25 de fev. de 2010

Nota de apoio à greve dos rodoviários de BH e Região Metropolitana



A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST ( Nova Central Sindical de Trabalhadores), CUT (Central Única dos Trabalhadores), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Conlutas e Força Sindical repudiam a judicialização intervencionista da relação empregado e empregador; a forma como o desembargador Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, a imprensa e empresários vêm atuando e interferindo na greve dos rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana.

A astronômica multa de R$ 300 mil por dia, a instrumentalização de interditos proibitórios, o bloqueio dos bens das entidades trabalhistas configuram práticas antissindicais, e desrespeito à organização dos trabalhadores. Essas medidas integram um processo de criminalização dos movimentos sociais, que vem sendo praticado por parte do Estado e suas instituições.
A Polícia Militar também cerceou e reprimiu a ação legítima dos trabalhadores e trabalhadoras. A sua presença nas garagens mostrou uma atuação em favor de interesses e patrimônios privados, sem qualquer relação com a segurança pública.

A imprensa, igualmente, mostrou-se a serviço das classes dominantes, resumindo a greve como arruaça e ofensa aos direitos dos passageiros. Esqueceu a mídia que, do outro lado dessa história, pais e mães de família também reivindicam condições mais dignas.

As centrais sindicais mineiras, de forma unitária, defendem que, para ser justo e equilibrado, o desembargador deveria evitar decisões unilaterais, ajudando a dirimir os conflitos, fazendo também exigências aos empresários. Ele deveria, por exemplo, determinar o cumprimento do decreto nº 44.603/2007, que garante, em primeiro lugar, a segurança dos usuários de veículos gerenciados pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem).

Imprensa e Justiça do Trabalho demonstraram desconhecer e ignorar a realidade das empresas de transporte. Os patrões exigem banco de horas, e não costumam pagar horas-extras. Alguns estão inadimplentes com o FGTS.

Afirmamos que os incidentes negativos ocorridos durante a paralisação devem ser creditados à intransigência e à ganância dos empresários do setor do transporte coletivo, já bem conhecidos pela nossa população. Reforçamos nosso apoio e solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras e a convicção de que somente a unidade e organização garantem a vitória.  


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