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30 de out. de 2013

UISmetal homenageia “Quincas”, ex-assessor político do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim

O ex-assessor político do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, Manoel Geraldo Cação Pereira, o “Quincas”, foi homenageado por sua importante trajetória de lutas em defesa dos trabalhadores, especialmente dos metalúrgicos. A homenagem foi prestada no último dia 25, durante o 2º Congresso da União Internacional dos Sindicatos de Metalurgia e Mineração (UIS Metal), realizado no Rio de Janeiro.
“São anos de luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, contra a ditadura, pela elevação do nível de consciência do povo e pelo socialismo. Manoel Cação é um grande homem e exemplo de líder para todos nós”, disse o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB Minas) e da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), Marcelino da Rocha, que fez a entrega da comenda.
Militante do movimento sindical desde a década de 1980, “Quincas” também foi assessor da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Fitee). Em Betim, atuou desde 1989, quando ajudou a organizar a chapa “Garra Metalúrgica”, que venceu as eleições sindicais e, desde então, conduz o Sindicato.
“Fui pego de surpresa com esta homenagem e me senti muito honrado”, agradeceu “Quincas”.

Fonte: Sindbet.

23 de out. de 2013

23 de outubro de 1978: 35 anos da greve histórica dos metalúrgicos de Betim

Há 35 anos, os metalúrgicos de Betim viveram um dos  momentos dos mais importantes de sua história, a primeira grande greve geral da categoria, em 23 de outubro de 1978, que paralisou a Fiat Automóveis, a FMB (atual Teksid do Brasil) e a então fábrica da Krupp, que já não faz mais parte da nossa base.
Naquele ano, cerca de 13 mil trabalhadores cruzaram os braços, durante uma greve que durou 7 dias e que terminou vitoriosa, num período de grande arrocho salarial, uma vez que os reajustes nos salários eram fixados pelo governo e não repunham as perdas. Era, ainda, o período da ditadura militar, o que só piorava a situação, já que os movimentos de reivindicação dos trabalhadores eram duramente reprimidos e rapidamente classificados como “baderna”.
“Aquele foi um momento histórico para nossa categoria. E hoje, passados tantos anos, a lição que fica é a de que jamais os trabalhadores podem perder de vista que a garra, a mobilização e participação dos trabalhadores, a luta e a unidade junto ao Sindicato continuam sendo fatores preponderantes para que possamos alcançar novas conquistas e consolidar nossos direitos”, ressalta o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, João Alves de Almeida.
O movimento foi tão importante para a categoria que, anos mais tarde, o informativo que era distribuído aos metalúrgicos passou a se chamar 23 de Outubro, atualmente, um dos principais veículos de comunicação do Sindicato com os trabalhadores.
Neste 23 de outubro de 2013, o Sindicato presta uma homenagem aos bravos companheiros que participaram daquele momento histórico, muitos dos quais que ainda fazem parte da nossa diretoria e também da nossa base.

Fonte: Departamento de Imprensa – Sindbet.

17 de out. de 2013

Metalúrgicos do setor naval conquistam reajuste salarial de 9,5% no Rio de Janeiro

Os metalúrgicos do setor naval do Rio de Janeiro conquistaram um aumento salarial de 9,5%, o maior reajuste salarial do País entre todas as categorias que já fecharam sua campanha neste ano. O reajuste foi aprovado em assembleia realizada na última terça-feira, 15 (foto).
O índice de 9,5%, retroativo a 1º de outubro, representa um aumento real de 3,81%, com uma inflação do período de 5,69%. Esse valor é o maior registrado entre as diversas categorias de trabalhadores do Brasil.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, João Alves de Almeida, esta conquista dos trabalhadores do Rio de Janeiro é um exemplo de que os metalúrgicos de Minas podem obter um reajuste maior do que os 5,9% oferecido pelos patrões da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).
“Devemos seguir os companheiros do Rio e intensificar a luta por um aumento salarial decente. O primeiro passo neste sentido é os trabalhadores comparecerem em massa na assembleia que será realizada pelo Sindicato no próximo domingo (20), no Clube dos Metalúrgicos, em Betim”, afirma João Alves.
Aumento do piso
Além do reajuste salarial, o piso profissional qualificado dos metalúrgicos do Rio passa a ter o valor de R$ 2.148,89. O piso de ajudante será de R$ 1.290,73. O esmerilhador terá um salário de R$ 1.615,12.
Outra importante conquista foi em relação à hora-extra, que terá o acréscimo de 100% nos sábados, domingos e feriados e após as duas horas prestadas de serviço de segunda a sexta. Até duas horas, durante a semana, o acréscimo será de 50%. Os trabalhadores do setor naval também garantiram o aumento do vale-alimentação para R$ 280,00.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Alex Santos, afirmou que esta foi uma importante conquista dos metalúrgicos do setor naval, apesar de não ter sido possível alterar a data-base para 1º de maio, como estava combinado com o patronato.
“Não foi uma campanha fácil, foi diferente, pois começamos em maio. Tínhamos combinado a mudança da data-base, o que não ocorreu. Por outro lado, conquistamos o maior aumento real entre todas as categorias, isso mostra a força dos trabalhadores no Rio de Janeiro”.

Fonte: Departamento de Imprensa Sindbet e Portal CTB.

Terceirização: PL 4.330 está pronto para votação na Câmara dos Deputados

A informação é do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), que orienta para máxima atenção do movimento sindical ao PL 4.330/2004, que pretende expandir a terceirização no país, já que o prazo de cinco sessões do plenário da Câmara dos Deputados expirou e o projeto será votado a qualquer momento pelo plenário da Casa, pois a pauta está livre.
Este prazo foi determinado pelo presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que acatou requerimento neste sentido apresentado pelo deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).
Segundo o Diap, este ardil regimental, não há dúvida, atropela entendimento que só se votaria o projeto quando se alcançasse um consenso em torno da matéria.
“Agora, é preciso ter atenção redobrada, pois a pauta está livre e o projeto pode ser agendado para votação em qualquer momento. Urge uma mobilização nacional do movimento sindical, pois a despeito da decisão das bancadas do PT e do PCdoB, que fecharam questão contra o projeto, as demais bancadas partidárias não têm essa posição. Ou estão dividas em relação ao tema ou estão integralmente a favor do projeto”, avalia o Departamento em nota publicada em sua página eletrônica.
Segundo análise dos especialistas do Diap, a bancada empresarial, majoritária na Câmara, articula e faz pressão para aprovar o projeto, que só é apoiado hoje pelos empresários.
A CTB é claramente contra o PL 4.330 por entender que a proposta precariza as relações de trabalho, ameaça direitos e é um retrocesso na manutenção dos direitos sociais e trabalhistas. Para o presidente nacional da Central, Adilson Araújo, é essencial o enfrentamento que as centrais sindicais unificadas devem fazer para buscar uma grande mobilização nacional que evite esse retrocesso à pauta trabalhista.

Fonte: Portal CTB.

Outubro Rosa: CTB adere à campanha contra o câncer de mama

Quem navega pelo site da CTB deve ter notado que ele ficou diferente neste mês, com alguns detalhes em cor-de-rosa. Essa é uma das formas que a Central encontrou para demonstrar seu apoio à campanha mundial pelo combate ao câncer de mama.
O mês, que ficou conhecido como “Outubro Rosa” – o nome remete à cor do laço que simboliza a luta contra a doença – terá diversas atividades para a conscientização da importância do diagnóstico precoce desta que é uma das doenças que mais mata as mulheres em todo o mundo. No Brasil, a cada 10 mulheres diagnosticadas com a doença, três morrem, segundo dados os Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Durante o período, monumentos históricos, pontos turísticos, prefeituras e o Congresso Nacional ficarão com a iluminação rosa em alusão à campanha. Em Belo Horizonte, diversos pontos receberam iluminação especial, como a antiga Estação Ferroviária, no centro da cidade (foto).
De acordo com a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CTB, Ivânia Pereira, essas mobilizações causam impactos na sociedade e ajudam na prevenção.
“A ideia da CTB é sensibilizar os sindicatos a fazerem a mesma coisa nas diversas entidades do país, para discutir dentro dos sindicatos essa questão”, informou a dirigente, para quem é preciso estimular que a mulher debata o assunto também no ambiente de trabalho.
Saiba como prevenir o câncer de mama:
Mamografia: ainda é o melhor método para a detecção precoce do câncer de mama. Por meio dela é possível detectar microcalcificações que, muitas vezes, são as primeiras indicações de um câncer em fase inicial. A primeira deve ser feita a partir dos 35 anos. A partir dos 40 anos, deve ser realizada anualmente.
Ultrassonografia mamária: a técnica é usada para reproduzir imagens transmitidas por um transdutor, que emite e reflete ondas sonoras até a mama. É um método auxiliar da mamografia, somando dados e levando a um diagnóstico mais preciso. É indicada na análise da estrutura de nódulos detectados na mamografia (para se avaliar se são císticos ou sólidos) e na avaliação de mamas com próteses.
Auto-exame: o auto-exame das mamas deve ser feito a partir da primeira menstruação, mas não substitui os outros exames. Ele consiste em a mulher apalpar seus seios na tentativa de identificar alguma alteração. Além disso, ele incentiva que a mulher conheça o próprio corpo. O auto-exame deve ser feito uma vez por mês, logo após a menstruação, e de três maneiras:
Durante o banho: Com a pele molhada ou ensaboada, a mulher deve elevar o braço direito e deslizar os dedos da mão esquerda suavemente sobre a mama direita estendendo até a axila. Em seguida, fazer o mesmo na mama esquerda.
Deitada: colocar um travesseiro debaixo do lado esquerdo do corpo e a mão esquerda sob a cabeça. Com os dedos da mão direita, a recomendação é apalpar a parte interna da mama. Em seguida, basta inverter a posição para o lado direito e fazer o mesmo procedimento.
Diante do espelho: elevar e abaixar os braços em frente ao espelho. Com o movimento, observar se há alguma anormalidade na pele, alterações no formato, abaulamentos ou retrações nos seios.

Fonte: Portal CTB e CTB Minas. 

16 de out. de 2013

Em reunião com dirigentes da CTB Minas, Adilson Araújo reafirma compromisso de luta em defesa dos trabalhadores

O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, se reuniu com dirigentes da CTB Minas na última quinta-feira (10), em Belo Horizonte. O encontro, realizado na sede do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas), foi o primeiro desde a sua eleição a presidente da Central, em agosto.
Durante a reunião, que também contou com a presença de dirigentes de sindicatos filiados, Adilson falou sobre a conjuntura nacional e internacional e dos desafios que o movimento sindical tem pela frente, como, por exemplo, as lutas contra as inúmeras tentativas de retiradas de direitos e ameaças à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
“Nos últimos anos, trabalhadores europeus têm enfrentado as consequências da crise internacional, como o desemprego e o desmanche das leis trabalhistas. Aqui no Brasil, a situação é de geração de empregos, entretanto, a ofensiva neoliberal é uma ameaça aos direitos trabalhistas. Por isso, precisamos intensificar nossas ações para assegurarmos esses direitos e avançarmos nas conquistas”.
O presidente nacional da CTB também disse que os trabalhadores precisam aumentar sua influência na política, por meio da eleição de companheiros e companheiras comprometidos com a defesa dos seus interesses.
Além disso, é preciso apoiar as medidas tomadas pelo governo Dilma favoráveis aos trabalhadores e à população, que, a todo momento, a mídia e os políticos neoliberais tentam desqualificar, e cobrar da presidenta a melhoria das condições  de vida para todos.
Democratização da mídia
Adilson Araújo defendeu a democratização da mídia e a incremento da comunicação da Central, principalmente nas seções estaduais. “Precisamos melhorar e ampliar nossa comunicação para nos tornarmos uma referência não só no movimento sindical, mas também para os trabalhadores”.
Por fim, o novo presidente da CTB se dispôs a acompanhar mais de perto o trabalho desenvolvido pelas CTBs estaduais, especialmente em Minas Gerais, um dos maiores estados do País do ponto de vista econômico e em extensão territorial, para contribuir no aprimoramento das lutas mais específicas de cada região, como forma de ampliar as lutas dos trabalhadores de todo o País.
“Foi um encontro muito positivo, pois tivemos a oportunidade de trocar informações sobre os desafios da atualidade. A grande disposição de luta demonstrada pelo companheiro Adilson também nos incentiva ainda mais para as lutas em defesa dos interesses dos trabalhadores e fortalecimento da CTB”, disse a secretária de Comunicação e Imprensa da CTB Minas, Marilda Silva.
Um novo encontro com o presidente nacional da CTB deverá ocorrer no final de novembro, durante a plenária da CTB Minas, que será realizada em Belo Horizonte.
Fonte: CTB Minas.


3 de out. de 2013

Dia Internacional de Ação: CTB Minas promove ato público na Vallourec, em BH

O Dia Internacional de Ação, idealizado pela Federação Sindical Mundial (FSM) há 68 anos, foi marcado em Minas Gerais, nesta terça-feira (3), com a realização de um ato público no início da manhã na portaria da metalúrgica Vallourec Tubos do Brasil, em Belo Horizonte.
Com bandeiras da Central e da FSM, dirigentes da CTB e de sindicatos filiados entregaram aos trabalhadores, durante a troca de turnos da empresa, um panfleto produzido especialmente para a data, com informações sobre o Dia Internacional de Ação e as bandeiras de lutas propostas pela Federação Sindical Mundial para este ano.
“Escolhemos esta fábrica por se tratar de uma multinacional de grande representatividade no contexto da globalização, símbolo do capitalismo e de suas contradições. Além disso, os trabalhadores da Vallourec têm tradição de luta e sempre apoiaram as atividades sindicais aqui realizadas, num exemplo de combatividade para a classe trabalhadora”, disse o vice-presidente da CTB Minas José Antônio de Lacerda, o “Jota”.
Fundada em 1997 e com dezenas de plantas industriais e negócios em países como Brasil, Alemanha, França, Estados Unidos e China, a Vallourec é uma holding de capital francês. Em Belo Horizonte, a empresa ocupa uma área de cerca de 3 milhões de metros quadrados, onde produz tubos de aço sem costura.
Luta por direitos
Este ano, a Federação Sindical Mundial, entidade à qual a CTB é filiada, propôs, numa corrente mundial de resistência, que dirigentes de sindicais e trabalhadores saíssem às ruas em todos os países por um mundo sem pobreza, guerras imperialistas, torturas ou exploração capitalista.
Segundo a nota divulgada pela FSM, devemos unimos nossas vozes e mostramos nossa determinação na ação conjunta com nossos irmãos e companheiros em todo o mundo, marchando com entusiasmo por alimentos, água, saúde, livros, moradia e trabalho para todos.
Para a Federação Sindical Mundial, “uma vida digna pressupõe que todas estas demandas dos trabalhadores sejam resolvidas, que as massas populares tenham trabalho estável, um bom salário, boas aposentadorias, seguridade social pública, educação pública e gratuita”.
“Exigimos a satisfação das necessidades básicas modernas da população. Uma demanda realista e aplicável, baseada nas habilidades produtivas da força de trabalho qualificada, nos recursos produtores de riqueza, na riqueza natural e mineral e no desenvolvimento científico e tecnológico que se amplia constantemente”, acrescenta a nota.
Para a FSM, não há razão alguma para que exista pobreza, guerras imperialistas, destruição, tortura, exploração capitalista, privatização dos bens e recursos públicos, dos hospitais e do sistema educacional, além da voracidade cruel dos poucos capitalistas, com a finalidade de lucro e os mecanismos e estados que apoiam tudo isso, causando sofrimento, escassez, altos preços e contaminação ambiental.
Os altos lucros seguem existindo e sobem durante a crise internacional capitalista, além da concorrência entre os capitalistas individuais ou de grupos, as fusões, o fechamento de empresas e indústrias, a transferência da produção para outros países com salários mais baixos ou direitos trabalhistas inexistentes, a maior exploração dos diversos setores da classe trabalhadora e o desemprego extremo em muitas partes do mundo.
“É nosso futuro contra seus lucros! Marchemos com entusiasmo também por educação pública e gratuita de qualidade para todos, seguridade social pública, medicamentos, saneamento básico e melhores salários para todos; contra a terceirização (PL 4.330) e o leilão de libra e em defesa dos recursos naturais. Todos e toda nas lutas pelos nossos direitos”.

Fontes: CTB Minas e FSM.

Artigo: Detroit, a bancarrota e o povo

Por Marcelino da Rocha*
Chocante a tragédia da população de Detroit (EUA), cuja cidade foi o espelho da indústria automobilística do mundo. O raio-x atual da cidade americana deveria estremecer os defensores da ideologia reformista, para que não pairem dúvidas de que o capitalismo está aí e vive sob a lógica mais perversa e irracional do tudo pelo lucro e nada para o povo.
Em 18 de julho deste ano, o decreto de falência econômica da cidade, diante de uma dívida que, de acordo com o New York Times, varia entre 18 e 20 bilhões de dólares, simbolizou o caos financeiro.
Ainda assim, em 2009, o governo de Barack Obama despejou altas quantias de dólares exatamente em duas das maiores companhias mundiais de produção de carros (General Motors e Chrysler), ignorando a situação de bancarrota da cidade de Detroit.
É bom lembrar que as consequências vêm se desdobrando e se confirmando e que a exploração tem lado e classe a ser vilipendiada. Dos 1,8 milhões de habitantes em 1950, restam em torno de 700 mil habitantes. São 78 mil prédios vazios e/ou abandonados, ruas sem iluminação, calote de 40 milhões de dólares ao fundo de pensões da cidade.
Passados três anos, a população é constituída, em sua maioria, por negros (78,9%), enquanto no estado de Michigan essa população (negra) representa apenas 14,2%. Quando há dinheiro circulando em abundância, a população branca impera. Quando a crise chega e está faltando tudo, a população é majoritariamente negra.
A violência também complementa o quadro e os homicídios colocam Detroit como a mais violenta entre as 60 maiores cidades estadunidenses: são 47 homicídios a cada 100 mil habitantes (2006).
No Brasil, esses dados são de 20,4 homicídios para cada 100 mil habitantes (Mapa da violência 2013). Em Detroit, mais de 20% das famílias vivem abaixo da linha da pobreza. A média nacional dos EUA é de 15%; a renda per capita das famílias norte-americanas, em média, é de cerca de 47.511 dólares, enquanto em Detroit a renda per capta é de 14.717 dólares.
Esses dados entram em contraste com os dados da maior economia do mundo, com um PIB de quase US$ 15 trilhões, ou quase três vezes maior que a segunda maior do mundo, a China, com US$ 5,8 trilhões.
É fato que a conjuntura atual traz desafios gigantescos aos trabalhadores em todos os continentes. Na Ásia, em Dhaka, localizada em Bangladesh, em 2012, mais de 100 trabalhadores morreram em um incêndio numa fábrica de roupas, a maioria mulheres.
Além disso, há registros permanentes de trabalho infantil para as grandes empresas esportivas do mundo. No Chile, em um supermercado, as trabalhadoras usavam fraldas descartáveis para acabar com “tempo morto” de atendimento nos caixas. Na Europa, governos pressionados pelo FMI reduzem salários pela metade (Grécia, Portugal, Itália, por exemplo).
O desemprego recorde aumenta o índice de suicídio entre jovens. Na África, com o trabalho escravo e degradante, a expectativa de vida dos trabalhadores baixa para menos de 50 anos.
No Brasil, a agressividade e o desejo de destruição da CLT por parte dos empresários – e que encontra eco em dirigentes “desatentos” - com a sede do tudo pelo lucro, de preferência fácil, vai aumentando o bombardeio sob o argumento da baixa produtividade, custos altos e insegurança jurídica. Prova disso, é o Projeto de Lei 4.330/2004, que escancara a terceirização e pode prejudicar milhões de trabalhadores.
É preciso muita atenção, ousadia e luta para não inviabilizarmos este País, que tem grandes possibilidades de desenvolvimento, e para valorizarmos o trabalho e os trabalhadores.
O imperialismo, símbolo da guerra no mundo (EUA), não cuida dos interesses de seu povo. O que, então, poderemos dizer dos interesses do povo mundo afora?
Toda solidariedade ao povo de Detroit e contra a bancarrota do povo trabalhador brasileiro e do mundo.

* Presidente da CTB Minas e da Fitmetal.

1 de out. de 2013

Conselho amplia limite para compra de imóvel com recursos do FGTS

Os trabalhadores interessados em comprar imóveis com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderão financiar unidades de maior valor. O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou os valores máximos dos imóveis que podem ser adquiridos por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
O valor dos imóveis que podem ser financiados com recursos do FGTS subiu de R$ 500 mil para R$ 650 mil. Para os mutuários de quatro unidades da Federação - São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal - o limite foi elevado de R$ 500 mil para R$ 750 mil. O limite não era elevado desde abril de 2009.
A medida entrou em vigor nesta terça-feira (1º) e só vale para novos financiamentos. De acordo com o chefe adjunto de Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central (BC), Júlio César Carneiro, o limite foi elevado para corrigir a inflação acumulada no período, que variava de 22% a 29% dependendo do índice.
No caso dos materiais de construção, o aumento de preços foi ainda maior. O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) acumula alta de 36,43%.
Além disso, ressaltou o técnico do BC, as empresas de construção civil e as próprias instituições financeiras pediam o reajuste do limite há pelo menos dois anos. “Os bancos reclamavam que o valor estava baixo demais para financiar unidades habitacionais”, explicou.
Em relação ao limite para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, Carneiro disse que o CMN optou por estabelecer um teto diferenciado para adequar os financiamentos às características do mercado imobiliário dessas unidades da Federação. “O crescimento do mercado e dos custos nessas regiões justificaram o limite de R$ 750 mil”, declarou.
O técnico do Banco Central disse, ainda, não acreditar que a elevação do limite vá inflacionar o preço dos imóveis. “Os limites foram reajustados em percentuais menores que a inflação”, justificou.
O CMN também mudou a parcela do valor do imóvel que pode ser financiado com recursos do FGTS. Pela regra anterior, até 90% do valor podia ser financiado. Agora, o percentual ficou em 90% para os financiamentos que usam o Sistema de Amortização Constante (SAC), cujas parcelas começam mais altas, mas o abatimento do saldo devedor ocorre mais rápido. Para os demais sistemas de amortização, o percentual foi reduzido para 80%.

Fonte: Agência Brasil.

Dia Internacional de Ação promoverá a unidade dos trabalhadores, avalia dirigente da CTB

Contribuir para a unidade de ação dos trabalhadores em todo o mundo. Este é o objetivo das manifestações que ocorrerão na próxima quinta-feira (3) para celebrar o Dia Internacional de Ação da classe trabalhadora.
Na data, que lembra a fundação da Federação Sindical Mundial (FSM), em 1945, são promovidas manifestações protagonizadas pelos trabalhadores em diversos países para sensibilizar a sociedade sobre suas lutas.
O secretário nacional de Relações Internacionais da CTB, Divanilton Pereira, analisa que, “além de promover a reflexão sobre temas importantes, as atividades também contribuem para promover a unidade de ação dos trabalhadores”.
Neste ano, a jornada mundial tem como temas: alimentos, água, medicamentos livros e moradia para todos, além de reivindicações específicas de cada país, como, por exemplo, no Brasil será defendida a democratização dos meios de comunicação, o fim dos leilões do petróleo, o fim do projeto de lei que amplia a terceirização entre outras.
Divanilton expressou que, nestes 68 anos, a Federação tem desempenhado um papel fundamental na conscientização da população. “Em meio às crises do capitalismo, a FSM reaparece com grande perspectiva de uma visão estratégica e mais libertária dos trabalhadores em todo o mundo”.

Fonte: Portal CTB.

Centrais sindicais devem estar unidas para engavetar o PL 4.330, defende o presidente nacional da CTB

Contra acordo firmado com as centrais sindicais, de discutir mais amplamente o Projeto de Lei 4.330/2004, que escancara a terceirização, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), determinou o prazo de cinco sessões ordinárias do plenário para que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vote o parecer do relator Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA).
Segundo o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, o acordo firmado com o presidente da Câmara era para que a matéria somente fosse votada com um consenso mínimo para isso. “Isso é uma manobra aliada à pressão da mídia, que ataca as centrais sindicais e o Tribunal Superior do Trabalho (TST), que têm se mobilizado para mostrar como esse projeto é prejudicial tanto à classe trabalhadora quanto ao País”, critica.
Para o dirigente cetebista, “os empresários não se deram por vencidos” e buscam a desforra porque os sindicalistas se mobilizaram de maneira unificada e com muita pressão, obrigando os deputados a cederem e a difundirem a discussão do PL da terceirização.
Henrique Alves acolheu o Requerimento 8.634/2013, do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que recebeu despacho favorável na quinta-feira (26/9) para acelerar o processo de votação sem mais discussões com os trabalhadores. O requerimento foi apresentado no dia da Comissão Geral aberta pra discutir o PL da terceirização com participação dos representantes dos trabalhadores e do TST.
Essa decisão atropela acordo firmado com as centrais sindicais para discutir a matéria (PL 4.330) após a Comissão Geral da terceirização, realizada no dia 18 de setembro. “Agora, é mais do que necessário aumentar a pressão sobre os deputados. Juntamente com a sociedade civil organizada, devemos realizar, de maneira unificada, grandes atos nacionais em Brasília permanentemente”, acentua o presidente da CTB.
A manobra que atende os interesses empresariais, de apressar a votação, “obriga as centrais sindicais a elevarem o nível de organização junto à sociedade para impedir qualquer possibilidade de tamanho retrocesso na manutenção dos direitos sociais e trabalhistas”, disse Adilson Araújo. Para ele, “os trabalhadores têm que entrar em contato com os deputados mostrando o posicionamento contrário ao projeto”, defende.
Adilson Araújo também reforça a proposta da CTB de se unir ao todos os setores organizados da sociedade para, “de forma contundente empreender todos os esforços com o claro objetivo de engavetar, de uma vez por todas, o PL 4.330”.
“A sociedade não pode ficar refém de parlamentares que votam pelos interesses de absoluta minoria em detrimento da maioria da população, que ficaria sem nenhum direito trabalhista garantido com esse projeto de terceirização sem qualquer critério ou mecanismo de defesa para a classe trabalhadora”, alertou.

Fonte: Portal CTB.