A partir das 10h, desta segunda-feira (15), mais de 10 mil
trabalhadores, dos mais variados segmentos lotaram a Praça da
Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro para defender o pré-sal, a
Petrobras e o Brasil. Centenas de bandeiras eram tremuladas com as
palavras de ordem em defesa da maior estatal brasileira e do
investimento dos recursos do pré-sal em saúde e educação.
O ato foi convocado de forma unitária pela Federação Única dos
Petroleiros em conjunto com as centrais sindicais CTB, CUT, UGT e
entidades do movimento social como MAB, MST, UNE, UBES, UEES-RJ,
FETEERJ, UEE-RJ, MPA E CNM, FAMERJ, FAFERJ. Após a concentração, os
manifestantes seguiram em caminhada na direção da sede da Petrobras,
onde o ato teve continuidade.
O Presidente da CTB-RJ, Ronaldo Leite, reafirma a importância da
defesa da Petrobras para o desenvolvimento do Brasil. “É fundamental
tomarmos as ruas para defender a Petrobras e o pré-sal! Defender o
pré-sal é defender o Brasil. Nestas eleições, há quem defenda não
priorizar o pré-sal para entregar nossas riquezas. Defender o pré-sal é
defender a saúde, a educação e a geração de empregos. Quem é contra essa
defesa são aqueles que sempre quiseram privatizar a Petrobras”, diz.
O presidente nacional CTB, Adilson Araújo ressalta a importância da
luta da classe trabalhadora para a vitória do projeto popular nestas
eleições presidenciais. “A classe trabalhadora nunca esteve tão
determinada diante do risco do retrocesso. Estamos aqui para enterrar o
projeto que deseja entregar a Petrobras às propostas do rentismo e que
defende o Banco Central independente. Nós defendermos o projeto popular
que já retirou milhões de brasileiros e brasileiras da pobreza. Nós
queremos a Petrobras do pré-sal que vai gerar um investimento de R$ 1,3
trilhão para a saúde e educação. Sou brasileiro e não abro mão, quero o
pré-sal para saúde e educação!”, enfatiza.
Já Divanilton Pereira, secretário de Relações Internacionais da CTB
reforça o coro em defesa da petrolífera. “Este ato revela que o
movimento social está atento aos acontecimentos do grande debate das
questões nacionais”, defende. “A Petrobras mora no coração de todos os
brasileiros, se identifica com o processo de desenvolvimento
independente dos últimos 12 anos. Este ato mostra que os movimentos
sociais estão atentos aos desdobramentos de todos os temas que envolvam
as causas do interesse nacional”, acentua.
A intervenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi
fortemente aclamada pelos milhares de participantes no ato. Lula fez uma
emocionante e contundente defesa do povo, da soberania nacional, do
pré-sal e da Petrobras. “Da data que descobrimos o pré-sal até agora
estamos tirando mais petróleo do que o país tirou nos primeiros 31 anos
de existência da empresa. Quem é que não quer que continue esse
planejamento? Quem está incomodado com uma empresa brasileira para
gerenciar esse petróleo? Quem está contra o fato de termos aprovado os
75% royalties do pré-sal para a educação?”, questiona.
O ex-presidente, que usou uma camisa da Petrobras durante todo ato,
afirmou que a empresa é o orgulho de quem trabalha nela e de todos os
brasileiros. “O que era o Brasil antes e o que é o Brasil depois que nós
assumimos? Nós queremos garantir que a Petrobras é nossa, que o
petróleo é nosso. A Petrobras chegou ao pré-sal pois teve investimento
em pesquisa e em tecnologia. Nós temos que ter orgulho do que fizemos
até agora. O Brasil não vai regredir, o Brasil vai continuar avançando”.
Durante o ato, diversas lideranças de várias entidades, movimentos e
partidos tiveram acesso à fala e realizaram importantes intervenções,
dentre eles o ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra que lembrou
dos diversos casos em que a Petrobras poderia ter sido investigada
durante o governo FHC e não foi, como no caso do afundamento da P-36, e
defendeu o legado da empresa para a retomada da indústria naval, tão
importante para o Brasil. Divanilton se contrapõe ao “mau uso da coisa
pública” e defende “punição rigorosa a qualquer ato ilícito na Petrobras
ou em qualquer lugar, mas não se pode entrar no jogo da mídia e da
direita que deseja entregar o patrimônio da nossa maior empresa”.
Após o discurso do Lula, os milhares de manifestantes se mobilizaram
para realizar um abraço em torno da sede da Petrobrás. A ação foi
efetuada ao som do Hino Nacional.
Em São Paulo, o ato ocupou a avenida Paulista em frente à sede da Petrobras
Durante o ato, petroleiros, trabalhadores do setor do vestuário,
metalúrgicos, entre outras categorias alertaram a população para os
perigos embutidos na discussão sobre a valorização da Petrobras e a
importância do Pré-Sal para o desenvolvimento do Brasil e as conquistas
futuras.
“As mesmas vozes que antes eram contra a Petrobras são aquelas que hoje querem entregar o Pré-Sal para o capital estrangeiro. Essa riqueza é do Brasil, do povo brasileiro”, afirmou Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da CTB.
Os sindicalistas ressaltaram a necessidade que toda essa riqueza seja
aplicada em educação e na saúde pública, conforme lei sancionada pela
presidenta Dilma Rousseff. “A luta em defesa da Petrobras é uma luta em
defesa da soberania nacional. Existem candidatos que querem permitir a
entrega do nosso patrimônio. Não podemos aceitar esse discurso que não
há recursos”, destaca Onofre Gonçalves, presidente da CTB-SP.
De acordo com o sindicalista, é preciso que a população tenha lucidez
ao escolher seu candidato à Presidência da República. “Esse país
precisa de alguém que administre nossas riquezas em prol de um projeto
nacional de desenvolvimento com olhos para a classe trabalhadora.
Estamos no caminho certo. Vamos continuar defendendo nossas riquezas com
mais investimentos para o povo brasileiro”, reforça o presidente
estadual da CTB.
Por Cinthia Ribas - Portal CTB e José Roberto Medeiros - CTB-RJ
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