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30 de ago. de 2013

Em manifestação em Betim, metalúrgicos repudiam projeto sobre terceirização e proposta “vergonhosa” da Fiemg

Os metalúrgicos de Minas Gerais começaram esta sexta-feira (30), Dia Nacional de Greves e Paralisações, com uma vigorosa manifestação contra o projeto de Lei 4.330, que amplia a prática da terceirização da mão de obra pelo país, e, sobretudo, contra a vergonha proposta apresentada pela Fiemg na Campanha Salarial Unificada 2013 – a data-base da categoria é 1º de outubro.
O ato público, realizado a partir das 5 horas da manhã, no viaduto que leva à entrada principal da Fiat Automóveis, sob a BR 381, reuniu lideranças do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Socialista (UJS) e Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FIT Metal).
“Foi um protesto pacífico e organizado para repudiar, principalmente, a proposta que os patrões da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) já nos fizeram logo de cara neste início da nossa Campanha Salarial, oferecendo um índice que sequer repõe a inflação do período, além de ameaçar com a implantação do banco de horas e propor o parcelamento das férias em até três períodos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, João Alves de Almeida.
“Além disso, os metalúrgicos também estão unidos e mobilizados com as centrais sindicais brasileiras na luta contra a aprovação do Projeto de Lei 4.330, da terceirização, que, se aprovado, irá precarizar ainda mais as condições de trabalho nas fábricas”, acrescentou.
Provocação
Na última segunda-feira (26), no primeiro encontro com os metalúrgicos, a Fiemg apresentou um pacote em que propõe reajuste de 5,9%, índice que, além de não repor sequer as perdas que os trabalhadores tiveram nos salários com a inflação, está bem distante dos 13% de reajuste reivindicados pela categoria.
Além disso, em contrapartida à reivindicação dos metalúrgicos de um piso salarial de ingresso de R$ 1.698,00, a Fiemg responde com propostas que preveem um piso mínino de R$ 830,00 (ou 5,7% de reajuste) até o máximo de R$ 1.128,00 (ou reajuste de 5,99%).
O disparate da Fiemg ainda é maior, já que os patrões querem implantar o banco de horas - com compensação das horas trabalhadas no prazo de um ano; propõem o parcelamento das férias em até três períodos, nada oferecem de abono e sequer aceitam discutir a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
“A proposta da Fiemg é uma provocação. Por isso, é hora dos metalúrgicos, mobilizados dentro das fábricas e unidos aos sindicatos e centrais que conduzem nossa Campanha Salarial, abraçarem de vez nossas reivindicações para que possamos chegar a um acordo que valorize o trabalho e o empenho dos trabalhadores dentro das empresas. Os metalúrgicos merecem respeito”, completa.
A pauta de reivindicações dos metalúrgicos, composta por 97 cláusulas - que incluem itens econômicos e sociais - foi entregue aos patrões no dia 31 de julho pelas principais lideranças sindicais da categoria em Minas, representados pela FIT Metal, ligada à CTB, FEM/CUT e Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Minas Gerais (Femetal), ligada à Força Sindical.  Ao todo, estão envolvidos nesta campanha cerca de 250 mil metalúrgicos em todo o estado.
Metalúrgicos e representantes da Fiemg voltam a se reunir para nova rodada de negociações na próxima terça-feira (3), às 10 horas, na sede do órgão, em Belo Horizonte.

Fonte: Sindbet. 

29 de ago. de 2013

30 de agosto: CTB Minas convoca sindicatos e trabalhadores para o Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações

A CTB Minas convoca a todos os sindicatos filiados, trabalhadores e trabalhadoras para as manifestações que serão realizadas nesta sexta-feira (30) – Dia Nacional de Greves e Paralisações. Nesta data, entidades ligadas à CTB e às demais centrais - CUT, CSP Conlutas, CTB, Força Sindical e Nova Central -, representativas de todas as categorias, voltarão às ruas para pressionar os deputados federais a votarem contra o Projeto de Lei 4.330, que amplia a terceirização da mão de obra, precarizando ainda mais as relações e as condições de trabalho.
A pauta de reivindicações também inclui as lutas pelo fim do fator previdenciário; 10% do PIB para a Saúde; 10% do PIB para a Educação; redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salários; valorização das aposentadorias; transporte público de qualidade; reforma agrária; mudanças nos leilões de petróleo; entre outras.
“É fundamental que os dirigentes sindicais de todas as regiões do Estado mobilizem suas categorias e promovam atividades em suas bases para mostrarmos aos empresários e aos governantes que os trabalhadores continuam firmes nas ruas em defesa de seus direitos”, disse o presidente da CTB Minas, Marcelino da Rocha.
Capital
Em Belo Horizonte, as centrais realizarão um grande ato público na Praça Sete, no Centro da cidade, com concentração a partir das 16h. No local, será inaugurado um painel com os nomes dos parlamentares mineiros que integram a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara da Câmara dos Deputados, para que a população possa acompanhar o voto de cada um deles durante a votação do PL 4.330, previsto para ocorrer na próxima terça-feira, 3 de setembro.
A manifestação deverá contar com a participação de sindicalistas e trabalhadores de diversas categorias, como metalúrgicos, professores, trabalhadores rurais, servidores públicos, rodoviários, metroviários, entre outros.

Fonte: CTB Minas.

CTB participa de debate com o governo sobre o programa Mais Médicos

A CTB participou nesta quarta-feira (28) de um debate promovido pela Secretaria Geral da Presidência da República e o Ministério da Saúde, em Brasília, a respeito do Programa Mais Médicos.
O objetivo do governo federal é aprofundar a interlocução com os movimentos sociais sobre os desafios do Programa, aprimorar sua implantação e ampliar o engajamento da sociedade civil, por meio da participação social.
Além da CTB, participam do evento representantes de 50 movimentos sociais urbanos e do campo, ONGs, conselhos, outras centrais sindicais, comunidades religiosas, dentre outros.
O vice-presidente da CTB Joílson Cardoso participou da reunião e destacou que os cetebistas estão muito atentos à questão proposta para o debate. “É notório que o país tem um grande déficit de médicos e é por isso que somos favoráveis ao Programa”, afirmou.
Para o dirigente, sem aumentar o número de profissionais da área será impossível universalizar o acesso a programas de saúde com qualidade para todos os brasileiros.
“O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma grande conquista da população e precisamos fortalecê-lo”, afirmou Joílson Cardoso, citando uma das ideias do médico e ex-senador Jamil Haddad (falecido em 2009).
Metodologia
Além da abertura do diálogo pelo ministro Gilberto Carvalho, o secretário-adjunto da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Fernando Menezes, fez uma apresentação sobre o Mais Médicos e esclareceu dúvidas sobre a metodologia de implantação do Programa e questões como contratação de médicos, infraestrutura e formação.
Lançado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 8 de julho, o Mais Médicos integra um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, que objetiva levar mais médicos para regiões onde há escassez e ausência de profissionais. O programa prevê ainda mais investimentos em infraestrutura de hospitais e unidades de saúde em todo o país.
A primeira etapa do programa contou com a inscrição individual de 1.618 profissionais, que irão atuar em 579 postos da rede pública, em cidades do interior do país e periferias de grandes centros. Deste total, 1.096 médicos com diploma brasileiro começam a trabalhar no dia 2 de setembro. Os estrangeiros começam a atuar no dia 16 de setembro.
Outros 3.600 médicos cubanos devem chegar ao país até o final do ano, para trabalhar pelo programa, totalizando 4 mil profissionais para atuar na iniciativa por meio de um termo de cooperação assinado entre o Ministério da Saúde brasileiro com a Opas. Com a implantação do Mais Médicos, espera-se aumentar o número de vagas de medicina e de residência médica, além do aprimoramento da formação médica no Brasil.

Fonte: Portal CTB.

28 de ago. de 2013

Indicadores sociais servirão para distribuição de médicos cubanos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (foto), disse nesta terça-feira (27) que entre os critérios para definir a distribuição dos médicos cubanos pelos 701 municípios que não atraíram nenhum profissional no Programa Mais Médicos serão observados os indicadores de pobreza e também a composição das equipes.
Os 400 profissionais cubanos, assim como demais estrangeiros, iniciaram na última segunda-feira (26) curso que terá duração de três semanas e, após avaliação, os aprovados serão alocados nos municípios.
“Estamos definindo isso a partir de indicadores de pobreza, escassez de profissionais médicos, IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) dos municípios e também de composição das equipes. Tem profissionais médicos que vieram na missão externa que são casais, a ideia é poder alocar os casais no mesmo município. Essa estratégia será definida ao longo da semana”, disse Padilha após a divulgação da pesquisa Vigitel 2012.
Os médicos cubanos e demais estrangeiros que participam do curso em Brasília foram deslocados nesta terça-feira dos alojamentos militares onde estão hospedados e reacomodados em outros locais, de acordo com Padilha.
Os profissionais reclamaram das condições do alojamento e o ministro disse que eles serão reacomodados em locais onde tenham condições de estudar também durante a noite e com acesso à internet. “Todos eles serão deslocados para locais onde possam estudar durante a noite e no alojamento militar em que estavam não tinham essas condições tão adequadas”, explicou.
Questionado mais uma vez sobre a remuneração dos profissionais cubanos, o ministro Alexandre Padilha respondeu que não vê questionamentos sobre o quanto recebe e quanto fica de recursos para o Banco Mundial em qualquer ação de consultoria prestada pela instituição. Segundo ele, Cuba é como um Banco Mundial da atenção básica de saúde. Ele também citou a vice-ministra da Saúde de Cuba, Márcia Cobas.
“Ela falou em salário integral (salário que os cubanos recebiam pelo trabalho em Cuba), mais bônus que recebem por participar de serviço externo, mais 40% da bolsa. Acho que não podemos ficar reforçando preconceito e não vamos permitir qualquer debate ideologizado sobre isso”, disse.
A vinda dos profissionais de Cuba faz parte de acordo do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A previsão é trazer ao Brasil, até o final do ano, 4 mil médicos cubanos.
Os primeiros 400 profissionais, que chegaram ao Brasil no último final de semana, vão atuar nas cidades que não atraíram profissionais inscritos individualmente no Programa Mais Médicos.

Fonte: Agência Brasil.

27 de ago. de 2013

Médicos cubanos querem trabalhar em cooperação com brasileiros

Após críticas de associações médicas à vinda de cubanos para atuar no Brasil pelo Programa Mais Médicos, a vice-ministra da Saúde de Cuba, Márcia Cobas, disse nesta segunda-feira (26) que os médicos do seu país querem trabalhar em cooperação com os profissionais brasileiros e não ocupar o lugar deles. Márcia Cobas participou da cerimônia de início do treinamento dos médicos estrangeiros, em Brasília, que irá durar três semanas.
“Queremos ir aos locais onde a população mais precisa, onde não tem médicos”, disse a dirigente. A vice-ministra acrescentou que os médicos que vieram trabalhar no Brasil não são desempregados e têm garantia de seus serviços quando retornarem a Cuba.
“Nossos médicos não são desempregados, recebem 100% de seus salários e têm a proteção de suas famílias, na educação, na saúde, para dar tranquilidade e segurança enquanto estão trabalhando em outros países”, disse.
A vice-ministra defendeu a qualificação dos médicos cubanos. Ela destacou a experiência dos profissionais na atuação em diversos países e disse que os cubanos já atuaram em regiões com condições de trabalho difíceis. “Não exportamos médicos, exportamos serviços de saúde”, disse Márcia Cobas.
A médica cubana Mayra Perez Sierra declarou que não teme as reações contrárias à atuação no Brasil. Segundo ela, é normal que mudanças gerem preocupação.
“Toda mudança, em qualquer país, em qualquer momento da vida, gera temor. Mas estamos preparados, estamos seguros, estamos acostumados a enfrentar outros costumes. Eu mesma já estive na Venezuela e no Zimbábue, país com outra língua, com dialetos. Enfrentamos e estamos preparados”, disse.
Sobre a diferença de idioma, Mayra Perez Sierra avalia que não será um empecilho para que os médicos prestem um bom atendimento à população brasileira.
“Nestas três semanas, vamos reforçar o conhecimento. Quanto ao idioma, aprendemos muito, ainda temos que melhorar, mas creio que isso ocorrerá durante o trabalho com a comunidade. Será onde vamos aprender a nos comunicar melhor. Creio que tudo irá bem a nosso favor e em favor do povo brasileiro”.
A vinda dos profissionais de Cuba faz parte de acordo do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A previsão é trazer ao Brasil, até o final do ano, 4 mil médicos cubanos. Os primeiros 400 profissionais chegaram ao Brasil no último fim de semana. Eles vão atuar nas cidades que não atraíram profissionais inscritos individualmente no Programa Mais Médicos.

Fonte: Agência Brasil.

26 de ago. de 2013

Metalúrgicos de Minas e patrões definem calendário de negociações da Campanha Salarial Unificada 2013

Em reunião realizada nesta segunda-feira (26), em Belo Horizonte, representantes de sindicatos e federações dos metalúrgicos mineiros e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) definiram o calendário de negociações da pauta de reivindicações da categoria na Campanha Salarial Unificada dos Metalúrgicos, cuja data-base é 1º de outubro.
Em setembro, conforme o que ficou acertado entre metalúrgicos e patrões neste encontro, estão previstas cinco rodadas de negociações, sendo a primeira no próximo dia 3 de setembro e as demais nos dias 10, 17, 23 e 26.
A pauta de reivindicações dos metalúrgicos, composta por 97 cláusulas - que incluem itens econômicos e sociais - foi entregue aos patrões no dia 31 de julho pelas principais lideranças sindicais da categoria em Minas, representados pela Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FIT Metal), ligada à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM), da CUT, e Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Minas Gerais (Femetal), ligada à Força Sindical.  Ao todo, estão envolvidos nesta campanha cerca de 250 mil metalúrgicos em todo o estado.
O que os metalúrgicos reivindicam
Este ano, os metalúrgicos reivindicam dos empresários reajuste salarial de 13%, piso salarial de R$ 1.698,00, abono de um salário nominal, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem diminuição dos salários, além de cláusulas sociais como pagamento de um salário nominal no retorno de férias; fornecimento de lanche no início da jornada; vale alimentação de R$ 450,00; convênio médico, vales transporte e refeição gratuitos e estabilidade de dois anos aos trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho ou até a aposentadoria, em caso de sequelas de maior gravidade, dentre outras reivindicações.
A pauta de reivindicações da categoria também tem como novidade neste ano o pedido de remanejamento de função às empregadas gestantes, em casos excepcionais ou mediante atestados médicos, pelo tempo que o médico julgar necessário, do início da gravidez até 12 semanas antes do parto.
Presente à reunião desta segunda 26, na sede da Fiemg, o presidente da CTB Minas, Marcelino da Rocha, que também faz parte da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas, tem a expectativa de que a categoria esteja mobilizada nas fábricas e unidas aos seus respectivos sindicatos para que façam uma campanha salarial vitoriosa.
“Neste primeiro encontro, já tivemos uma breve amostra de que os patrões devem nos apresentar uma proposta que está bem distante da realidade dos acordos que têm sido celebrados pelo país afora. Por isso, acreditamos que o fator diferencial a favor dos trabalhadores é a unidade e a mobilização para que possamos ter êxito nas negociações”, ressaltou.
Também o presidente do Sindicato, João Alves de Almeida, diz acreditar que a receita para conquistar as principais reivindicações da categoria, sobretudo aumento real de salários e um piso salarial de ingresso - que seja capaz de valorizar o trabalho de qualidade dos metalúrgicos - é exatamente a força de mobilização dos trabalhadores.
“Nosso lema nesta campanha salarial é bem taxativo: é preciso mobilizar para conquistar. E a experiência nos mostra que não é o patrão que dá o que o metalúrgico reivindica, mas sim o trabalhador que, unido ao sindicato, faz sua parte na luta para conquistar”, afirma.
Fonte: Departamento de Imprensa - Sindbet.



“Devemos fazer uma gestão planejada, ousada e audaciosa”, disse o novo presidente nacional da CTB, Adilson Araújo

Desde o último sábado (24), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) conta com um novo presidente. Trata-se de Adilson Araújo, 45 anos, ex-presidente da CTB no estado da Bahia por dois mandatos e destacado dirigente do Sindicato dos Bancários daquele Estado.
Araújo iniciou sua militância sindical e política no final dos anos 80. Ele participou da fundação da CTB em dezembro de 2007 e, na esfera institucional, foi também presidente do Conselho Estadual de Trabalho e Renda da Bahia (Ceter-BA), representando a bancada dos trabalhadores.
O dirigente assume a presidência da CTB nacional em um momento de consolidação da Central, dentro de uma perspectiva de crescimento que deve colocá-la, a médio prazo, entre as três maiores entidades do país. Para Araújo, essa tarefa exigirá da nova Direção uma gestão planejada, ousada e audaciosa.
Em entrevista ao Portal CTB, Adilson Araújo faz um balanço da trajetória da CTB até este momento, compartilha suas expectativas para o mandato que se inicia, fala sobre a necessidade de fortalecer as seções estaduais da CTB, da atuação da Central junto aos sindicatos do campo e reafirma uma política fundamental para os cetebistas: lutar de forma intransigente pela unidade da classe trabalhadora. Confira:
Portal CTB: Finalizado o 3° Congresso da CTB, que balanço é possível fazer do último período e quais são as perspectivas para a gestão que se inicia?
Adilson Araújo: A CTB aproveitou seu 3º Congresso para fazer uma atualização da conjuntura internacional e nacional, além de se preparar para os próximos quatro anos. De forma muito particular, eu penso que o balanço é extremamente positivo. A CTB, na verdade, foi germinada a partir da compreensão de que o movimento sindical padecia de um conjunto de problemas, entre eles certa apatia reinante. A CTB foi construída num movimento que buscou reunir setores estratégicos da organização da classe trabalhadora, da qual o protagonismo dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais, dos marítimos, do setor metal/mecânico, entre outras tantas entidades que construíram esta central sindical democrática, classista e de luta.
A CTB, em sua fundação, teve como questão fundamental a busca da unidade das centrais sindicais, assim como a defesa de uma nova Conclat, a partir de um movimento nacional que culminou no ato do Pacaembu em 1º de junho de 2010. De lá para cá, a gente tem percebido o quanto foi importante essa decisão, até porque hoje podemos dizer, ao contrário de um passado recente, que temos um instrumento norteador da nossa luta, que é a Agenda da Classe Trabalhadora. Todas as nossas ações desde então têm como centro atualizar essa Agenda. Desta forma, penso que a CTB sacramenta sua disposição de fortalecer cada vez mais a unidade e os laços de solidariedade entre a classe trabalhadora, e evidentemente isso traz uma nova perspectiva, porque encerramos uma etapa vitoriosa, com uma perspectiva real de ser a terceira ou quiçá a segunda maior central sindical do país, sobretudo a partir de sua amplitude e sua política acertada. E há uma realidade concreta: hoje temos mais de mil sindicatos filiados (sendo que desses mais de 700 já estão reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego). Isso nos garante certa visibilidade e nos dá a convicção que não somos mais invisíveis perante os trabalhadores. Lutamos por isso e a CTB, de forma muito apropriada, consegue consolidar esse quadro, graças, em grande parte, ao esforço de um conjunto de dirigentes que se dedicou a consolidar a Central, tendo o companheiro Wagner Gomes à frente desse processo, garantindo uma interlocução interessante com as demais centrais, com uma série de partidos políticos e os movimentos sociais como um todo.
Portal CTB: Que elementos de sua experiência como presidente da CTB-BA irão ajudá-lo nesta nova tarefa?
Adilson Araújo: O mandato da Direção Nacional foi muito promissor, embora as seções estaduais tenham vivido uma verdadeira via-crúcis, diante das dificuldades e da pouca estrutura. Mas é verdade que, pelo fato de termos uma concentração de sindicatos importantes no estado da Bahia, podemos dizer que não foi tão difícil colocar de forma prioritária a orientação da Direção Nacional. A base de sustentação disso se deve aos sindicatos, pois a condição de existir de uma central sindical está diretamente ligada a esse alicerce, que é a ferramenta fundamental. Não existe central sindical sem sindicato de base. E na Bahia nós tivemos a possibilidade de fazer uma transição na qual conseguimos garantir uma representatividade. Esse cenário permitiu que a gente tivesse na Bahia, do ponto de vista formal no Ministério do Trabalho, a maioria dos sindicatos e, do ponto de vista do número de filiados também. Temos hoje cerca de 300 sindicatos filiados, pois temos federações de trabalhadores importantes, como dos bancários, rurais, construção civil, metal/mecânico, alimentos, entre outros. E também um número expressivo de sindicatos urbanos e rurais. Essa força nos permitiu ter um posicionamento mais audacioso. Pelo fato de a CTB permitir um novo olhar, conseguimos dar a ela uma nova dinâmica, praticando um sindicalismo renovado, autêntico e de luta, já que o momento visivelmente permitiu isso e ainda permite, pois embora estejamos numa crise, o Brasil ainda é um país de oportunidades e com perspectiva interessante, que, se bem trabalhadas e o movimento sindical atuar de modo consequente, poderão ser bem melhores.
Portal CTB: De que forma a Direção vai trabalhar a partir de agora o fortalecimento da CTB nos estados?
Adilson Araújo: Podemos dizer que colocamos o time em campo e jogamos de forma satisfatória neste primeiro período. É verdade que a gente precisa ter, a partir desta gestão que se inicia, uma ação mais planejada, pois o esforço terminou em parte predominando uma vontade espontaneista, em grande parte por conta desse desejo novo de se construir uma central sindical, de ir aparando arestas. Para este novo momento, me parece que se torna fundamental planejarmos melhor nossa ação. Tenho a opinião de que planejando mais e melhor os dividendos serão maiores. Temos que ter uma atitude mais elaborada no sentido de corresponder a um conjunto de problemas existentes. Creio que sem essa discussão interna e sem vislumbrar um plano estratégico não conseguiremos desatar os nós. E, como estamos convencidos de que é possível desatar os nós, vamos fazer a opção de canalizar todos os esforços para uma ação de vanguarda, propositiva e planejada.
Portal CTB: Qual sua avaliação da atuação da CTB junto aos sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais? Como ampliar essa atuação?
Adilson Araújo: Temos uma experiência sindical na qual nossa cultura de central sindical era muito “um pé dentro e um pé fora”. Com a responsabilidade de não ser mais apenas uma corrente de opinião e dirigir uma central sindical, pressupõe-se a construção de novos valores. A gente percebia, num passado recente, que a compreensão do trabalhador do campo era a de que ele não se sentia representado pela central sindical. Daí surgia um hiato, um distanciamento muito grande. E foi esse descontentamento que fez com que o segmento de trabalhadores e trabalhadoras rurais assumisse o compromisso de, coletivamente, construir a CTB. A CTB, portanto, jogou um papel fundamental nesse processo. Há uma necessidade objetiva de aproximar o trabalho sindical urbano com o rural. Considero que a CTB só irá consolidar essa proposta se souber combinar a praticidade com essa necessidade de colocar o pé no barro e conhecer mais de perto o drama que é fazer a luta sindical no campo, seus valores, sua cultura. Isso requer uma maior aproximação. Acho, inclusive, que a CTB nacional precisa constituir um departamento ou uma secretaria que, junto do núcleo político da Central, possa se ambientar mais desse cotidiano, buscando repercutir mais a luta sobre as questões agrárias, pois essas demandas ainda não conseguimos responder. Precisamos ter uma radiografia mais apurada dessas necessidades, para que a CTB tenha definitivamente uma marca sindical que vislumbre essa unidade entre os trabalhadores do campo e da cidade.
Portal CTB: Qual deve ser o rumo da CTB em sua atuação internacional para o próximo período?
Adilson Araújo: No passado recente, nossa interlocução no plano da articulação sindical era quase inexistente. Com o surgimento da CTB, pudemos ampliar nosso leque de atuação. Os problemas que afligem um trabalhador na Europa, nos Estados Unidos ou no Japão são os mesmos problemas da realidade brasileira. Num ambiente globalizado, as respostas precisam ser mais dinâmicas e o fortalecimento dos laços de solidariedade devem ser cada vez mais amplos. O mundo impõe uma agenda regressiva e não conseguiremos enfrentar essa agenda se não tivermos uma ação unitária global, de enfrentamento ao capitalismo. A CTB deve ter em sua ação prioritária uma política para se fortalecer cada vez mais no plano da articulação, na interlocução e na troca de experiência com sindicatos internacionais, sobretudo a partir do fortalecimento de sua presença na Federação Sindical Mundial (FSM) e no Encontro Sindical Nossa América (ESNA), onde ela tem um papel fundamental de ajudar na construção dessa movimentação que se sucede desde a eleição de Chávez, em 1998. Toda essa movimentação releva a participação da CTB em cenário internacional.
Portal CTB: Existe grande descontentamento no meio sindical sobre a falta de diálogo do governo federal com a classe trabalhadora. O que se pode esperar desse relacionamento daqui por diante?
Adilson Araújo: O governo foi concebido a partir do esforço das massas populares. A eleição de Lula é emblemática nesse processo, pois representou um freio ao neoliberalismo. Essa mudança política abriu uma nova perspectiva e os ganhos dos últimos dez anos precisam ser avaliados. Sob o contexto da luta política nacional, tivemos mais ganhos do que derrotas. Mas esse é um governo contraditório, que tem limites e que está em disputa. Nesse sentido, a classe trabalhadora precisa conceber a defesa de sua tese também, ter uma plataforma de luta ajustada, audaciosa. Temos plena clareza de que, se o governo é de direita, isso exige certo recuo por parte da classe trabalhadora. Mas se o governo faz parte do campo democrático-popular, exercer mais pressão contribui para que ele se aproxime mais das reivindicações da maioria da população – trata-se de um comportamento legítimo. O movimento deve se manter sempre atuando na defesa de sua autonomia, de forma consequente e ajudando a construir um governo cada vez mais avançado, que possa corresponder ao clamor da Nação. O movimento sindical não vai abrir mãos de suas bandeiras. Precisamos defendê-las e fazer de tudo para darmos uma arrancada no desenvolvimento. Isso vai com certeza exigir da nossa parte uma posição cada vez mais firme, pois o governo tem seus limites. Se você observar a política macroeconômica do país, vemos que o governo não encontrou ainda o caminho ajustado, pois acaba prevalecendo uma posição muito conservadora, com um cenário no qual os empresários conseguem resposta a seus anseios de forma mais rápida do que a classe trabalhadora. Fica comprovado que precisamos ganhar as ruas e pressionar para que o governo tenha uma posição mais avançada, de modo a sair do olho do furacão. Estamos às vésperas de uma grande batalha política, na qual temos que lutar para evitar qualquer possibilidade de retrocesso.
Portal CTB: O cenário político-eleitoral iminente pode trazer riscos para a unidade das centrais?
Adilson Araújo: O movimento sindical brasileiro está diante de uma nova conformação. Neste período mudancista nascem novas organizações, que brotam no desejo de fazer o confronto, no sentido de contribuir para o Brasil avançar. A unidade das centrais é imperativa, mas é claro que não há uma camisa de força. O que precisa prevalecer é a compreensão de que o inimigo não está entre nós, temos que definir o nosso lado. Devemos continuar defendendo o fortalecimento da unidade das centrais. Isso não quer dizer que essa unidade não possa sofrer alguma mudança por causa da batalha político-eleitoral. Mas a melhor alternativa para a classe trabalhadora é caminhar unida, para garantir a manutenção do que foi conquistado e com a perspectiva de influenciar o processo político. A classe trabalhadora é a força-motriz da nação e tem autoridade moral para dizer qual o melhor caminho para a nação. Se não nos posicionamos para influenciar o debate político, podemos perder a batalha.
Portal CTB: Qual o cenário que você vislumbra para a CTB daqui a quatro anos, no próximo Congresso?
Adilson Araújo: Não podemos ter uma visão mecânica da central sindical. Acho que a experiência vivida na Bahia pode ter sido boa para o estado, mas para a CTB nacional teremos que experimentar algo de novo. E isso vai demandar muito da Direção, a partir de sua capacidade de convencer as pessoas. Fundamentalmente, mais do que o desejo pessoal, temos um projeto, que será exitoso se ganharmos um conjunto de dirigentes para construir esse projeto coletivamente. Devemos fazer uma gestão planejada, ousada e audaciosa. Vislumbro, por exemplo, que para o próximo período temos que dar um tratamento especial para a política de comunicação da Central. As experiências de alguns sindicatos contribuem para que tenhamos um projeto mais ousado nessa área. Temos que nos inserir de forma mais ousada e dinâmica junto aos demais veículos de comunicação, quem sabe com uma TV na internet, com uma revista de periodicidade mais frequente. A CTB terá que se constituir como um tipo de agência, capaz de produzir peças publicitárias, criar fatos políticos e outros materiais. A comunicação hoje traz esse debate pela democratização e isso serve para ver que temos que ser criativos para fazer essa disputa. Mas isso exige da Direção uma tomada de posição. Valorizar essa política tem que ser uma das prioridades. Outra política que temos que discutir é a criação da Escola Sindical Nacional, para propiciar uma maior preparação e qualificação dos dirigentes. Temos que ter também uma política de fortalecimento das seções estaduais, algo que com certeza demandará uma nova política de finanças. Temos que reduzir a inadimplência, combater a sonegação e garantir a plena participação das entidades, contribuindo e prestando conta para que as entidades possam se sentir cada vez mais parte do processo. Essas são algumas das ideias que temos para essa gestão que se inicia. No plano da organização, será fundamental constituir uma central de organização, apoio e logística para as entidades sindicais. Sob o comando da Secretaria Geral, temos que dispor de resposta profissionalizada ao processo de regularização, atualização cadastral e acompanhamento das entidades sindicais. Se fizermos esse esforço, poderemos ter, ao final de 2014, cerca de 300 sindicais a mais registrados no Ministério do Trabalho. Devemos ter essa meta em 2014. Esse organismo será fundamental para isso. Por fim, temos também um departamento ou uma estrutura que seja um plantão com representantes sindicais do campo, para que no conselho político seja possível dialogar mais com os trabalhadores rurais e dar sequência a esse trabalho prático e teórico junto à representação do campo. Isso ajudará bastante para termos mais interlocução entre o movimento sindical do campo e da cidade.
Fonte: Portal CTB.


3º Congresso da CTB elege nova diretoria nacional da Central

O 3º Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) foi encerrado no último sábado (24), em São Paulo, com a eleição da nova direção para um mandato de quatro anos (2013/2017). Adilson Araújo, bancário da Bahia, foi eleito o novo presidente. O ex-presidente da entidade, Wagner Gomes será o novo secretário-geral.
Ao longo do Congresso, foram credenciados 1.258 delegados e delegadas dos 27 estados brasileiros, sendo 67,09% homens e mulheres 32,91%, ultrapassando a cota mínima.
Em seu discurso de posse, o novo presidente da CTB reforçou a disposição de luta, característica da CTB desde a sua fundação, com o compromisso de fazer uma gestão planejada, ousada e audaciosa.
Adilson Araújo também destacou suas propostas, que incluem fortalecer a formação com a criação da Escola Sindical Nacional, ampliar a rede de comunicação e, no plano da organização, constituir uma central de apoio e logística para as entidades sindicais.
“Tenham certeza de que vocês não elegeram um técnico, mas um trabalhador destemido, dedicado e comprometido com a causa da classe trabalhadora”, afirmou, para, em seguida, sustentar sua disposição para aproximar cada vez mais dentro da CTB o sindicalismo do campo e da cidade.
Nova direção
Coube ao ex-presidente Wagner Gomes a leitura de todos os nomes da nova Direção Executiva, antes de anunciar ao plenário o nome de Araújo para encabeçar a chapa única, fruto do processo de discussão que envolveu todas as forças políticas da CTB. O dirigente destacou a capacidade de atuação do novo presidente e seu trabalho junto à CTB da Bahia. Por unanimidade, o plenário acatou a proposta de chapa apresentada.
Confira quem são integrantes da nova Direção da CTB:                     
Presidente: Adilson Araújo (bancário - BA)
Vice-presidente: Nivaldo Santana (urbanitário - SP)
Vice-presidenta: Maria Lúcia Moura (rural - SE)
Vice-presidente: Joilson Antônio Cardoso (professor - RJ)
Vice-presidente: Severino Almeida (marítimo - RJ)
Vice-presidente: Vicente Selistre (sapateiro - RS)
Secretário-geral: Wagner Gomes (metroviário - SP)
Secretária-geral adjunta: Kátia Gaivoto (professora - RJ)
Secretário de Finanças: Vilson Luiz da Silva (rural - MG)
Secretária de Finanças adjunta: Gilda Almeida de Souza (farmacêutica - SP)
Secretária de Formação e Cultura: Celina Alves Áreas (professora - MG)
Secretário de Políticas Sociais, Esporte e Lazer: Carlos Rogério Nunes (assistente social - CE)
Secretário de Política Sindical e Relações Institucionais: Francisco Chagas (funcionário público - DF)
Secretário de Previdência, Aposentados e Pensionistas: Pascoal Carneiro (metalúrgico - BA)
Secretário de Relações Internacionais: José Divanilton Pereira (petroleiro - RN)
Secretário de Relações Internacionais adjunto: José Adilson Pereira (marítimo - ES)
Secretária de Imprensa e Comunicação: Raimunda Gomes (professora - AM)
Secretária de Mulheres: Ivânia Pereira (bancária - SE)
Secretário de Políticas para a Juventude Trabalhadora: Vítor Spinosa (comerciário - RS)
Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial: Mônica Custódio (metalúrgica - RJ)
Secretário de Defesa do Meio Ambiente: Antoninho Rovaris (rural)
Secretário-adjunto de Meio Ambiente: Claudemir Nonato Santos (professor - BA)
Secretária de Saúde dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Segurança no Trabalho: Márcia Machado (professora - ES)
Secretário de Política Agrícola e Agrária: Sérgio de Miranda (rural - RS)
Secretário do Serviço Público e dos Trabalhadores Públicos: João Paulo Ribeiro (servidor público - SP)
Secretário-adjunto do Serviço Público e dos Trabalhadores Públicos: José Gonçalves (servidor público - PB)
Diretoria Executiva
Eduardo Navarro (bancário - BA)
Hildinete Rocha (professora - MA)
Raimundo Brito (construção civil - BA)
Mário Teixeira (marítimo - PR)
Marilene Betros (professora - BA)
Ricardo Ponzi (marítimo - RJ)
João Batista Lemos (metalúrgico - RJ)
Guiomar Vidor (comerciário - RS)
Luís Penteado (marítimo - RJ)
Lucileide Mafra (doméstica - PA)
Onofre de Jesus (metroviário - SP)
Marcelino da Rocha (metalúrgico - MG)
Ronaldo Leite (correios - RJ)
Aurino Pedreira do Nascimento Filho (metalúrgico - BA)
Josiel Galvão de Souza (metalúrgico - PE)
Maria do Socorro N. Barbosa (rural - MA)
Valéria Conceição da Silva (professora - PE)
Maria Marucha S. Vettorazzi (rural - PR)
Reginaldo Oliveira (comerciário - BA)
Juraci Moreira Souto (rural - MG)

Diretoria Plena
Aldemir de Carvalho Caetano (petroleiro - AM)
Ailma Maria de Oliveira (professora - GO)
Lenir Pibneto Fanton (rural - RS)
Assis Melo (metalúrgico - RS)
Ronald Ferreira dos Santos (farmacêutico - SC)
Fredson da Mata (professor)
Edson de Paula Lima (professor - MG)
Edval Goes (funcionário público - SE)
Ademir Muller (rural - PR)
James Figueiredo (policial civil - AM)
Gilson Reis (professor - MG)
Paulo Vinícius (bancário - DF)
Francisco de Assis (urbanitário - PA)
Nara Teixeira de Souza (professora - MT)
Jonas Rodrigues de Paula (professor - ES)
Lúcia Maia (construção civil - BA)
José Marcos Araújo (bancário - PA)
Júlio Guterres (professor - MA)
Pedro Mário (rural - MG)
Luís Cláudio de Santana (servidor civil das Forças Armadas - RJ)
Elias David (rural - SP)
Maria Clotilde Lemos Petta (professora - SP)
Maria da Glória Borges da Silva (rural - MT)
Maurício Ramos (metalúrgico - RJ)
Leandro Clodoveu Velho (metalúrgico - RS)
Ricardo Martins Froes (professor  - MS)
Elgiane Fátima Lago (rural - RS)
Risonilson de Freitas Barros (taxista - AP)
Sueli Moraes da Silva Cardoso (servidora pública - RR)
Valéria Silva (professora - PE)
Ivanir Perrone (comerciária - RS)
Paulo Sérgio da Silva (condutor - SP)
Flávio Godoy (metroviário - SP)
Madalena Guasco (professora - SP)
Rogerlan Augusta de Morais (técnica-administrativa - MG)
Isis Tavares Neves (professora - AM)
Hilário Gottselig (rural - SC)
Luciano Simplício (previdenciário - CE)
Agenor Neto (alimentação)             
José Aguinaldo (alimentação - PR)
Augusto Vasconcelos (bancário - BA)
Shirley Ferreira dos Santos (rural - SE)
David W. de Souza (rural - BA)
Igor Menezes (rodoviário - RJ)
José Rodrigues da Silva (rural - PE)
Cláudia Bueno (municipal - SP)
Mário Ferrari (médico - PR)
Fernando Furtado (pescador - MA)
Valdirlei Castagna (auxiliar de enfermagem - RS)
Alex da Silva Cardoso (movimentador de mercadoria - SP)

Conselho Fiscal
Ivane (rural - BA)
Jadirson Tadeu Paranatinga (municipal - SP)
Sandra Regina de Oliveira (metalúrgica - BA)

Conselho Fiscal Suplente
Osmar da Silva (fluviário - SP)
Adriana (rural - RJ)
João Batista Bruno (gráfico - RJ)



Fonte: Portal CTB.

22 de ago. de 2013

Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais promoverá o 1º Seminário da Escolta Armada em Uberlândia

O Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, em parceria com a CNTV, FITV e o Sindicato dos Vigilantes de Uberlândia, promoverá no dia 30 de agosto, das 9h às 16h, o 1º Seminário dos Vigilantes da Escolta Armada, em Uberlândia, na Câmara Municipal.
No seminário, serão debatidos temas referentes ao aditivo específico para os trabalhadores da Escolta Armada, legislação, jornada, condições de trabalho e sobre a saúde dos vigilantes.
Para viabilizar a participação dos vigilantes, o Sindicato vai disponibilizar um ônibus especial para Uberlândia, com saída de BH, no dia 29/8, às 19h, em frente à sede da entidade, e retorno no dia 30/8, após o encerramento do evento.
Os interessados em participar deverão confirmar presença até dia 27/8 pelo telefone (31) 3270-1340 ou e-mail: secretaria@ovigilante.org.br. Participe!

Fonte: Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais.

Wagner Gomes: a CTB cresceu e se consolidou entre as maiores centrais do País

“Hoje, a CTB está situada entre as cinco maiores centrais sindicais do país”. Essa é a afirmação do presidente da CTB, Wagner Gomes, que neste 3º Congresso Nacional (22, 23 e 24 de agosto) passa o bastão para o próximo comandante da Central, Adilson Araújo.

Para o metroviário Wagner Gomes, que esteve à frente da central por duas gestões, a CTB conquistou em apenas cinco anos um trajetória histórica de luta, marcada pela defesa da unidade do movimento sindical e de um projeto de desenvolvimento com valorização do trabalho.

Em entrevista ao Portal CTB, Gomes, que após o Congresso ocupará a Secretaria Geral da Central, faz um balanço dos últimos anos.

Crescimento

O balanço que a direção da CTB propõe para o 3º Congresso, do qual compartilho, é em geral muito positivo. No momento em que criamos a central, em dezembro de 2007, pairavam dúvidas sobre sua legalização e consolidação. Conseguimos superar os obstáculos, satisfazer os critérios legais para receber os 10% da Contribuição Sindical e crescer de forma ininterrupta, incorporando novas entidades.

Hoje, a CTB está situada entre as cinco maiores centrais sindicais do País e é a quarta em representatividade, com mais de mil entidades na base, representando em torno de 7 milhões de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, com um índice de sindicalização de 10%. Colhemos importantes vitórias também no plano político, das quais cumpre destacar a realização da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em junho de 2010.

Unidade do movimento sindical

A união faz a força, conforme proclama um sábio provérbio popular que se aplica perfeitamente à realidade do nosso movimento sindical. A unidade potencializa a força das centrais, que isoladamente não vão muito longe e, por consequência, eleva o protagonismo da classe trabalhadora na luta pelas mudanças.

É prova disto a realização das marchas da classe trabalhadora em Brasília e diferentes manifestações unitárias, como o Dia Nacional de Lutas e Paralisações, em 11 de julho. A unidade defendida pela CTB resultou na conquista da política de valorização do salário mínimo, legalização das centrais, constituição de uma Mesa de Negociação Permanente com o governo e outros benefícios.

CTB na linha de frente

Os últimos cinco anos foram marcados pela crise mundial do capitalismo. Tivemos muitas lutas, inclusive para evitar que o ônus da crise em nosso país fosse descarregado sobre as costas da classe trabalhadora, como vem ocorrendo na Europa; batalhas pela redução dos juros e mudança da política econômica.

A CTB sempre esteve presente e na linha de frente dessas manifestações, percorrendo uma trajetória de lutas em defesa da classe trabalhadora e orientada por uma concepção classista do sindicalismo. Quero destacar ainda o fortalecimento da unidade das forças que compõem a CTB, a antiga CSC, a SSB, os companheiros e companheiras do campo e os marítimos.

A Conclat representou um marco

A Conclat foi marco, um evento unitário das centrais que contou com a participação de aproximadamente 30 mil líderes sindicais e aprovou a agenda da classe trabalhadora por um novo projeto nacional de desenvolvimento, com valorização do trabalho, soberania e democracia.

A agenda da Conclat se transformou no programa atual do sindicalismo brasileiro. Nela, as bandeiras do trabalho são concebidas como bandeiras desenvolvimentistas. Inclui propostas como a mudança da política econômica, reformas estruturais, mais investimentos em saúde, educação, transporte e infraestrutura, ao lado de bandeiras históricas da classe trabalhadora como reforma agrária, redução da jornada, fim do fator previdenciário, combate à precarização, entre outras. É bom lembrar que a ideia da Conclat foi proposta originalmente pela CTB. Foi a principal bandeira do nosso 2º Congresso em 2009.

Agenda da Classe Trabalhadora

Avançamos em matéria de mobilização e lutas, pois, ao longo deste ano, já realizamos grandes manifestações, como a marcha da classe trabalhadora em Brasília dia 6 de março, a manifestação nacional de 11 de julho, que deve ter uma nova versão em 30 de agosto, e os atos de 6 de agosto contra a terceirização. Mas, efetivamente, não conquistamos nada da Pauta Trabalhista que apresentamos ao governo, ao Congresso e à sociedade. Será preciso elevar o grau de mobilização e pressão.

Mobilizar é preciso

Infelizmente, a presidenta Dilma se mostrou menos propensa ao diálogo com as centrais do que o ex-presidente Lula. Tivemos um retrocesso neste aspecto, mas alimentamos a esperança de que ela tenha mudado após as chamadas jornadas de junho e a constituição de uma Mesa Nacional de Negociação entre centrais e governo. 

Temos consciência, porém, de que não basta um bom diálogo com o governo para conquistar o que demandamos na Pauta Trabalhista e concretizar a agenda da Conclat. É fundamental mobilizar nossas bases e a sociedade e pressionar os poderes constituídos e o patronato.

Próxima gestão

Minha expectativa é altamente positiva. Nosso rumo e desafio estão sintetizados no slogan do congresso: “Avançar nas mudanças com valorização do trabalho”. A CTB dá o exemplo da renovação e o companheiro Adilson, que comandou com muita sabedoria a CTB baiana, dará conta do recado.

Fonte: Portal CTB.

3º Congresso Nacional da CTB será transmitido ao vivo pelo portal da central na internet

Sindicalistas e trabalhadores do País inteiro terão a oportunidade de assistir a transmissão ao vivo do 3º Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que começa nesta quinta-feira (22) e se estende até o próximo sábado (24), no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP).
A transmissão será feito a partir desta quinta-feira, às 16h, por meio do portal da CTB na internet: www.ctb.org.br.
Com o tema “Avançar nas mudanças com valorização do trabalho”, o Congresso da CTB, reunirá cerca de 1,5 mil delegadas e delegados escolhidos nas etapas estaduais.
“O tema do nosso congresso é focado no que mais acreditamos para fortalecer a base dos trabalhadores, que deve ser a unidade da luta sindical”, declarou o presidente nacional da CTB, Wagner Gomes.
Durante o evento, cuidadosamente preparado e debatido nos 27 estados durante os últimos meses, os participantes terão a oportunidade de debater diversos temas relacionados ao mundo do trabalho, no contexto nacional e internacional, bem como eleger a nova diretoria para a próxima gestão (2013-2017).
“O nosso terceiro congresso é o coroamento de uma proposta sindical que foi aceita amplamente pelos dirigentes quando propomos a criação da central. Portanto, é uma data na qual a gente vai comemorar o crescimento da CTB e avaliar nossas ações, além de preparar uma agenda de luta para os próximos anos”, afirmou Wagner Gomes.
Clique aqui para acompanhar a transmissão: Transmissão do 3º Congresso Nacional da CTB.

Fonte: Portal CTB.

21 de ago. de 2013

CTB Minas parabeniza os companheiros e companheiros do Sindicato dos Vigilantes do Norte de Minas pela vitória da Chapa 1

A CTB Minas parabeniza os companheiros e companheiras da Chapa 1 pela grande vitória obtida nas eleições da direção do Sindicato dos Vigilantes do Norte de Minas (Sevistv), realizadas nos últimos dias 12, 13 e 14. Encabeçada por Carlos Antunes, a nova diretoria conduzirá a entidade pelos próximos três anos.
“Com a eleição destes valorosos companheiros e companheiras, temos certeza de que o Sindicato dos Vigilantes do Norte de Minas continuará em boas mãos e ampliará ainda mais a luta em prol dos vigilantes da região. Contem com todo o apoio da CTB em mais este desafio”, disse o secretário de Interiorização da CTB Minas, Gelson Alves.
Para o diretor da CTB, a eleição de duas guardiãs na direção do Sindicato, as companheiras Leidiane Silveira e Marileide Faustino, representa um grande avanço para a categoria na região. “Certamente, a participação destas companheiras na diretoria da entidade contribuirá para a redução do preconceito às guardiãs nos locais de trabalho”.
De acordo com o presidente eleito da entidade, a nova diretoria do Sindicato terá pela frente a tarefa de defender a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho e de lutar por novas conquistas trabalhistas.
“Sei do compromisso que esta nova diretoria assumirá com a categoria a partir de 15 de setembro. Desde a sua fundação até hoje, o Sindicato vem desenvolvendo um trabalho sempre voltado para os interesses trabalhistas dos vigilantes. Mas, ainda temos muito a conquistar. Com a união e apoio dos trabalhadores ao Sindicato, certamente isso se tornará possível”, disse Carlos Antunes.
Referência
Fundado em 1988, o Sindicato dos Vigilantes do Norte de Minas completou 25 anos de história. Ao longo de sua existência, se tornou uma referência para a categoria dos profissionais de vigilância na busca de melhores condições de trabalho e de vida.
Neste período, os vigilantes do Norte de Minas conquistaram, por meio das lutas empreendidas pela entidade, benefícios como seguro de vida, plano de saúde, cesta básica (substituída pelo tíquete), tíquete alimentação/refeição por dia trabalhado, estabilidade pré-aposentadoria (18 meses), colete à prova de balas, hora extra (60%), adicional noturno (40%) e adicional de periculosidade de 30% sobre o salário.
“Muita gente passou por aqui e ajudou a construir a história de luta dos trabalhadores em vigilância. São pessoas que sonharam e transformaram a realidade a partir da atuação engajada no seu posto de serviço, passando informações a respeito dos direitos conquistados ou mesmo nas greves, quando necessárias”, lembrou Carlos Antunes.
Visão de futuro
Segundo ele “era mesmo preciso ter visão de futuro para acreditar que a mudança era necessária, possível e constante”. “São mais de duas décadas, uma longa estrada percorrida e novos caminhos que se apresentam a cada dia. Mas, almejamos muito mais: mais respeito e valorização da categoria, mais conquistas para os trabalhadores e muito mais vitórias que ainda estão por vir”, acrescentou.
As principais bandeiras de lutas da diretoria eleita são: reajuste real do salário; aumento do valor do tíquete alimentação; hora extra a 100%; piso salarial nacional; jornada de 6 horas sem redução de salário; plano de saúde familiar gratuito; recebimento de participação dos lucros das empresas; investimentos em formação profissional; além da ampliação do diálogo com a categoria.
Em mensagem publicada no Facebook, a assessora do Sindicato, Zilma Neves, agradeceu a todos que contribuíram e participaram na realização de mais esse momento histórico e de luta na historia do Sindicato dos Vigilantes do Norte de Minas.
“Agradeço aos companheiros de Belo Horizonte, Juiz de Fora, de Montes Claros, em especial a Edilson Silva, Josias Luciano Rosa, Gelson (CTB Minas), Bel, Raimundão (CUT), Leisa Neves, Lourival Ribeiro e tantos outros, que não mediram esforços para aqui estarem presentes (...). Enfim, agradeço a confiança em mim depositada pelos companheiros diretores do Sindicato e pela categoria dos vigilantes, que há mais de vinte anos me adotou. Muito obrigada a todos”.
Composição
A nova diretoria é composta pelos seguintes companheiros e companheiras: Carlos Antunes (presidente), José Venâncio, João Luiz, Eliel Muniz, Edmárcio Nunes, Alexandre Dias, Gilmar Cerqueira, Horácio Soares, Leidiane Silveira, Marcelino Machado, Jeferson Mendes, Marileide Faustino, Sidney Soares, Raimundo Nonato, João Mauro, Venilson Durães, Nelson Sampaio, Danilo Matias, Rafael Alves, Gilberto Soares e Pedro Donizete.

Fonte: CTB Minas.