Representantes da CTB, UGT,
FS, CGTB, NCST e CUT se reuniram na tarde desta segunda-feira (6), em São
Paulo, para definir sua pauta de reivindicações das centrais junto ao governo
federal, por conta do encontro agendado para a próxima terça-feira (14) com o
ministro-chefe da Casa Civil, Gilberto Carvalho.
Em nome da unidade do
movimento sindical brasileiro, os líderes de cada central definiram que nenhuma
das bandeiras de luta apresentadas à presidenta Dilma Rousseff, no último dia 6
de março, após a 7ª Marcha a Brasília, será suprimida.
Ao longo da última semana,
parte da imprensa veiculou que o governo federal iria apresentar sua própria
pauta para ser discutida com as centrais. Na reunião desta segunda-feira, realizada
na sede nacional da UGT, os sindicalistas lembraram que as reivindicações das
centrais já foram expostas a Dilma e que agora o momento é de ouvir o que o
Executivo tem a oferecer para então se iniciar uma mesa de negociação.
Durante a conversa desta
segunda-feira, coube ao presidente da CTB, Wagner Gomes, fazer a defesa da
unidade das centrais. Ele recordou dos avanços conquistados ao longo do governo
Lula e da realização da segunda Conferência Nacional da Classe Trabalhadora
(Conclat), momentos em que a união prevaleceu.
“Não podemos deixar de lado
a parte que nos une, pois é isso que garante a unidade das centrais. Se
levarmos outros pontos de pauta, poderemos perder o foco naquilo que temos
consenso. A unidade das centrais está acima de qualquer diferença que possamos
ter”, salientou.
Dessa forma, os
sindicalistas definiram que, independentemente daquilo que o governo se mostrar
disposto a dialogar, as centrais não deixarão de lado suas bandeiras, entre
elas a defesa da redução da jornada de trabalho e o fim do fator previdenciário
– itens que, segundo a imprensa, não fariam parte da reunião da próxima semana.
Cobranças
Para o secretário-geral da
CTB, Pascoal Carneiro, uma vez definida essa postura, as centrais sindicais
terão que ser duras com o governo, pois várias de suas reivindicações já foram
expostas inúmeras vezes. Ele citou como exemplo a questão da regulamentação da
Convenção 151 da OIT (sobre negociação coletiva e direito de greve dos
servidores): “Não temos mais o que discutir com o governo esse tema. Já o
expomos em todos os fóruns possíveis e agora cabe ao governo uma posição”,
afirmou.
Para o secretário de
Política Sindical e Relações Institucionais da CTB, Joílson Cardoso, é
importante que as centrais deixem claro para o governo federal que já existe um
grande acúmulo de estudos e discussões a respeito de cada um dos pontos de
reivindicação.
“Posso citar a questão da
ratificação da Convenção 158 da OIT [sobre a rotatividade] ou o debate sobre
terceirização. As centrais têm propostas para ambos e o momento é de agir e
cobrar o governo por uma posição definitiva. Esse acúmulo que temos não pode
ser desprezado”, sustentou o dirigente.
Pauta
Além das oito reivindicações
entregues ao governo federal em 6 de março, as centrais compreenderam que, para
a reunião da próxima semana, também deverá ser colocada em discussão a
regulamentação da chamada PEC das Domésticas. Dessa forma, a pauta será composta
dos seguintes itens:
- Fim do fator previdenciário;
- Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários;
- 10% do PIB para a Educação;
- 10% do PIB para a Saúde;
- Reforma agrária;
- Valorização das aposentadorias;
- Ratificação das convenções 151 e 158 da OIT;
- Mudanças na política macroeconômica;
- Regulamentação da PEC das Domésticas.
- Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários;
- 10% do PIB para a Educação;
- 10% do PIB para a Saúde;
- Reforma agrária;
- Valorização das aposentadorias;
- Ratificação das convenções 151 e 158 da OIT;
- Mudanças na política macroeconômica;
- Regulamentação da PEC das Domésticas.
Fonte: Portal CTB.
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