30 de mar. de 2011

Professores da rede privada de BH suspendem greve e comemoram vitória

Fonte: Sinpro Minas

Em assembleia nesta terça-feira (29/3), na Faculdade de Medicina da UFMG, os professores da rede privada de Belo Horizonte decidiram suspender a greve, iniciada em 22 de março. A assembleia terminou em clima de emoção e comemoração.

Os professores aprovaram a proposta mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em audiência na manhã de hoje, que prevê reajuste salarial de 8%, renovação da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com retroatividade a 1º de fevereiro, e criação de uma comissão intersindical para, num prazo de 90 dias, tratar dos temas: equiparação dos pisos da educação infantil, regulamentação da educação a distância, seguro de vida, mudança da data-base e vigência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).


Na reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT), o sindicato patronal assumiu o compromisso de, caso a comissão não chegue a um consenso durante os 90 dias, aceitar que o órgão assuma o papel de mediador. Também foi mantida a garantia de salários por 120 dias a cada semestre – com exceção dos demitidos entre 1º e 15 de fevereiro.

"A mobilização dos professores, com greve e manifestações, fez com que o patronal repensasse sua relação com a categoria. Com nossa força, mostramos que exigimos respeito e temos dignidade”, afirmou Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas.

Os docentes agradeceram o apoio de pais e alunos, que enviaram, nos últimos dias, diversas mensagens ao sindicato. Alunos do 3º ano do ensino médio do Colégio Marista Dom Silvério chegaram a encaminhar uma carta à direção da escola, reivindicando a valorização dos professores.

Durante a assembleia, a categoria prestou uma homenagem a todos os que aderiram ao movimento, aplaudindo-os de pé. Foram oito dias de greve e um de paralisação, em 16 de março. “Foi uma caminhada com muitos obstáculos no caminho, mas vitoriosa”, avaliou Celina Arêas, diretora do Sinpro Minas.

A paralisação atingiu parcial ou integralmente mais de 60% das principais escolas de Belo Horizonte e região, como Marista Dom Silvério, Colégio Arnaldo, Frei Orlando, Padre Eustáquio, Efigênia Vidigal, Colégio Batista, Imaculada, Libertas, Magnum (Nova Floresta), Pitágoras (Raja Gabáglia), Nossa Senhora das Dores, Pio XII, Sagrado Coração de Maria, Izabela Hendrix, São José Operário, Escola da Serra, Padre Machado, Santa Dorotéia, Uni-BH, Fumec, Newton Paiva, Universo, Rubens Romanelli, Unifem (Sete Lagoas), Curso Alfa (Divinópolis), São Francisco de Assis, entre outras.

A assembleia também aprovou a criação de uma comissão para verificar as denúncias de assédio moral e substituição de professores durante a greve dos professores. Conforme o acordo com o Sinep/MG, as faltas durante a greve serão abonadas e o calendário de reposição será estabelecido diretamente entre os professores e as escolas.

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