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30 de ago. de 2019

Vereador Gilson Reis é eleito presidente da Comissão de Trabalho dos Servidores Públicos de Belo Horizonte


O vereador Gilson Reis (PCdoB) foi eleito nessa quarta-feira (28), na Câmara Municipal de Belo Horizonte, presidente da Comissão Especial de Estudos sobre Direitos Trabalhistas dos Servidores e Empregados Públicos Municipais. O objetivo da comissão é investigar as condições de trabalho de todas as categorias de servidores da administração municipal direta e indireta - empresas públicas, autarquias e fundações.

“Além disso, ressaltamos a necessidade de apurar se as reformas trabalhistas de Temer e Bolsonaro e as modificações implementadas nos diferentes planos de carreiras, indicam a adoção de práticas deletérias dos direitos dos trabalhadores que se aproximam do modelo de Choque de Gestão adotado no Governo do Estado de Minas Gerais. Isso vem precarizando as relações de trabalho no âmbito do serviço público”, afirmou Gilson Reis.

A comissão vai se reunir todas as semanas na Câmara Municipal. “Nessa primeira fase, vamos discutir o eixo temático, montar o cronograma de estudos, pesquisas e desenvolver debates para envolver os trabalhadores e trabalhadoras. Nesses tempos sombrios, devemos ficar preparados para não sermos assaltados em nossos direitos”, explicou o diretor da CTB-MG que esteve presente, Gildásio Cosenza.

A comissão envolve os seguintes sindicatos: Sindirede, Sindibel, Sintappi, Sindados, Senge e Sinarq.

Foto: Divulgação/CMBH




Desemprego no país é de 11,8% e atinge 12,6 milhões de pessoas, diz IBGE

por Afonso Ferreira e Mariana Bomfim Do UOL, em São Paulo

Segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil foi de 12,6 milhões de pessoas, o que representa uma queda de 4,6% (menos 609 mil pessoas) frente ao trimestre anterior. Estatisticamente, o número ficou estável em relação a igual período de 2018 (12,8 milhões).
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua e foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas também períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).
O total de pessoas ocupadas no país (93,6 milhões) cresceu nas duas comparações e é a maior da série: 1,3% (mais 1,219 milhão de pessoas) em relação ao trimestre encerrado em abril e 2,4% (mais 2,218 milhões pessoas) na comparação como o mesmo período do ano passado.
População subutilizada
A população subutilizada (28,1 milhões) não teve variação significativa frente ao trimestre anterior, mas subiu 2,6% (mais 703 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.
O IBGE considera subutilizadas as pessoas que estão desempregadas, que trabalham menos do que poderiam, que não procuraram emprego, mas estavam disponíveis para trabalhar ou que procuraram emprego, mas não estavam disponíveis para a vaga.
Queda no rendimento
O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exceto trabalhadores domésticos) foi de 33,1 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho, o que representa estabilidade tanto na comparação com o trimestre anterior quanto em relação ao mesmo período do ano passado.
O rendimento médio do trabalhador no período foi de R$ 2.286, queda de 1% frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, não teve variação significativa.
Informalidade bate recorde
O número de empregados do setor privado sem carteira assinada (11,7 milhões) atingiu recorde e subiu nas duas comparações: 3,9% frente ao trimestre anterior e 5,6% em relação ao mesmo trimestre de 2018.
A categoria dos trabalhadores por conta própria também bateu recorde da série histórica (iniciada em 2012), alcançando 24,2 milhões de pessoas no período. Houve alta de 1,4% em relação aos três meses anteriores e de 5,2% frente ao mesmo período do ano passado.
4,8 milhões de desalentados
Segundo o IBGE, o país tinha 4,8 milhões de pessoas desalentadas (que desistiram de procurar emprego) no trimestre encerrado em julho. O número não mostrou variação significativa tanto em relação ao trimestre anterior quanto na comparação com o mesmo período de 2018.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho; não tinha experiência; era muito jovem ou idosa; ou não encontrou trabalho na localidade —e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
Metodologia da pesquisa
A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério da Economia, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Com informações da Reuters
                                                         Foto: Divulgação/internet

A grande imprensa defende os interesses do grande capital!

Por Nivaldo Mota*

Está claro isso, ou tem gente iludida?
Fico impressionado com os setores de esquerda, quando questionam o papel da imprensa quanto à cobertura que ela dá aos atos patrocinados pelo conjunto das entidades classistas, da classe trabalhadora, em repúdio as medidas tomadas pelo consórcio que assumiu o país pós-golpe de 2016.
Ora, camaradas, eles defendem outras teses. Não existe imparcialidade jornalística, todos temos um lado, as grandes redes de TV e Rádio nesse país são controladas por ricaços, políticos da direita neoliberal ou exploradores da fé do povo, como o pessoal da Rede Record e de outros veículos menores.
Quem não se lembra do papel nefasto da Rede Globo? Essa emissora se tornou a porta-voz do regime militar fascista. Em 1964, as Organizações Globo apoiaram o golpe militar, depois ajudaram a consolidar esse mesmo golpe, mesmo sabendo das torturas e mortes de estudantes, operários, religiosos, camponeses. Eles se calaram, omitiram, concordaram com a censura impostas pelos fascistas militares.
Quem não se lembra da Rede Globo omitindo as manifestações por Diretas Já, em 1984, em São Paulo? Quase um milhão de pessoas e a Rede Globo dizendo que era aniversário da cidade de São Paulo e aquilo era um show com vários artistas. Enquanto a Rede Manchete cobria o ato pelas diretas desde a tarde, a Rede Globo, como sustentáculo maior do regime militar, mesmo que apodrecido naquela época, não dizia nada sobre as manifestações cívicas pela democracia em nosso país.
Só depois de muito tempo, quando se celebrou o acordão nacional de uma enorme frente que ia desde o PDS (ex-Arena, partido que deu sustentação política ao regime), que estava naquele momento sendo rompido por Antônio Carlos Magalhães, eterno dono da Bahia, José Sarney do Maranhão e Aureliano Chaves de Minas, que formaram o PFL (Partido da Frente Liberal), e se juntaram a Ulisses Guimarães e Tancredo Neves do PMDB (ex-MDB, foi o partido da oposição consentida quando vigorava o bipartidarismo em nosso país, de 1966 a 1982), as redes de TV e suas afiliadas, das quais também são proprietárias as oligarquias locais — aqui em Alagoas a Gazeta/Globo dos Collor de Melo, a TV Pajuçara/Record, dos Tenórios, Nonôs e Palmeira, a TV Alagoas que hoje é Ponta Verde/SBT, foi dos Sampaios e hoje pertence ao grupo Opinião, que é dona do Hap Vida, plano de saúde privado — começaram a explorar o novo ambiente político e propagar o mesmo, levando a sensação para as massas populares de que tudo está certo, agora o país encontrou o rumo com todas as forças juntas. Lembro-me que até o PCdoB, partido da outrora guerrilha do Araguaia, se transformou em “Fiscal do Sarney” para combater o aumento dos preços nos supermercados. Veja o que acordão fez: até Sarney virou, num lapso de tempo, timoneiro dos setores mais reformistas da esquerda brasileira, tudo em nome da união nacional!
Nada disso vale a pena, não criamos as condições objetivas para demarcar um espaço à esquerda, uma frente de verdade na qual fosse aliada a classe trabalhadora como um todo, com os setores nacionalistas e progressistas da época. Mas não. Parte considerável foi confiar em todos, o pragmatismo venceu e o resultado é este que observamos: um quadro político no qual podemos ir para um recrudescimento perigoso. As turbas fascistas, ao que parece, estão preparadas para um confronto que possa levar este país para um “estado de sítio” e posterior golpe civil-militar.
Os setores da imprensa — não os seus jornalistas (em sua grande maioria, são profissionais sérios e comprometidos com a liberdade), falo dos donos — estão comprometidos com o mercado, nunca que vão chegar para apoiar nossas teses. Que ilusão é essa? Nunca ouviram falar na luta de classes, companheiros?
Pois é, a burguesia ensina desde há muito tempo que isso é criação dos comunistas; as igrejas imploram para não divulgar; nas escolas ensinam o jovem a ser tudo, menos que ele é explorado porque existe uma luta inconciliável na sociedade entre burgueses e trabalhadores. Muita inocência achar que uma Rede Globo, ou Band, ou Record fossem dar destaque às manifestações do dia 13 de agosto ou a outras recentes. Se pudessem negá-las, eles negariam sem nenhum pudor!
Por isso, é necessário criarmos uma imprensa popular. Sério mesmo, tivemos todas as chances de criar uma cultura contra esse monopólio da burguesia nos meios de comunicações, mas teve figurão do PT que dizia a Rede Globo era deles, do governo Lula, vai entender a compreensão desses caras. Na hora dos interesses de classes mesmo, veja aonde o Lula foi parar e qual foi à posição “da nossa Rede Globo”!

*Nivaldo Mota é 1º diretor-secretário do Sinpro/AL
Texto publicado no site da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee)

27 de ago. de 2019

“Formou-se na magistratura brasileira uma grande quadrilha”, afirma Frei Betto ao comentar os bastidores da Operação Lava Jato revelados pelo site The Intercept

Autor de mais de 60 livros, editados no Brasil e no exterior, Carlos Alberto Libânio Christo, ou simplesmente Frei Betto, concedeu uma entrevista exclusiva à CTB-MG no último sábado (24), em Belo Horizonte, durante o lançamento do seu livro “Fé e afeto: espiritualidade em tempos de crise”. Frei Betto falou sobre a Operação Lava Jato, desemprego, cortes na educação e as recentes queimadas na Amazônia. Para o frade dominicano, a série de reportagens publicadas pelo site The Intercept Brasil sobre os bastidores da Operação Lava Jato mostra que, em nome do combate à corrupção, “formou-se na magistratura brasileira uma grande quadrilha”.

“Eles preservaram de investigação e punição os seus protegidos, os seus amigos, aqueles que lhes pagavam fortunas para fazer palestras e puniram sem consistência, sem provas, pessoas que são notoriamente inocentes como o ex-presidente Lula”, afirmou ele.

No próximo dia 02 de outubro, às 19h, na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais (Praça da Liberdade), o escritor estará novamente em Belo Horizonte para lançar dois livros:  Minha avó e seus mistérios: Memórias inspirativas (Editora Roco) e Marxismo ainda é útil? (Editora Cortez)

Leia abaixo a entrevista na íntegra

De acordo com os dados mais recentes do IBGE, a taxa de desemprego está em 12,5%. O número de pessoas desocupadas chegou a 13,2 milhões, uma alta de 4,4% em relação ao trimestre anterior. O discurso do governo de que a reforma Trabalhista iria mudar esse quadro não se confirmou. Essa também é a sua avaliação?

O golpe implementado pelo Temer contra o governo democrático e popular presidido pela presidenta Dilma foi um fracasso total. O golpe foi dado sobre o pretexto de que melhoraria a economia, de que o Brasil voltaria a ter desenvolvimento e nada disso aconteceu e nada disso tem acontecido agora no governo Bolsonaro. A situação econômica se agrava, não há perspectiva, a médio ou longo prazo, muito menos a curto prazo, de que essa situação vai melhorar. Estamos entrando num retrocesso brutal. O Brasil hoje é governando por um maluco que se refere a coisas no “varejo” e jamais no atacado. O presidente não fala em desemprego, desigualdade social, a questão da inadimplência, da saúde, da educação. Ele ignora solenemente esses temas. Eu creio que a situação tende a piorar, a menos que nós reforcemos a reação popular. Isso é que é importante hoje, ou seja, o empoderamento popular.

A educação tem sido a área mais afetada pelos cortes orçamentários promovidos pelo governo Bolsonaro, de acordo com os números do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). A pasta já perdeu R$ 5,84 bilhões. Como reverter essa situação e interromper esse ataque à educação?

Isso é muito grave. Mostra que é um governo que segue aquele ditado nazista: Quando se fala em cultura, engatilha o revólver. Não interessa a esse governo uma educação de qualidade, muito menos uma educação crítica. É um governo fundamentalista, que vê o fantasma do comunismo, coisa que já não existe mais no mundo, por todo lado. Exceção é o socialismo cubano, mesmo assim já não é aquele comunismo caricatural que muitos pensam. Creio que a situação no Brasil vai se agravar, daí a minha esperança que o movimento estudantil, cada vez mais, se mobilize, se organize, reaja, para que tenhamos uma educação de qualidade, uma educação gratuita, pública, com ampla abrangência para todos os brasileiros que realmente necessitam ter uma escolaridade completa, tanto do ponto de vista acadêmico como do ponto de vista profissional.

Como o senhor avalia a série de reportagens do site “The Intercept Brasil” sobre os bastidores da Operação Lava Jato?

É algo muito importante. Mostrou a grande maracutaia que é a Lava Jato. Embora eu defenda o rigor da punição à corrupção, lamentavelmente o exercício dessa missão cívica e ética foi entregue a um grupo de bandidos, comprovado agora por tudo isso que o The Intercept Brasil tem divulgado. Eles preservaram de investigação e punição os seus protegidos, os seus amigos, aqueles que lhes pagavam fortunas para fazer palestras e puniram sem consistência, sem provas, pessoas que são notoriamente inocentes como o ex-presidente Lula. Portanto, esse sistema seletivo de perseguição e punição mostra que, em nome do combate à corrupção, formou-se na magistratura brasileira uma grande quadrilha. Felizmente desmoralizada pelas reportagens do The Intercept Brasil.

Sobre a questão ambiental, os brasileiros e o mundo assistem preocupados o avanço das queimadas na Amazônia. O momento é grave?

Sim. Por isso, é muito importante defender a floresta e os povos originários que a habitam. São povos raros que foram duramente vítimas do genocídio promovido pelos colonizadores brancos. Além da preservação ambiental, tem a preservação socioambiental de todas essas populações originárias que merecem qualidade de vida, dignidade, sem a perversidade que a “civilização” branca leva, muitas vezes, quando se aproxima dos povos indígenas. Portanto, a Amazônia é nossa e precisa ser protegida. A floresta não pode ser adulterada, prostituída, violada pelo agronegócio, pelas mineradoras, por garimpeiros ou por qualquer um que busca realizar ali a sua ambição de lucro.

Redação: Anderson Pereira/Jornalista CTB-MG

O livro

Lançado no último sábado em Belo Horizonte, o livro “Fé e afeto: espiritualidade em tempos de crise” (Editora Vozes) reúne textos que convidam o leitor a refletir sobre a atual conjuntura do Brasil e do mundo à luz dos valores do Evangelho. Em linguagem cristalina, o autor aborda a crise da vida espiritual e abre sendas de esperança. Tolerância, fé e política, ética e justiça são temas recorrentes na obra.

“Distopia é o oposto de utopia. O apagar da esperança. Sou da geração que tinha 20 anos na década de 1960. Éramos viciados em utopia. Não queríamos mudar apenas os costumes (revolução sexual, nova gramática da arte, etc). Queríamos mudar o Brasil e o mundo. Corriam em nossas veias valores, ideais, projetos históricos. Ousávamos enfrentar a repressão da ditadura. Inventávamos o futuro”. Trecho de um dos artigos do livro.

Foto: Anderson Pereira
Frei Betto em BH durante o lançamento do livro “Fé e afeto: espiritualidade em tempos de crise”

26 de ago. de 2019

NOTA PÚBLICA DA CTB MINAS SOBRE O FECHAMENTO DE TURMAS E DEMISSÕES NA EDUCAÇÃO

O governo de Romeu Zema, por meio da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, adota em todo o estado uma política de fechamento de turmas e escolas.

A secretária de Educação Julia Sant'Anna afirmou quinta-feira (22) que devem ocorrer fusões em salas de 225 escolas estaduais. As mudanças devem ocorrer até semana que vem e serão tocadas pelas administrações das escolas.

Segundo a secretária, as fusões estão respeitando a lei do estado, que permite até 40 estudantes dentro de sala no ensino médio, porém a Campanha Nacional pela Educação, um movimento que existe desde 1999 e luta pela oferta de um ensino público de qualidade, realizou um estudo sobre qual seria a quantidade ideal de crianças nas salas de aula e concluiu que esse número é de 13 alunos na creche, 22 na pré-escola e 30 nas séries de Ensino Fundamental e Médio. O estudo, que tem parecer do CNE, foi adotado e utilizado nas Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental, apesar de ser apenas uma recomendação, mostra que a quantidade de alunos em uma sala de aula interfere diretamente na qualidade do ensino/aprendizagem.

Mudanças como essa, realizada pelo governo Zema, inviabiliza a execução de um bom projeto pedagógico para uma escola que sabe como começa e não sabe como termina o ano escolar. Se essa medida não for revertida, as consequências serão graves para o desempenho das atividades docentes e afetará a aprendizagem dos estudantes, pois salas superlotadas não geram qualidade, pelo contrário, geram um aprendizado ineficiente.

Para se obter qualidade educacional precisamos reduzir o excesso de alunos em salas de aula e reverter este quadro em nossas escolas, não aumentá-lo como propõe o atual governo.

É de extrema importância para a sociedade que o governo coloque a educação no topo das suas prioridades.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB, repudia ações arbitrárias, autoritárias, sem consulta à comunidade escolar como essa, tomada pela Secretaria de Educação de Minas Gerais, que afeta diretamente a qualidade do ensino, deforma a carreira profissional, impede a contratação de professores, deixa vários desempregados e causa prejuízos incalculáveis no presente e no futuro de nossas crianças e jovens.

POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE!

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB MINAS

22 de ago. de 2019

CTB-MG rechaça privatização dos Correios durante audiência pública na Assembleia

O diretor da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG), José Antônio de Lacerda, também conhecido como Jota, se posicionou de forma contrária à privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), na noite dessa quarta-feira (21), durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Trabalhadores de diversas áreas da empresa também compareceram e lotaram o Auditório José Alencar e relataram um processo de sucateamento proposital dos Correios nos últimos anos.

A reunião foi realizada no mesmo dia em que o governo federal anunciou uma lista com 17 empresas públicas a serem privatizadas. Segundo notícias publicadas pela imprensa, o presidente Jair Bolsonaro salientou que o processo deve começar pelos Correios. O anúncio motivou pronunciamentos de presentes no encontro.
O deputado Celinho Sintrocel (PCdoB), que preside a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da ALMG, falou que é preciso lutar contra o desmonte das instituições e a perda da soberania nacional, propostos pelo governo federal. Ele contou que, em todos os países onde empresas como os Correios foram privatizadas, houve redução da qualidade do serviço.
“A entrega do nosso País não pode ser permitida. Os pobres e trabalhadores vão pagar a conta”, disse. O deputado manifestou ainda preocupação com a possibilidade de demissão em massa, caso a iniciativa prospere.
A deputada Beatriz Cerqueira (PT), que solicitou a reunião, chamou os participantes a se levantarem das cadeiras e darem as mãos em um ato contra a medida. Para ela, o serviço dos Correios não deve ser prestado por uma empresa privada. “O momento é muito grave”, afirmou a parlamentar.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares do Estado, Robson Gomes Silva, defendeu que é importante esclarecer para a população alguns aspectos sobre o assunto e mobilizá-la contra a privatização dos Correios. Em sua opinião, a medida acarretaria de imediato no aumento das tarifas para a sociedade.
Outro impacto para a população, conforme ressaltou, seria a extinção da entrega de cartas e encomendas nos interiores no País, nos aglomerados e favelas. Ele disse ainda que ninguém privatiza o que não dá lucro. “Os Correios não foram criados para dar lucro, mas mesmo assim são uma empresa altamente lucrativa”, disse.
Desmonte
Robson Gomes acrescentou que o desmonte dos Correios é intencional e visa a um processo de privatização. O presidente da Associação Mineira dos Aposentados, Pensionistas e Aposentáveis dos Correios, Paulo Arlindo Magalhães, também defendeu esse ponto de vista e questionou a quem interessa a privatização da empresa.
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de Uberaba e Região, Wolnei Cápolli Dias, perguntou qual vai ser o futuro dos trabalhadores dos Correios. “Não entendemos a passividade da nossa categoria”, lamentou.
Reforçou as palavras de Wolnei o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e Região, João Ricardo Guedes. “Hoje o presidente confirmou a intenção de privatizar os Correios. Agora, não nos resta outra medida a não ser irmos para a luta”, enfatizou.
Trabalho 
O assessor político do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Sintect-MG), Pedro Paulo de Abreu Pinheiro, destacou que a produtividade exigida dos funcionários dos Correios é alta, quando comparada a outros países, e o salário, muito menor.
População não conhece papel dos Correios 
De acordo com o diretor de Relações Funcionais da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), José Maria dos Santos Silva, apesar de utilizar os Correios, a população não os conhece a fundo. Ele explicou que os Correios existem para cumprir previsão contida na Constituição Federal de manter o serviço postal.
Conforme contou, não se trata de uma estatal dependente do governo e, portanto, não dá prejuízo à União. “O que dá lucro nos Correios é o mercado de encomendas. O de cartas não dá. Mas a empresa não foi criada para dar lucro e sim para manter o serviço postal”, afirmou.
Além disso, acrescentou que a empresa tem agências em todos os municípios do Brasil, um País de grandes dimensões, onde a logística é complexa.
José Maria destacou ainda que a tarifa postal praticada pelos Correios fica abaixo da média mundial e que a qualidade operacional melhora desde o segundo trimestre de 2018. “Nesse contexto, não se justifica falar em privatização. Seria motivo de orgulho em qualquer lugar”, pontuou.
A deputada Andréia de Jesus (Psol) falou que a precarização do trabalho nos Correios já pode ser percebida há um tempo. Ela enfatizou que a privatização leva à perda de soberania do País.
Fonte: CTB-MG com informações da ALMG

Trabalhadores se levantaram das cadeiras e deram as mãos em ato contra a iniciativa - Foto: Willian Dias

                                              Foto: Jota


14 de ago. de 2019

Protestos levam 1,5 milhão às ruas; próximo ato será em 7 de setembro


Por CTB-MG com informações do Vermelho

O 3º Grande Ato Nacional em Defesa da Educação, nesta terça-feira (13), levou 1,5 milhão de manifestantes às ruas de 205 cidades do País, conforme a UNE (União Nacional dos Estudantes). Em Belo Horizonte, a presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG) e presidenta do Sindicato dos Professores (Sinpro-MG), Valéria Morato, lembrou que o objetivo do governo Bolsonaro é acabar com a educação pública.

Esse governo quer acabar com a educação pública e entregá-la para o capital estrangeiro e especulativo. Portanto, estaremos nas ruas ao lado dos estudantes e de diversos trabalhadores rurais, metalúrgicos e do comércio a fim de denunciar esses ataques contra a educação e, consequentemente, toda a sociedade brasileira”, afirmou ela.

Desde que assumiu a presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) já contingenciou R$ 6,1 bilhões da educação pública, sendo este o maior corte entre todos os Ministérios em Brasília.

Os manifestantes concentraram na praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, e seguiram rumo à praça da Estação, passando pela Avenida Amazonas e Praça Sete.

A estudante do 3º Período de Ciências Biológicas da UFMG, Brenda Sales, de 21 anos, era uma das manifestantes. “Nós não podemos aceitar esse desmonte das universidades públicas que o governo está promovendo”, disse ela.

A professora Zilda Maria Rabelo, de 59 anos, também aderiu ao movimento e aproveitou para denunciar o Governador Romeu Zema (Partido Novo).

“Até hoje ainda não recebemos o 13º salário de 2018”, afirmou ela.

Brasil

Pelo Brasil afora, a terça-feira – o #13A – foi de repúdio aos seguidos cortes anunciados pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) no Ministério da Educação (MEC), bem como à gestão privatista e autoritária do ministro Abraham Weintraub. Projetos obscurantistas, como o “Escola sem Partido” e o “Future-se”, foram alvos de críticas. 

“Estamos nos mobilizando porque não vamos aceitar a privatização da universidade pública. O Future-se não vai passar. Não há futuro com Bolsonaro”, declarou, no carro-de-som na Avenida Paulista, o presidente da UNE, Iago Montalvão. “Não sairemos das ruas! Devolvam nosso futuro”, emendou Pedro Gorki, presidente da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas). 

Os retrocessos e as polêmicas mais recentes do governo Bolsonaro ajudaram a ampliar a pauta – e a turbinar a mobilização. Os atos do #13A abraçaram também a defesa da democracia e da soberania nacional, da aposentadoria e da Previdência Social, do trabalho e do salário, além do meio ambiente e da saúde pública. Foram, portanto, ainda mais abrangentes e politizados do que as grandes manifestações de 15 e 30 de maio

Na capital paulista, sobressaiu um bandeirão com a imagem de Fernando Santa Cruz, um dos mortos e desaparecidos políticos do regime militar (1964-1985). No começo de agosto, o presidente Jair Bolsonaro desonrou a memória de Fernando, ao difamá-lo por sua atuação na resistência à ditadura e por mentir sobre as circunstâncias de seu assassinato. “Oferecemos a luta de hoje em homenagem ao herói Fernando Santa Cruz”, discursou Iago Montalvão.

Ao lado das entidades estudantis, as manifestações contaram com o engajamento de centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos. As Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo também apoiaram os protestos. Onofre Gonçalves, dirigente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), atacou a reforma da Previdência do governo Bolsonaro – que, na prática, desmonta a Previdência Social e inviabiliza a aposentadoria da maioria dos brasileiros: “Vamos continuar nos mobilizando para que a reforma não tire dinheiro de quem precisa. Somos a favor de uma reforma que corrija as distorções da Previdência”.

Em nota, ao fim desta terça-feira, UNE, Ubes e ANPG (Associação Nacional dos Pós-Graduandos) anunciaram 7 de setembro como a data do 4º Grande Ato em Defesa da Educação. “Essa foi a retomada do ‘tsunami da educação’ e das lutas do mês de maio que tomaram conta de todo o Brasil”, diz o texto. “Voltamos e foi apenas o começo!”


Manifestação em BH / Fotos: Anderson Pereira










9 de ago. de 2019

Agriminas gera emprego e renda


A Feira Estadual da Agricultura Familiar de Minas Gerais (Agriminas) já beneficiou centenas de pessoas ao longo das suas 13 edições. 

Uma delas é o senhor Artur Ferreira Lima, de 48 anos. Morador do município de Campina Verde, no Triângulo Mineiro, ele participa da feira desde a sua primeira edição. No início, Lima lembra que começou vendendo cerca de 500 pacotes de farinha de mandioca. Passados 13 anos, hoje ele comercializa cerca de cinco a seis mil pacotes por mês. Os produtos, farinha de mandioca biju e várias outras temperadas, são vendidos para uma rede de supermercados e vários sacolões.

“A feira é uma vitrine para nós que somos pequenos produtores rurais”, resume ele.

Já a dona Maria Marlene Soares Nunes, de 58 anos, da cidade de Coração de Jesus, no Norte de Minas, participa pela segunda vez da Agriminas. Ela também espera comercializar todos os seus produtos. Ao lado da filha e da sobrinha, ele mostra, com orgulho, várias guloseimas como doce de leite com morango, geleias, requeijão, queijo, pé de moleque, rapadura e doce de umbu.

“Todos são produtos naturais e sem conservantes”, lembra ela.

A feira também é uma oportunidade de negócios para a Comunidade Quilombola de Pontinhas, localizada na cidade de Paraopeba, cidade distante 100 km de Belo Horizonte. Lá, com o apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio do Projeto Pequi, os moradores passaram a produzir vários produtos a partir da fruta do pequi.

“O projeto começou em 2012 como uma alternativa a falta de atividade econômica no Quilombo. A partir daí, fizemos estudos ecológicos e várias oficinas com os moradores para ensiná-los a produzir o óleo e a polpa. Hoje em dia comercializamos vários produtos com a marca Pontinha do Sabor”, conta Fernanda Stefani Oliveira dos Santos, de 24 anos.

Na sua barraca na Agriminas, o visitante vai encontrar polpa do pequi em conserva, creme de pequi, creme de pequi com pimenta, doce cremoso de pequi, doce de pequi em tablete, óleo de pequi, castanha de pequi torrada e farofa de pequi.

Fetaemg

A 13ª Agriminas é organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg). Este ano, a feira conta com mais de 600 expositores de todas as regiões de Minas, além agricultores convidados dos Estados do Rio Grande do Sul e Espírito Santo. A expectativa da organização é receber 100 mil visitantes entre consumidores, agricultores, técnicos e lideranças rurais. A movimentação econômica deve girar em torno de R$ 8 milhões em negócios.

A Agriminas começou quarta-feira (7/08) ocorre até domingo (11/08) no Expominas, em Belo Horizonte. A entrada é gratuita para crianças até 10 anos e idosos acima de 60 anos. Para os demais públicos, a entrada é R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). No sábado, das 8h às 22h. No domingo, último dia. De 8h às 18h.

Fotos: Anderson Pereira















Vilson, presidente da Fetaemg e deputado Federal, afirma: “É preciso mobilizar as bases”


O deputado Federal e presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), Vilson da Fetaemg (PSB), disse nessa quarta-feira (07), em Belo Horizonte, durante a abertura da 13ª Agriminas, que os dirigentes sindicais precisam mobilizar as suas bases para resistir aos sucessivos ataques do governo Bolsonaro ao movimento sindical.

“É o momento para a gente dialogar com a base. Se algum dirigente acha que vai resolver isso através de uma canetada, sentado numa mesa, com ar condicionado, está enganado. Nós não podemos, neste momento, deixar de conversar com as nossas bases. Quando você leva para os trabalhadores a verdade, o sindicato se fortalece e, consequentemente, as confederações e as centrais sindicais”, disse ele no auditório do Expominas, onde ocorre, até domingo, a 13ª Feira Estadual da Agricultura Familiar de Minas Gerais (Agriminas) que reúne, este ano, mais de 600 expositores. Entre os presentes durante a abertura, a presidenta da CTB-MG, Valéria Morato, e o secretário-geral da Central, Gelson Alves da Silva.

A presidente da CTB-MG, por sua vez, afirmou que “os trabalhadores do campo nos dão um exemplo de organização e de resistência neste momento que estão sendo duramente atacados com o fim dos incentivos do governo”. 

“A atual política privilegia apenas o grande capital e os grandes agricultores do agronegócio”, destacou Valéria Morato.

O deputado Vilson da Fetaemg também criticou a aprovação da reforma da Previdência que, segundo ele, não vai resolver os problemas do país.

“O governo dizia que a reforma Trabalhista seria a solução para acabar com o desemprego no Brasil. A reforma foi aprovada e o desemprego só aumenta. Agora, diz que a aprovação da reforma da Previdência vai resolver todos os nossos problemas. Isso não é verdade”, disparou ele.

Falando para centenas de trabalhadores rurais que lotaram o auditório do Expominas, Vilson da Fetaemg pediu a união dos trabalhadores do campo e da cidade para enfrentar a atual conjuntura política do país.

“Apesar de termos conseguido impedir a aprovação de alguns pontos da reforma da Previdência que prejudicavam os trabalhadores rurais, outros, infelizmente, foram aprovados. Por isso, precisamos da união de todos para enfrentar esse governo que quer acabar com as universidades públicas”, disse ele que também criticou a liberação pelo governo Federal de mais de 200 agrotóxicos para serem utilizados na agricultura brasileira.

“Precisamos de escolas no campo, sinal de internet, crédito, regulação fundiária, assistência técnica, pesquisa e infraestrutura na zona rural. Somente assim, vamos manter os nossos jovens no campo e, consequentemente, melhorar a vida dos produtores rurais e a produção da agricultura familiar no país”, afirmou ele.

Agriminas

A Agriminas é organizada pela Fetaemg e é a maior feira da agricultura familiar do país. O evento é uma oportunidade para que o agricultor comercialize e divulgue os seus produtos. A feira ainda traz apresentações culturais, artesanato e degustação de comidas e bebidas típicas.

A Agriminas ocorre até domingo no Expominas e a entrada é gratuita para crianças até 10 anos e idosos acima de 60 anos. Para os demais públicos, a entrada é R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). Nesta sexta, o evento ocorre de 14h às 22h. No sábado, das 8h às 22h. No domingo, último dia, de 8h às 18h.

Mais informações sobre a feira acesse o site www.agriminas.feira.br

Fotos: Anderson Pereira









7 de ago. de 2019

Câmara aprova texto-base da reforma da Previdência por 370 votos a 124

Por 370 votos a favor, 124 contra e 1 abstenção, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, o texto-base da proposta de emenda à Constituição que reforma da Previdência. Sob aplausos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), proclamou o resultado à 0h38 desta quarta-feira (7), depois de cinco horas de debates.
Veja aqui como cada deputado votou.
A sessão foi encerrada logo após o anúncio do placar. Segundo Maia, os deputados começarão a discutir os destaques em sessão marcada para as 9h de hoje. No segundo turno, só podem ser votados destaques e emendas supressivas, que retiram pontos do texto. Propostas que alteram ou acrescentam pontos não podem mais ser apresentadas.
A sessão para votar a reforma da Previdência em segundo turno começou às 19h15, depois de Rodrigo Maia passar o dia esperando a formação de quórum no Plenário da Casa. Por volta das 19h50, os deputados rejeitaram um requerimento do PSOL para retirar a proposta de pauta, por 306 votos a 18.
Por volta das 20h55, os parlamentares votaram um requerimento dos líderes para encerrar as discussões depois de dois deputados terem falado contra e dois a favor. Aprovado com 350 votos favoráveis e 18 contrários, o requerimento ajudou a acelerar a sessão. Em seguida, deputados do centrão e do governo esvaziaram o Plenário para forçar Rodrigo Maia a encerrar e reabrir a sessão, reduzindo o número de requisições da oposição para alongar os debates.
No início da noite, os parlamentares aprovaram, em votação simbólica, a quebra do prazo de cinco sessões entre as votações em primeiro turno e em segundo turno para que a PEC pudesse ser votada ainda nesta madrugada. Nas últimas horas, o Plenário aprovou requerimentos para acelerar a sessão, como o que rejeitou em bloco todos os destaques individuais e o que impediu o fatiamento da votação do texto principal.
O primeiro turno da proposta foi concluído no dia 13 de julho. Na ocasião, o texto principal foi aprovado por 379 votos a 131. Em segundo turno, são necessários também 308 votos para aprovar a PEC, e os partidos podem apresentar somente destaques supressivos, ou seja, para retirar partes do texto. Concluída a tramitação na Câmara, a matéria segue para análise do Senado, onde também será analisada em dois turnos de votação.
Divergências
A oposição ainda tenta modificar trechos da proposta e anunciou que apresentará os nove destaques a que tem direito para tentar retirar pelo menos quatro itens do texto da reforma. Estão no foco dos partidos da oposição a retirada de trechos como as mudanças na pensão para mulheres, nas aposentadorias especiais, na pensão por morte e as regras de transição.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), reiterou nessa terça-feira (6) que oposição trabalhará na “redução de danos” ao trabalhador. Entre os pontos que a oposição tentará retirar da reforma estão a restrição ao abono salarial a quem recebe até R$ 1.364,43 em renda formal e a redução de novas pensões a 50% do salário médio do cônjuge falecido, com acréscimo de 10 pontos percentuais por dependente.
No entanto, para deputados da base governista, os destaques serão rejeitados independentemente dos esforços dos partidos de oposição. “A oposição está obstruindo, e obstruir significa não trabalhar para que Brasil possa avançar. Nós vamos, queira a oposição ou não, votar a reforma, a nova Previdência, para que o País volte a crescer e para que façamos com que ele volte a gerar emprego e oportunidade de vida ao povo brasileiro”, disse o deputado Darci de Matos (PSD-SC).

Fonte: Welton Máximo e Heloísa Cristaldo - Agência Brasil

 Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil