cesta básica. O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Romualdo Alves Ribeiro, informou que as negociações emperraram porque o sindicato patronal se nega a oferecer ganho por produtividade e aumento real.

Risco de Vida

Até este momento, o avanço significativo é a elevação do adicional de risco de vida de 3 para 6%. O adicional é reivindicação histórica dos vigilantes. O Projeto de Lei (PL) que trata do assunto está arquivado no Congresso Nacional.  Em todo o País, a categoria pretende retomar mobilização pelo PL, a partir do diálogo direto com dois parlamentares: Chico Vigilante (PT-DF) e Jô Moraes (PCdoB-MG).

A elevação do percentual de risco de vida fez com que os vigilantes de Minas Gerais aceitassem fechar o acordo salarial em assembleias já realizadas nos municípios de São João Del Rei, Uberaba, Sete Lagoas e Ipatinga. Amanhã, dia 19, será realizada uma assembléia em Pouso Alegre, às 10h, na subsede do Sindicato dos Vigilantes (Rua São José, nº 258, centro). Na próxima segunda-feira, 21 de fevereiro, em Belo Horizonte, a assembleia acontece em duas edições, às 8h e às 19h30, na sede do Sindicato (Rua Curitiba, nº 689, 9º andar, centro).

Redação: Verônica Pimenta/Jornalista CTB Minas.

Audiência Pública aponta caminhos para a paz nas escolas

Fonte: Sinpro Minas

O Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT) pretende convocar os representantes das escolas particulares e dos sindicatos de professores e auxiliares de administração escolar para intermediar a negociação de uma Convenção Coletiva de Trabalho que estabeleça parâmetros de segurança nas escolas. Essa foi uma das principais propostas levantadas na audiência pública promovida pelo MPT nessa quarta-feira (16/02) para discutir a violência nas escolas particulares.

Participaram da audiência cerca de 100 representantes de escolas privadas de Belo Horizonte, que foram intimados pelo procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Arlélio de Carvalho Lages. Segundo o procurador, ainda serão realizadas mais 10 audiências em todo o Estado. A proposta do MPT é, a partir dos debates, produzir uma cartilha com orientações sobre o tema. Para o procurador, todos são responsáveis pela violência e a solução deve ser conjunta. “Há uma banalização da violência nos jogos e na internet. Os pais terceirizaram a educação dos filhos”, enfatizou.

Como convidados, Gilson Reis, presidente do Sindicato dos Professores (Sinpro Minas) e da CTB Minas, e Rogerlan de Morais, diretora do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar (Saae-MG) e da CTB Minas, relataram casos concretos de agressões e intimidações sofridas pelos profissionais dentro das instituições de ensino.

Dupla violência

Gilson Reis citou dados da pesquisa feita pelo Sinpro Minas em parceria com a PUC Minas, segundo a qual mais da metade dos entrevistados (62%) disseram ter presenciado agressão verbal dentro da escola, e 24%, agressão física. Também leu trechos de estudos sobre o tema que retratam bem a situação dos professores. “O aluno referiu-se a minha pessoa dessa forma: ‘não faço. Meu pai paga o seu salário. Nem em casa faço e ninguém vai me obrigar”, exemplificou. “A violência contra o professor é dupla, pois além de conviver com intimidações, sofre em função do problema não ser solucionado”, afirma Gilson Reis.

A proposta do Sinpro Minas para o combate a violência no ambiente escolar engloba a elaboração de uma campanha pela paz nas escolas, com a criação do disque-denúncia, de uma câmara setorial no Conselho Estadual de Educação, para que a sociedade civil possa debater o assunto de forma permanente, e um fórum multidisciplinar, dentro das instituições, com psicólogos e assistentes sociais. O sindicato também propõe a negociação com o patronal para que seja implantada uma comissão específica sobre a violência, a exemplo das

Cipas (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes).

Essa proposta foi considerada bem-vinda por Emiro Barbini, presidente do Sinep-MG (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particulares de Minas Gerais). Segundo Barbini, o Sinep-MG está discutindo o tema com as escolas, que deve envolver os alunos e familiares, para estabelecer regras claras nos regimentos escolares para que as infrações sejam punidas.

Segurança como parâmetro de avaliação

Segundo a procuradora do Trabalho Lutiana Nacur Lorentz, o Ministério Público pode tomar ações preventivas, convocando alunos e professores envolvidos em casos de ameaças, assim como encaminhar medidas punitivas. Ela também sugere que o quesito segurança docente e discente seja utilizado como parâmetro para as avaliações da Capes e do Ministério da Educação.

Também participaram da mesa de debates os representantes do Conselho Estadual de Educação, José Januzzi de Souza Reis, e da Superintendência Regional do Trabalho, Alessandra Parreiras.

17 de fev. de 2011

Nota da CTB Minas sobre a votação do reajuste do salário mínimo

Comunicado à sociedade e à imprensa;

Charge: Nani Humor

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB Minas) avalia que a votação da política de reajuste salário mínimo na última quarta-feira, dia 16, inaugura mal o governo Dilma. A presidenta não honrou o compromisso com aqueles que a sustentaram nas urnas, em detrimento da boa relação entre governo e capital financeiro.

Os trabalhadores votaram em Dilma na esperança de aprofundar os avanços econômicos e sociais recentes. Sabe-se que o salário mínimo contribui para uma economia autônoma e mais robusta. O modelo de desenvolvimento que o País requer presume a distribuição de renda, com inclusão dos mais pobres no mercado de trabalho e de consumo, além de um cenário econômico estabilizado pelas atividades produtivas internas. Contraditoriamente, Dilma anuncia cortes de gastos e manutenção dos juros altos, colocando em evidência a pauta daqueles que foram derrotados politicamente na sua eleição.

O governo envia o seu recado aos movimentos social e sindical. Nossa resposta é a mobilização contínua pelo cumprimento da agenda aprovada na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora de 2010, a Conclat. O salário mínimo digno é apenas um fragmento daquilo que de fato nos mobiliza: o desenvolvimento com valorização do trabalho. Essa necessidade do País e dos trabalhadores traduz-se, neste momento, em uma política ampla para o trabalho na cidade e no campo, que inclua a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais - sem cortes salariais - e o fim do fator previdenciário, entre outras medidas.

Belo Horizonte, 17 de fevereiro de 20011.

Assina este documento a Diretoria da CTB Minas.

Para presidente nacional da CTB, votação do mínimo foi a "Carta aos Brasileiros" de Dilma

Fonte: Fernando Damasceno, do Portal CTB.

“Em 2002, durante a campanha eleitoral, o então candidato Lula elaborou um documento (A “Carta ao Povo Brasileiro”) no qual se comprometia a não alterar a política macroeconômica do país. Ao impedir um reajuste real para o salário mínimo, o governo Dilma agiu da mesma forma”, diz o presidente da CTB.

De fato, apesar de todos os avanços conquistados ao longo dos últimos oito anos, o governo Lula manteve o compromisso da “Carta” e não alterou o tripé na qual a macroeconomia brasileira vem se mantendo desde o segundo mandato de FHC, composto por câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário.

Wagner Gomes discursou na Câmara Federal um dia antes da votação do mínimo

Para Wagner Gomes, o recado atual transmitido pelo novo governo é o do cumprimento à risca do ajuste fiscal “exigido” pelo mercado financeiro. “Mais uma vez, ficou comprovado que a política econômica do país é um grave obstáculo à valorização do trabalho. As centrais se mantiveram até o fim em sua posição por entender que é hora de o país iniciar um novo rumo, em direção a um projeto de desenvolvimento duradouro, que privilegie a produção, a geração de empregos e não a especulação”, enfatizou.

O dirigente acredita que a vitória de Dilma deveria representar um aprofundamento dos avanços conquistados pelo governo anterior. “Mas para isso é preciso que a equipe econômica comece a deixar de lado esse tripé. Os bancos já ganharam demais no Brasil. Para avançarmos, é preciso que os trabalhadores obtenham avanços reais daqui por diante. Infelizmente o governo deu um sinal explícito de que a minoria de sempre continuará se privilegiando”, afirmou.

De acordo com dados do governo, 47,7 milhões de pessoas recebem o salário mínimo, entre trabalhadores formais e informais (29,1 milhões) e beneficiários da Previdência (18,6 milhões). No total, apenas 29% da Câmara Federal votaram contra os R$ 545,00.

O projeto aprovado também definiu qual será a política de reajustes no governo de Dilma Rousseff. Até 2015, o valor não será debatido – o aumento será automático pela fórmula do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, somado com a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do último ano. “Ao aprovar a valorização do mínimo até 2015, o governo mostra que estávamos com a razão. Mas queremos ainda que essa política se torne lei e que seja estendida até 2023”, destaca o presidente da CTB.

Apesar da decisão intransigente do governo, as centrais não pretendem se desmobilizar. “A questão do mínimo era de grande importância, mas continuaremos lutando contra a atual política econômica do país. É preciso que os juros caiam, que o superávit primário seja extinto e que o trabalhador volte a ser valorizado. Essas serão políticas permanentes não só da classe trabalhadora, mas dos movimentos sociais como um todo”, finaliza Wagner Gomes.






O salário mínimo e o preço do desgaste

Do Portal Vermelho, por Altamiro Borges*

O governo Dilma Rousseff venceu fácil a sua primeira batalha no Congresso Nacional. A proposta de reajuste do salário mínimo para R$ 545 foi aprovada com folgada maioria pela base governista, demonstrando a força temporária desta hibrida aliança. A emenda do PSDB, que oportunisticamente propunha um aumento para R$ 600, foi rejeitada por 376 votos – nem sequer todos os tucanos votaram nela. Já a emenda do DEM, que defendia um reajuste para R$ 560, foi rejeitada por 361 votos.

A proposta segue agora à votação no Senado e, se for aprovada, começa a valer em 1º de março, com o salário mínimo subindo de R$ 510 para R$ 545. Em mais de dez horas de debates acalorados, vaias, bravatas e votações, os deputados federais também mantiveram a fórmula de cálculo do reajuste do mínimo acordada entre o presidente Lula e as centrais sindicais – que repõe a inflação do ano, mais a variação do Produto Interno Bruto nos dois anos anteriores. Esta fórmula valerá por mais quatro anos.


Altamiro Borges no 2º Encontro de Comunicação da CTB


O resultado, como já foi dito, expressa a força da base governista. Todos os partidos aliados optaram por seguir as orientações do Palácio do Planalto, sob o argumento de que uma derrota na primeira escaramuça congressual causaria transtornos à presidenta Dilma no início do seu mandato. A oposição de direita até tentou se aproveitar da situação constrangedora, com os seus líderes – mais sujos do que pau de galinheiro – fazendo demagogia sobre o mínimo. No final, a foto demonstrou sua crescente fragilidade.

Autonomia e pressão das centrais sindicais

Já as centrais sindicais cumpriram seu papel. De forma unitária, preservaram sua autonomia diante do novo governo e apostaram na mobilização para exigir um reajuste maior. Durante vários dias, elas “infernizaram” a vida dos parlamentares. Não caíram nas bravatas neoliberais de que o aumento real do salário mínimo causaria inflação e abalaria as contas públicas. Também criticaram a forma intransigente como o governo conduziu as negociações sobre o projeto, em especial o ministro Guido Mantega.

As centrais defenderam a manutenção do acordo firmado com o ex-presidente Lula, que garantiu maior valorização do mínimo nos últimos anos e foi um dos responsáveis pelo aquecimento do mercado interno, o que reduziu o impacto da crise mundial do capitalismo no Brasil. Ao mesmo tempo, com base no crescimento acelerado da economia no ano passado, elas pressionaram por um aumento maior. Afinal, para salvar empresas em dificuldades e ruralistas endividados, o governo vive promovendo ajustes em “contratos”. Por que, então, esta discriminação aos trabalhadores? Para o capital tudo, para o trabalho o mínimo do mínimo!

“Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”

O governo Dilma Rousseff, que se mantém enclausurado no Palácio do Planalto, venceu fácil o seu primeiro teste no parlamento. Alguns líderes governistas, que já esqueceram a sua origem nas lutas dos trabalhadores, devem ter comemorado um bocado na madrugada. A pergunta que fica é qual será o preço desta vitória? Ao final da votação, alguns sindicalistas cantaram nas galerias do Congresso Nacional: “Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”.

O sindicalismo teve um papel decisivo na eleição de Dilma Rousseff no final do ano passado. O demotucano José Serra sentiu a sua pegada e até voltou a usar o refrão golpista da “república sindical”. O sindicalismo não se alia com a oposição de direita, não quer o retrocesso, mas também não pode ficar passivo diante de posturas insensíveis do atual governo. Ele suou a camisa na campanha eleitoral para garantir o avanço das mudanças iniciadas por Lula e não a mesmice tecnocrática, tão servil ao “deus-mercado”.

* Altamiro Borges é jornalista e escritor, presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Em Governador Valadares, petista é multada por descumprir decisão judicial a favor dos trabalhadores

Fonte: Sinsem-GV

O juiz Danilo Couto Lobato Bicalho, da 5ª Vara Cível da Comarca de Governador Valadares, notificou o município e a  prefeita, Elisa Costa (PT), estabelecendo solidariamente multa diária de R$ 3 mil, por descumprimento de sentença que reconhece a jornada semanal de educadores da rede pública. O juiz determinou o envio de cópia da sentença ao Ministério Público Estadual, para que se adotem as providências cabíveis, face ao cometimento em tese de improbidade administrativa.

A sentença é  fruto de um Mandado de Segurança Coletivo, interposto pelo Sindicato dos Servidores Municiais (Sinsem-GV). Foi determinado que Prefeitura e Secretaria Municipal de Educação se abstivessem de exigir o cumprimento da jornada semanal de trabalho imposta pelo artigo 3º da Instrução Normativa nº 01/2010. Portanto, foi reconhecido o direito dos professores de conteúdo a lecionarem 18 módulos de 50 minutos. A Secretaria obriga o cumprimento da jornada semanal de 22 módulos.

Elisa Costa. Foto: Alair Vieira (ALMG) 12/12/2008

A decisão foi concedida no fim do ano passado. O Sinsem-GV solicitou ao município o cumprimento imediato da medida, além do agendamento de uma reunião. Entretanto,  a Prefeitura e Secretaria de Educação, numa atitude equivocada, ilegal e arbitrária, insistem em descumprir as determinações judiciais. 

Entenda o caso

Em março de 2010,  a Secretaria Municipal de Educação editou a Instrução Normativa nº. 01/2010, que aumentava excessivamente  a jornada de trabalho dos professores de conteúdos da rede pública. Logo após o anúncio da medida, o Sinsem-GV realizou inúmeras reuniões e assembleias, tentando suspender a  instrução. Como os trabalhadores não atingiram imediatamente o  objetivo, foi deflagrada uma greve histórica, que  durou mais de 30 dias.

A greve foi suspensa após um acordo, intermediado pela CTB Minas. Todos os professores demitidos foram recontratados. Também foi acordado o pagamento dos dias paralisados e um grupo de trabalho que, com a participação dos dirigentes sindicais, buscasse alternativa legal.

16 de fev. de 2011

O País não pode abandonar a onda de crescimento

A gritaria dos analistas de mercado em torno do deslocamento da taxa de inflação do centro da meta, com tendência de alta como se deu no último período, tem tido grande impacto no governo Dilma. Isso explica a elevação da taxa básica de 10,75 para 11,25%, as medidas de limitação do crédito ao consumidor e mais recentemente o anúncio do corte de cerca de R$ 50 bilhões no Orçamento da União. Acrescente-se a resistência governista em aumentar o mínimo acima dos R$ 545.


Murilo em panfletafem na porta da FIAT (Betim) 11/02/2011

Essa pressão exercida através de diversos órgãos de imprensa não é novidade. Ela é fruto do pensamento hegemônico desde a implantação do Plano Real em torno da manutenção da estabilidade da moeda a qualquer custo. No período FHC, tais custos foram sentidos na carne pelos trabalhadores, como desemprego em massa, arrocho salarial, juros estratosféricos, estagnação econômica, baixa taxa de investimento e por aí vai.

A intenção é se apropriar dos rumos e do projeto de governo Dilma reorientando-o para os interesses conservadores. No Plano de governo pelo qual ela foi eleita, e muito bem votada, não consta tal plataforma conservadora. Pelo que se sabe, nem o tucano José Serra sequer assumiu claramente qualquer compromisso com os preceitos monetaristas.

O que faz um governo de esquerda desviar-se de sua plataforma e assumir preceitos que não são seus - pelo menos em campanha eleitoral? Pelo que sabemos, o Lula, para ganhar a eleição no 2º turno de 2006, teve que demarcar com as diretrizes neoliberais de seu opositor. Em 2010, parecia não haver nenhum candidato monetarista, todos falavam que eram desenvolvimentistas. Por que só agora o monetarismo volta a dar as caras?

Uma coisa é certa, não adianta somente vencer uma eleição. A cada dia, o novo governo está em disputa. Cansada de derrotas eleitorais, a elite financeira está querendo corroer o governo por dentro e por todos os lados. Ao seu lado, conta com um corpo de pensadores bem treinados e formados em universidades estadunidenses e que aqui no Brasil, assim como nos EUA das mega-fraudes financeiras, servem ao capital parasitário, especulativo e que não “prega um prego” na economia. As conquistas do último período do governo Lula estão ameaçadas...


*Murilo Ferreira da Silva é diretor da CTB Minas e do Sindicato dos Professores do Estados de Minas Gerias (Sinpro Minas).




Prefeitura de BH suspende Projeto de Lei que reestrutura previdência municipal


A prefeitura de Belo Horizonte suspendeu a tramitação do Projeto de Lei (PL) 1410/10, que pretende reestruturar o regime próprio de previdência dos servidores municipais. A CTB Minas foi uma das entidades que assinaram a carta de oposição, redigida pelo Sindicato dos Servidores (Sindibel) e outras entidades de trabalhadores.

A suspensão do trâmite foi solicitada ao prefeito Marcio Lacerda (PSB), após o parecer jurídico de advogados, que apontaram graves faltas, inconstitucionais ou prejudicais aos trabalhadores. Célia Lélis, presidenta do Sindibel, informa que a carta ao prefeito pediu mais democracia e transparência. “Aguardamos que o debate seja mais amplo e que as propostas dos trabalhadores sejam acatadas através das entidades de classe”, afirma.

Célia Lélis, em manifestação 30/09/2010


 Ainda segundo as informações de Célia Lélis, o parecer jurídico encontrou brechas para que a prefeitura confisque parte da renda do servidor, em caso de alguma divida com o município. As crianças nascidas após a morte do trabalhador também não estariam listadas diretamente como dependentes. Outra falha apontada seria a cobrança de 11% sobre os vencimentos dos aposentados, a título de manutenção do fundo previdenciário.

O Sindicato dos Professores da Rede Municipal (Sind-Rede BH) foi solidário nas críticas, alegando que o prefeito Lacerda iniciou as mudanças de forma “unilateral”. A diretora Adriana Mansur destaca que a suspensão do trâmite legislativo é bem-vinda, desde que Lacerda esteja disposto a dialogar. “As mudanças que queremos são para dar garantias aos servidores de que não haverá aumento nas alíquotas”. Segundo a dirigente sindical, é necessário diferenciar claramente as lógicas de previdências pública e privada.

A CTB Minas foi comunicada oficialmente do fato por meio de carta, enviada no dia 8 de fevereiro, pelo Secretário Municipal de Governo, Josué da Costa Valadão. O Secretário de Comunicação e Imprensa, Gelson Alves, informou que a Central volta a participar solidariamente das mobilizações, assim que a diretoria do Sindibel delibere uma agenda.

Redação:  Verônica Pimenta/Jornalista CTB Minas
Foto: Sindibel - Eliezer Dias.

CTB Minas convida sindicatos para o Coletivo de Saúde e Segurança do Trabalhador


Companheiras e companheiros;

Reforçamos o convite para que todos e todas participem do debate sobre a construção do Coletivo de Saúde e Segurança do Trabalhador da CTB Minas. A reunião que dará início a esse processo será realizada amanhã, 17 de fevereiro, 5ª feira, às 14h, na sede do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais (Rua Curitiba, nº 689, 9º andar).




Destacamos que, para o sucesso dessa iniciativa, será fundamental a participação de todas e todos. Gostaríamos de contar com a presença de pelo menos um representante de sindicato e/ou entidade filiada.

Gentileza confirmar presença pelo e-mail: ctbminas@gmail.com ou telefones: (31) 3272-5881.

OBS: os custos com passagem, hospedagem e alimentação serão por conta dos sindicatos.

Saudações Sindicais;

Diretoria da CTB Minas.

Sindicato dos Servidores de Nova Lima realiza seminário de gestão


O Sindicato dos Servidores Municipais de Nova Lima (Sindserp) realiza nos dias 16 e 17 de fevereiro, quarta e quinta-feira, o Seminário de Gestão para o período entre 2011-2014.

No primeiro dia de trabalho, os dirigentes contaram com a contribuição da Secretária Nacional de Formação e Cultura da CTB, Celina Arêas. A dirigente tratou de conceitos básicos de análise de conjuntura, além da metodologia de trabalho para a esse tipo de análise.



Silvânio Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste de Minas (Sintram) também participou, com uma palestra sobre o movimento sindical no setor público.

Nesta quinta-feira, dia 17, os dirigentes do Sindserp voltam a se reunir. Eles vão realizar um planejamento estratégico para o próximo mandato. A reunião acontece entre as 9h e 16h. A nova diretoria do Sindicato  será empossada no dia 30 de abril.

Para saber mais sobre gestão sindical, acesse o blog do Centro de Estudos Sindicais, CES.

Presidente nacional da CTB discursa no Congresso em defesa do salário mínimo



O presidente da CTB, Wagner Gomes, participou nesta terça-feira (15) do debate realizado na Câmara Federal, em Brasília, em relação ao reajuste do salário mínimo para 2011. O dirigente foi duro ao se dirigir ao plenário e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que o projeto de desenvolvimento do país estará em jogo durante a votação que definirá o valor do benefício.



“Ou a presidenta Dilma aprofunda os caminhos já iniciados por Lula, ou o Brasil vai para a recessão. Temos que escolher entre o desenvolvimento ou a especulação”, afirmou Wagner Gomes, fechando a lista de representantes das outras centrais sindicais que também puderam discursar e se contrapor à proposta de R$ 545 defendida pelo governo.

Para o presidente da CTB, que falou após a exposição de Mantega, ficou claro que o que está por trás da questão do reajuste não é o fato de o Brasil ter dinheiro para isso ou não. Trata-se, segundo o sindicalista, de uma escolha de projeto para o país nos próximos anos. “Não se trata de discutir se há ou não acordo, mas sim se o país vai continuar se desenvolvendo ou se o país vai viver de aplicação em renda, em dinheiro de fora, sem privilegiar a produção”, disse.




Wagner Gomes lembrou também do modo como o governo federal enfrentou a crise financeira em 2009 – razão alegada por Mantega para o pequeno reajuste do mínimo em 2011. O dirigente cetebista pediu para que os trabalhadores recebam apenas o mesmo – e correto – tratamento que banqueiros e empresários obtiveram na ocasião. “O governo em 2009 injetou milhões de reais para enfrentar a crise. O que pedimos hoje é algo parecido. Por que não antecipar ao menos 3% do reajuste do ano que vem para 2011?”, questionou.

O projeto de lei que fixa o piso em R$ 545 será votado nesta quarta-feira (16) da Câmara dos Deputados e depois seguirá para o Senado. Centenas de sindicalistas permanecerão em Brasília para acompanhar a votação.


15 de fev. de 2011

Trabalhadores da saúde em Governador Valadares escolhem representantes da Cipa


Acontece nesta quarta-feira e quinta-feira, 16 e 17 de fevereiro, o processo de escolha dos representantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) para o setor de saúde de Governador Valadares. Os eleitos vão atuar na Cipa entre os anos de 2011 e 2013.


Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Governador Valadares (Sinsem-GV), a votação acontecerá no Hospital Municipal e sede do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).



Valorização a educãção ...



Por: Silvânio Alves*

Na qualidade de Presidente do Sintram (Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro Oeste de Minas) manifesto a minha alegria e contentamento por, nesse momento histórico, representar os Profissionais da Educação de Divinópolis-MG.

Acredito em Educação Pública de qualidade e luto com todas as forças de minha convicção para que os profissionais da Educação sejam reconhecidos pelos pais de alunos, pela sociedade e pelos Governos Federal, Estaduais e Municipais. Não é possível mudar uma sociedade sem Educadores valorizados e estimulados para darem o melhor de si em prol de uma sociedade desenvolvida social e culturalmente.

Tenho dito em minhas palestras que: “A educação pode não te garantir o sucesso, mas a ausência dela te garante o fracasso”. E mais: “A educação é estrada que pavimenta o caminho que leva à sabedoria e o conhecimento”.... Afirmo que sou enamorado e apaixonado pela Educação. Gostaria que todos fossem contagiados por esse sentimento. Digo que Educação só alcançará a sua importância quando ela for prioridade da sociedade e não prioridade de candidatos e de governo em seus discursos.

A minha alegria se dá porque no dia 11 de fevereiro, na Câmara Municipal de Divinópolis, com o Plenário lotado de Educadores, foi aprovado, por unanimidade, a Lei Municipal que institui o Plano de Cargos, Carreira e Salários da Educação Municipal de Divinópolis-MG. Um Plano que tem metas claras de valorização dos Trabalhadores em Educação e prevê isonomia para os Educadores que tem a mesma formação, ou seja, os Professores dos anos iniciais terão o mesmo salário que os professores dos anos finais do Ensino Fundamental. Essa Isonomia se dará progressivamente até o ano de 2013. O PCCS da Educação foi construído por uma Comissão Paritária, na qual a metade de seus membros eram trabalhadores da Educação, eleitos na Assembleia de Educadores, em Junho de 2009. Embora não seja profissional da Educação, os Educadores me elegeram para fazer parte dessa comissão como seu representante.

A Comissão paritária se reunia duas vezes por semana durante o período de agosto de 2009 a julho de 2010, quando entregou o resultado de seu trabalho ao Governo Municipal, depois de diversas assembléias para que a categoria votasse as propostas construídas pela comissão. Dessa Época em diante, a comissão se reuniu para verificar se o governo estava respeitando o que a categoria aprovou em assembléia. O governo, depois de fazer novos estudos, disse que o orçamento municipal não teria condições de absorver os impactos financeiros dos avanços aprovados pela categoria e apresentou novas propostas, assumindo o compromisso de que o texto construído pela comissão seria respeitado o que mudaria, em sua nova proposta, seria o cronograma de desembolso financeiro para garantir a valorização da categoria. Proposta que foi aprovada pela categoria no dia 03 de fevereiro de 2011 e transformada em Projeto de Lei, que foi votado pela Câmara Municipal, em Sessão Extra-ordinária, dia 11 de fevereiro de 2011.

Quero parabenizar aos Educadores que sempre acreditaram no Sintram e na comissão. Os Educadores mostraram sua força e unidade nessa luta árdua para alcançar essa vitória ! Sinto orgulho de fazer parte dessa comissão e de estar presente nesse momento histórico para os Educadores de Divinópolis. Parabéns Educadores, vocês merecem!!!

* Silvânio Alves é presidente do Sintram.

Artigo originalmente publicado no Recanto das Letras, em 12 de fevereiro de 2011.

Plano de carreiras da educação de Divinópolis é aprovado por unanimidade

De Divinópolis, Priscila Mendes

Foi aprovado na última sexta-feira, 11, por unanimidade na Câmara Municipal de Divinópolis, em Sessão Extraordinária, o Projeto de Lei EM-015/2011, que trata do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) da Educação dos servidores municipais. A participação dos educadores foi massiva e as cadeiras do plenário ficaram lotadas.



Antes mesmo da apreciação dos vereadores, o presidente do Sintram, Silvânio Alves, usou a tribuna livre para fazer uma explanação sobre o PCCS. E principalmente, ressaltar sobre a importância da aprovação do mesmo.

“Este é um momento histórico, pois representa uma diretriz de valorização dos trabalhadores da educação. Com essa aprovação, os servidores da educação têm agora uma lei moderna que garante seus direitos e conquistas.” – explicou Silvânio durante pronunciamento na tribuna.

O PCCS da educação foi planejado durante um ano e meio e esses trabalhadores agora terão melhorias em suas carreiras e salários. Vale ressaltar que, durante todo o processo de discussão e elaboração, os servidores participaram diretamente em assembleias. Ou seja, a construção deste plano foi aprovada antes, pelos trabalhadores da categoria.

Dentre tantos benefícios, O PCCS da Educação prevê isonomia salarial para o magistério em 2013 e ainda garante 45 dias de férias para todos os servidores ligados a educação. Além disso, profissionais pós-graduados, com mestrado e doutorado, terão maior progressão salarial de acordo com sua especialização.

14 de fev. de 2011

Em Betim, Chapa Garra Metalúrgica segue rumo à vitória


O Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e Bicas realiza eleições para escolha da nova diretoria entre os dias 22 e 24 de fevereiro de 2011. A CTB Minas apóia a Chapa 1 “Garra Metalúrgica”, única inscrita nesse processo eleitoral. O lançamento oficial da chapa aconteceu na última sexta-feira, 11 de fevereiro, em uma das portarias da FIAT, em Betim.


Confira o álbum de fotos sobre a panfletagem no ORKUT da CTB Minas.

Entre as principais propostas da Chapa Garra metalúrgica, destacam-se:

- Apoio à luta pela implantação do contrato coletivo nacional para os metalúrgicos. Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que os metalúrgicos mineiros recebem menos do que o restante da categoria Brasil afora. Contradição: Minas abriga a montadora que é líder no mercado por nove anos consecutivos, mas o estado é o quinto colocado em termos salariais.

- Engajamento nas lutas e projetos que proporcionam a qualificação profissional da juventude, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
- Reforçar a cobrança para que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) invista na formação e qualificação dos jovens trabalhadores.

- Lutar para eliminar de qualquer discriminação (gênero, raça, religião, etc.).


João Alves de Almeida, candidato a presidente

- Cobrar do governo e das empresas a igualdade de condições para a mulher trabalhadora, além da manutenção de creches e escolas infantis. As mães trabalhadoras precisam ter tranqüilidade, saber que seus filhos estão nas mãos de profissionais qualificados enquanto elas trabalham.

- Manter o apoio às Cipas (Comissões Internas de Prevenção de Acidente) e cobrar dos órgãos públicos uma atuação sintonizada para a defesa da saúde do trabalhador.

- Maior aproximação com os trabalhadores, especialmente nas empresas que são “carros-chefe” da negociação salarial.


Leia mais: 

CTB Minas convida para o lançamento da chapa Garra Metalúrgica

Eleições no Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e Bicas: CTB Minas apoia Chapa 1.