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11 de abr. de 2013

Professores de escolas particulares de Belo Horizonte fazem assembleia no próximo sábado, 13


Os professores de escolas particulares de Belo Horizonte e região realizarão uma nova assembleia no próximo sábado (13), às 10 horas, com o objetivo de discutir o rumo da Campanha Reivindicatória 2013. A assembleia será na sede do Sinpro Minas (Rua Jaime Gomes, 198, Floresta).
No dia 23 de março, aconteceu a segunda assembleia da campanha reivindicatória deste ano. Os docentes voltaram a recusar a contraproposta patronal, que prevê retirada de direitos, e reafirmaram a pauta de reivindicações apresentada aos donos de escolas.
A categoria reivindica reajuste salarial de cerca de 12% (percentual que corresponde ao INPC acumulado mais a variação do PIB e um ganho real de 3%), equiparação dos pisos do ensino infantil ao do ensino médio, seguro de vida e regulamentação da educação a distância, além da manutenção das conquistas, já asseguradas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Na assembleia, o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis (foto), citou dados da economia para demonstrar que o cenário é favorável e permite avanços. Segundos o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 95% das 704 negociações salariais monitoradas em 2012 pelo órgão resultaram em reajustes salariais superiores à inflação, em média 1,96% acima. Foi o melhor desempenho para os trabalhadores desde 1996, quando a série histórica foi criada.
O Brasil também registra o menor índice de desemprego nos últimos dez anos. Em fevereiro, foram criados 123 mil postos de trabalho e, no ano passado, 1,3 milhão de vagas. Além disso, o nível de atividade econômica iniciou este ano em alta de 1,29% (dados de janeiro, em comparação a dezembro), conforme divulgou o Banco Central.
“As condições objetivas para avançarmos estão colocadas. Apesar da crise externa, o mercado interno continua aquecido e com projeção de continuidade da expansão não só da massa salarial, mas do Produto Interno Bruto como um todo. São dados que nos demonstram claramente que o cenário é positivo e não há razões para os donos de escolas se recusarem a atender nossas reivindicações”, afirmou Gilson Reis, que não descartou a possibilidade de uma paralisação das atividades.
O diretor José Carlos Arêas lembrou do aumento das mensalidades em índices superiores ao da inflação e disse que o ensino privado é um dos setores mais rentáveis na economia. “Não há justificativa para que eles não repassem uma pequena parte desses lucros para melhorar as condições de vida e trabalho dos professores”, afirmou.
Já o diretor Newton Pereira de Souza criticou a posição dos donos de escolas de só discutir novas conquistas desde que antigos direitos sejam retirados e falou da importância de ampliar a mobilização para garantir avanços. “Precisamos ampliar a mobilização para pressioná-los a negociar nossa pauta e atender nossas reivindicações”, destacou.
Durante a assembleia, professores também criticaram a precarização das condições de trabalho e manifestaram a necessidade de os donos de escolas valorizarem a profissão docente. “Vamos ampliar nossa união e envolver a sociedade nesse debate. Precisamos melhorar as condições de trabalho e salariais para avançarmos na qualidade da educação”, ressaltou Gilson Reis.
Fonte: Sinpro Minas.

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