A CTB Minas convoca a todos
os sindicatos filiados a comparecerem ao ato contra a criminalização dos
movimentos sociais em Belo Horizonte, patrocinado pelo governo municipal. Organizado
pelas centrais e movimentos sociais, a manifestação será realizado nesta
terça-feira (14), às 11h, na Praça Sete, no centro da Capital.
Após o ato, os marcharemos
até a prefeitura, onde vão se concentrar todas as entidades. A manifestação é
um protesto dos movimentos sociais ao cerceamento da liberdade de manifestação
imposta às entidades pelo governo municipal.
Contrariando a Constituição
Federal, a Prefeitura de Belo Horizonte conseguiu no Tribunal de Justiça de
Minas Gerais uma liminar para impedir a livre manifestação nas ruas da cidade.
Ao cercear o direito constitucional básico do povo se manifestar, o governo
municipal tenta fazer algo que nem a ditadura militar conseguiu.
A liminar determina que as
passeatas e manifestações só podem ocupar um terço da pista de rolamento
das vias arteriais do Município de Belo Horizonte, sob pena de multa diária de
R$ 100 mil por descumprimento - a liminar é exclusiva para os sindicatos dos
servidores públicos, como o Sindibel, Sind-Saúde e Sind-Rede.
Tal decisão vai contra a
liberdade de reunião, que está garantida, entre outros documentos, na
Constituição Federal de 1988, que diz: “todos podem reunir-se pacificamente,
sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização,
desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo
local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente” (art.5º, XVI).
Além do direito de reunião,
a medida também impede ou limita os direitos de locomoção (art. 5º, XV), de
livre manifestação de pensamento (art. 5º, IV) e de livre expressão da
atividade intelectual, artística, científica e de comunicação (art. 5º, IX).
Chacina
O ato público também servirá
para lembrar a chacina de cinco trabalhadores rurais sem terra ocorrida em
Felisburgo, na região do Vale do Jequitinhonha, e cobrar a punição ao assassino
confesso da matança, o latifundiário Adriano Chafik, que, acompanhado de mais
de 15 pistoleiros invadiram o acampamento do MST no município na manhã do dia
20 de novembro de 2004.
Portanto, todos e todas na
manifestação!
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