24 de fev. de 2015

Sinpro promove palestra com Emir Sader

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O sociólogo e cientista político Emir Sader vai proferir uma palestra sobre Comunicação e Ética, na sede do Sinpro Minas. O evento, organizado pelo Laboratório de Altos Estudos do sindicato, vai acontecer no dia 7 de março, às 10h30, na rua Jaime Gomes, 198, Floresta.
 
Emir Simão Sader é sociólogo e cientista político, graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, mestre em filosofia política e doutor em ciência política por essa mesma instituição.Dirige o Laboratório de Políticas Públicas (LPP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é professor de sociologia. Atualmente é professor doutor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, coordenador do Laboratório de Políticas Públicas e Secretário Executivo do Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales. Foi Secretário Executivo do CLACSO.
 
É autor de A Vingança da História, A nova toupeira, entre outros livros. Sader colabora com publicações nacionais e estrangeiras e é membro do conselho editorial do periódico inglês New Left Review. Presidiu a Associação Latino-Americana de Sociologia (ALAS, 1997-1999) e é um dos organizadores do Fórum Social Mundial.

Dia 24 de fevereiro marca conquista do voto feminino

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
Aqui no Brasil, no dia 24 de fevereiro de 1932 no Governo de Getúlio Vargas foi garantido o direito do voto feminino através do Código eleitoral e assim além das mulheres votarem, elas iniciaram sua entrada no mundo da política, candidatando-se a cargos eletivos. 
 
É importante ressaltar que antes de ser instituído o voto feminino em 1932, no ano de 1928 aqui no Nordeste, segundo Baranov (2014), a primeira mulher a ter o direito de votar no Brasil foi Celina Guimarães Viana. Aos 29 anos, Celina pediu em um cartório da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para ingressar na lista dos eleitores daquela cidade. Junto com outras seguidoras, Celina votou nas eleições de 5 de abril de 1928. Formada pela Escola Normal de Natal, Celina aproveitou a Lei n◦ 660, de outubro de 1927, que estabelecida as regras para o eleitorado solicitar seu alistamento e participação. 
 
Em todo o país, o estado potiguar foi o primeiro a regulamentar seu sistema eleitoral, acrescentando um artigo que definia o sufrágio sem ‘distinção de sexo’. O caso ficou famoso mundialmente, mas a Comissão de Poderes do Senado não aceitou o voto. No entanto, a iniciativa da professora marcou a inserção da mulher na política. 
 
Cinco anos antes de aprovado o Código Eleitoral Brasileiro, que estendia as mulheres o direito ao voto, no sertão do Rio Grande do Norte, já ocorrera à eleição de uma prefeita. A fazendeira Alzira Soriano de Souza, em 1928, se elegeu na pequena cidade de Lajes, município pioneiro no direito ao voto feminino. Mas ela não exerceu o mandato, pois a Comissão de Poderes do Senado impediu que Alzira tomasse posse e anulou os votos de todas as mulheres do local, isto porque a participação de mulheres na eleição fora autorizada excepcionalmente graças a uma intervenção do candidato a presidente da província, Juvenal Lamartine. 

*Fátima Teles é assistente social 
 
 
 

FONTE: Vermelho
 

23 de fev. de 2015

4º Encontro dos Trabalhadores Rurais da CTB começa nesta 3ªfeira

fetag rs sergio de miranda
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realizará na próxima terça e quarta-feira (24 e 25), seu 4º Encontro de Trabalhadores Rurais. O evento, que será realizado em São Paulo, no Hotel Excelsior, contará com a presença de lideranças sindicais de todo o país.
Para Sérgio de Miranda, secretário de Políticas Agrícola e Agrária da CTB é fundamental a participação dos dirigentes do campo nesse debate, que envolve uma série de temas relacionados ao segmento. "O objetivo é debatermos a participação dos trabalhadores rurais dentro da CTB e também planejarmos como vamos ampliar nossa participação e atuar nas diferentes ações que o movimento nacional organiza", revelou o cetebista que é Tesoureiro da Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul (Fetag-RS). 
Durante dois dias, os sindicalistas debaterão, serão debatidos o movimento sindical rural, visando ao fortalecimento de suas entidades, em prol dos trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, assuntos importantes e defendidos pela CTB como a reforma agrária, a sucessão rural e o fortalecimento da agricultura familiar também estarão em pauta.
De acordo com Sérgio de Miranda, para 2015 os trabalhadores rurais têm inúmeros desafios. “Em termos de pautas umas das maiores preocupações são as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 publicadas pelo governo federal no final de 2014, que têm reflexo direto na vida dos trabalhadores assalariados ou agricultores familiares. Esse é um tema importante que nos desafia. Outro desafio importante passa pela organização sindical. O movimento tem o desafio de ampliar o debate em relação a sua organização. Novas formas de organização vão surgindo, precisamos compreender essa realidade para acompanharmos, ampliando a nossa participação, para podermos evoluir”.
O dirigente da CTB também reforça a necessidade de retomar a discussão pela implantação da reforma Agrária. “Precisamos retomar esse tema com os governos federal e estaduais, pois a reforma agraria não é só a distribuição de terra, significa mudança na estrutura fundiária, melhor a qualidade vida dos agricultores, fazer a sucessão rurais e ampliar a produção de alimentos. Todos esses são temas que vamos debater no Encontro, para continuar aprofundando”, afirmou.
A cada encontro fomos fortalecendo a nossa organização, ampliando a nossa participação compreendendo melhor o nosso papel dentro de uma organização que é composta pelas mais diferentes categorias. Cada encontro trouxe seus avanços e encaminhamento e sempre no sentido de fortalecer a central.
Serviço;
4º Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da CTB
Dias 24 e 25 de fevereiro (terça e quarta-feira)
Hotel Excelsior - Avenida Ipiranga, 770 - República, São Paulo
Portal CTB

12 de fev. de 2015

Carnaval será politizado em BH: Bloco de rua pedirá reforma política

Vem pra rua! Vem pra folia a favor da Reforma Política!


Projeto que amplia terceirização está pronto para ir a plenário

ctb contra pl4330 terceirizacao
A votação do projeto de lei 4.330 está autorizada a partir desta data, 11 de fevereiro, e pode representar um novo grande retrocesso às garantias e direitos dos trabalhadores. Após o desarquivamento, a votação propriamente dita dependerá do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que precisa incluir a matéria na ordem do dia. Essa decisão é tomada no âmbito do Colégio de Líderes. O requerimento para desarquivamento pedia o retorno à tramitação do PL 1.621/07, do deputado Vicentinho (PT-SP), anexado ao PL 4.330. Dessa forma, todas as proposições que versam sobre terceirização são resgatadas para iniciar a tramitação de onde pararam no encerramento da legislatura no dia 31 de janeiro de 2015. 
Há dois anos, no dia 27 de agosto, 19 ministros do TST encaminharam ofício à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmera Federal anunciando a posição e denunciando o risco de “gravíssima lesão de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários no País” e redução do “valor social do trabalho”. Na época, a CTB se manifestou com indignação diante do que compreende ser um afã insaciável de maximizar os lucros, para eliminar direitos, reduzir salários, dividir as categorias e enfraquecer os sindicatos. 
Nesta quarta-feira, 11, o presidente da CTB, Adílson Araújo, disse que é preciso desencadear uma mobilização nacional, em unidade com as demais centrais e os movimentos sociais, para pressionar o Congresso Nacional contra o projeto do empresário e ex-deputado Mabel. “Não podemos permitir que seja aprovado, pois significaria um retrocesso sem paralelo na história da legislação trabalhista, conforme enfatizaram os ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em parecer sobre o tema encaminhado ao Congresso Nacional. Nem o regime militar ousou ir tão longe no ataque aos direitos da classe trabalhadora”
“A terceirização é uma violência contra a classe trabalhadora”, afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Marítimos (Sindmar) e vice-presidente da CTB, Severino Almeida. Estudo do Dieese e da CUT mostram que o terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas semanais a mais e ganha 27% menos do assalariado contratado diretamente pela empresa. Ou seja, a terceirização, que integra a ofensiva neoliberal do capitalismo, propicia um aumento dramático da taxa de exploração dos trabalhadores. 
A informação é do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), alertando que nesta fase do debate sobre o tema, o movimento sindical precisa ficar atento, pois há forte tendência de o projeto ir à frente, tendo em vista a composição da Câmara empossada no dia 1º de fevereiro de 2015. Trata-se de uma composição mais conservadora, com uma bancada empresarial que manteve sua força e poder, com 220 representantes na Câmara. Enquanto a bancada sindical, que na legislatura passada tinha 83 representantes na Casa, agora tem 51", assinala o DIAP, complementando: "Com esta correlação de forças tão desigual, o movimento sindical terá de atuar muito mais no Congresso e com mais vigor, a fim de ocupar os espaços de negociação para não ser surpreendido com decisões que lhe afetam, sem ser ouvido".

Senado

Ainda segundo o Departamento, é importante lembrar que pode voltar à tramitação no Senado projeto identico ao PL 4.330. Trata-se do PLS 87/10. Assim, a atenção deve estar voltada também para o Senado Federal. O PLS 87 foi arquivado no final da legislatura, mas poderá ser desarquivado mediante requerimento de qualquer senador, com apoio de 27 colegas. De autoria do ex-senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) aguardava parecer para discussão e votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso retorne ao debate na CCJ ainda será apreciado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa.


Fonte: Portal da CTB

11 de fev. de 2015

Centrais exigem diálogo sobre MPs que restringem direitos


(foto: Valcir Araújo)

Por Daiana Lima

Aconteceu nesta terça-feira, 10, reunião das centrais sindicais, entre elas a CTB, com os presidentes do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para discutir os efeitos das Medidas Provisórias 664 e 665, ambas de 2014, que alteram regras para a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-reclusão, pensão por morte e seguro-desemprego. A CTB foi representada pelo presidente, Adilson Araújo, e pelo vice-presidente, Joílson Cardoso.
 
As centrais sindicais são contra as MPs, editadas pelo governo federal, por considerá-las prejudiciais ao trabalhador ou a seus dependentes, e querem dialogar com o Executivo para que as medidas, se não revogadas, sejam minimizadas. “A nossa luta é para que não haja nenhum retrocesso, já que serão muitos os prejuízos causados aos trabalhadores, caso as medidas sejam sacramentadas”, defende Adilson Araújo.
 
Para o presidente da CTB, a conta dos reajustes para reduzir o déficit fiscal não pode ser transferida para o trabalhador. "Essas mudanças tem nos preocupado muito. Não podemos aceitar nenhuma redução de direitos. Queremos que o papel do Parlamento seja na defesa de uma agenda positiva voltada para a preservação dos direitos e conquistas da classe trabalhadora", ressalta o dirigente.
Adilson Araújo também lembrou que um dos grandes problemas atuais nas relações de trabalho é a rotatividade. “A questão central que precisa ser discutida é a segurança do trabalho”.
 
O presidente do Senado se demonstrou sensível às questões colocadas pelos sindicalistas e disse que o Congresso Nacional não faltará com os trabalhadores. “Toda vez que houve risco ao direito do trabalhador, ele sempre se estabeleceu. Qualquer solução tem que ser com a garantia dos direitos dos trabalhadores. Essa forma de transferir a conta para os trabalhadores é injusta e ultrapassada”, afirmou.
 
Renan Calheiros se comprometeu a defender os interesses dos trabalhadores nessa questão e vai apresentar a proposta de dialogar com os sindicalistas durante reunião do governo com o setor produtivo, que vai acontecer depois do feriado de Carnaval.
 
Câmara
O tema também foi discutido, quase que simultaneamente, com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os representantes das centrais, de forma unitária, querem que seja realizada audiência pública para ouvir o posicionamento dos sindicalistas sobre as MPs.
 
“A CTB está aqui para defender o direito dos trabalhadores. E defender o direito significa revogar as MPs. Queremos discutir a rejeição das medidas pela Câmara e continuar discutindo a pauta dos trabalhadores”, ressaltou Joílson Cardoso, da CTB.
 
Cardoso também cobrou a retomada do debate sobre os pontos da pauta prioritária dos trabalhadores. “Queremos que o governo se empenho no combate à rotatividade, que dificulte a demissão imotivada e reforce a fiscalização das fraudes no mundo do trabalho, como negação dos direitos trabalhistas e sonegação de impostos pelas empresas”.
 
 
O presidente da CTB, Adilson Araújo, concede entrevista após reunião das centrais sindicais com líderes do governo: “A nossa luta é para que não haja nenhum retrocesso"
(foto: Valcir Araújo)
 
 
Novas regras
As MPs 664 e 665 são, claramente, formas de restringir direitos dos trabalhadores dos setores público e privado. A MP 665 altera as regras do seguro-desemprego. Antes, o trabalhador tinha direito ao benefício após seis meses de trabalho. Com as novas regras, a primeira solicitação só pode ser feita após 18 meses; e a segunda, após 12 meses trabalhados. O prazo cai para seis meses somente a partir da terceira solicitação.
 
Também houve alteração na concessão do abono salarial. Antes, quem trabalhava um mês durante o ano e recebia até dois salários mínimos tinha direito a um salário mínimo como abono. Agora, são exigidos seis meses de trabalho ininterruptos, e o pagamento passa a ser proporcional ao tempo trabalhado.
 
O auxílio-doença era de 91% do salário do segurado, limitado ao teto do INSS. Além disso, as empresas arcavam com o custo de 15 dias de salário antes do INSS. As novas regras fixam o teto do benefício pela média das últimas 12 contribuições, e as empresas passam a arcar com o custo de 30 dias de salário antes do INSS.
 
A MP 664 altera a Lei de Benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Na pensão por morte, por exemplo, antes não havia carência nem para o INSS nem para o Regime Próprio dos Servidores Públicos. Com a nova regra, passa a ser exigido o prazo de 24 meses de matrimônio ou união estável para a sua concessão, excetuando-se poucos casos. O fim das pensões vitalícias, outra inovação do texto, criará uma regra tão negativa quanto a do fator previdenciário, pois o benefício será concedido de acordo com a expectativa de vida do cônjuge.

9 de fev. de 2015

ELEITORES PODERÃO ASSINAR LEI DA MÍDIA DEMOCRÁTICA NA INTERNET




A campanha Para Expressar a Liberdade lançou formulário online de apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Comunicação Social Eletrônica, conhecido como Lei da Mídia Democrática. A ferramenta estará disponível no site www.paraexpressaraliberdade.org.br a partir de 0h01 e faz parte do conjunto de estratégias para ampliar a visibilidade da proposta e promover a discussão sobre a necessidade de democratizar a comunicação social no Brasil.

Lançado no primeiro semestre de 2013, por dezenas de entidades da sociedade civil e do movimento social, a proposta precisa da adesão de 1% do eleitorado nacional para ser protocolizado na Câmara dos Deputados e poder seguir o trâmite normal até virar lei. 

O projeto regulamenta os Arts. 5, 21, 220, 221, 222 e 223 da Constituição Federal. Entre os principais dispositivos estão a criação do Conselho Nacional de Comunicação e do Fundo Nacional de Comunicação Pública, veto à propriedade de emissoras de rádio e TV por políticos, proibição do aluguel de espaços da grade de programação e a definição de regras para impedir a formação de monopólio e a propriedade cruzada dos meios de comunicação, entre outros pontos.
Desde seu lançamento, a proposta vem recebendo apoio por meio de formulário físico (cerca de cem mil pessoas já assinaram). A plataforma de assinatura online segue o modelo estipulado pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados (mesmos campos) e ficará disponível indefinidamente. 

Diálogo com a sociedade
Rosane Bertotti, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), afirma que a iniciativa é uma forma de ampliar a visibilidade da proposta e o diálogo com a sociedade.  “Nosso projeto articula propostas para regulamentar a Constituição e, acima de tudo, quer dialogar com a sociedade. Acho que a experiência de participação social na construção do Marco Civil da Internet nos mostra que a rede é um instrumento eficiente para articular a sociedade em torno das causas democráticas, por isso, nossa expectativa é de que o apoio à Lei da Mídia Democrática ganhe mais amplitude”, afirma.

Contexto
Ao contrário de países democráticos como Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Espanha e Argentina, que promovem regulação do sistema de mídia, o Brasil ainda hoje é caracterizado por uma brutal concentração dos meios de comunicação, tanto na radiodifusão quanto nos veículos impressos. A internet tem cumprido importante papel no sentido de multiplicar as vozes em circulação na esfera midiática, mas neste espaço também atuam os grandes conglomerados de mídia, reforçando a concentração econômica do setor.

Ao mesmo tempo, carecemos de mecanismos transparentes e democráticos para a concessão de outorgas de radiodifusão e não há no país uma política que garanta a complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal de comunicação, como previsto na Constituição Federal. A ausência de um campo público de comunicação robusto aumenta o poder de mercado do setor privado/comercial, enquanto canais comunitários seguem à margem do sistema midiático.

Dispositivos de fomento à produção nacional, regional e independente estão restritos hoje ao Serviço de Acesso Condicionado (TV por assinatura), a partir da Lei 12.485/2011. Na TV aberta, prevalece a concentração da produção no eixo Rio/São Paulo, a maior parte dos canais já tem mais produção estrangeira que nacional, crescem os casos de sublocação das grades de programação e de transferência de concessões de forma irregular e sem qualquer debate público. A ausência de mecanismos para o direito de resposta nos meios de comunicação também cria um ambiente de violação dos direitos humanos e de restrição à liberdade de expressão de indivíduos e grupos sociais.

Campanha
A campanha Para Expressar a Liberdade – Uma nova lei para um novo tempo, é uma iniciativa do FNDC e nasceu da mobilização de dezenas de entidades do movimento social brasileiro em 2012. Atualmente, reúne mais de 260 entidades. "O envolvimento de todas as entidades que constroem a campanha será fundamental para que essa estratégia atinja seu principal objetivo", ressalta Rosane.

5 de fev. de 2015

A mulher não pode mais ser vista como propriedade privada

casa da mulher brasileira campo grande
Fachada da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande (MS), inaugurada nesta terça
Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS
 
“A Casa da Mulher Brasileira foi uma grande ideia para uma melhor coordenação do combate à violência contra a mulher”, diz Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB. Ela se mostrou feliz com a inauguração da primeira casa nesta terça-feira (3) em Campo Grande (MS). “É importante para a vítima de violência ter um local com todos os atendimentos necessários para encaminhar sua denúncia e atender suas necessidades. Assim, ela não terá mais que ficar indo de um local para outro para resolver seu problema”, garante Ivânia.
 
Dilma e governador de MS inauguracao casa da mulherPresidenta Dilma e Reinaldo Azambuja, governador do MS, inauguram Casa. Foto: Lucas Lourenço/G1MS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O projeto faz parte Programa Mulher, Viver Sem Violência e prevê a construção de casas para as mulheres em todas as 27 capitais brasileiras. As casas concentrarão todos os serviços para atender e proteger a mulher em situação de violência. “Com a concentração dos serviços num único lugar resolve de uma vez só vários problemas que as mulheres enfrentam para denunciar as agressões sofridas”, acredita a sindicalista.
 
A Casa da Mulher Brasileira terá: Delegacia da Mulher, Instituto Médico Legal, defensoria pública, Ministério Público, além de atendimento médico, psicológico e se necessário podem ser encaminhadas com filhos para casas abrigo, entre outros atendimentos.
 
Ivânia mencionou a agressão sofrida pela estudante Nathália de Souza Santos, de 17 anos, no interior de São Paulo, num trote de faculdade. Para ela, isso ocorre porque “a sociedade machista olha para a mulher como propriedade privada. Muitas vezes as próprias mulheres têm internalizadas em si essa cultura de opressão”.
 
A cetebista defende mudanças na educação para a promoção de uma educação não sexista. “Se uma menina engravidar de um colega de classe, quem abandona os estudos é sempre a menina que passa a ser mal vista pelos próprios colegas, pelos professores e até por pais de outros alunos”, denuncia. Segundo Ivânia, “a escola tem um papel fundamental para a luta das mulheres por igualdade de direitos e a mudança dessa mentalidade de ódio e violência”.
 
nathalia atacada adamantinaPernas da estudante Nathália cruelmente atacada em trote de faculdade de Adamantina (SP)
 
 
 Por Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

Sindicalistas mineiros se preparam para a 9ª Marcha

 
BELO HORIZONTE/MG - Representantes das centrais sindicais consideraram os atos organizados nas principais cidades brasileiras como sinal de insatisfação com as medidas impopulares, anunciadas pelo governo federal em 29/12. Em manifestações organizadas por todo o País, ativistas levantaram a bandeira dos direitos conquistados e defenderam a extinção das Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram o acesso a direitos previdenciários, como seguro-desemprego e pensão por morte.
As lideranças, reunidas em 04/01, na sede da Nova Central, acreditam que os protestos podem ser multiplicados a partir do ingresso de mais trabalhadores nos atos, fato que ajudará a atrair a sociedade para o movimento, como na histórica mobilização de junho de 2013, quando milhões de brasileiros foram às ruas repudiar a baixa qualidade dos serviços públicos e a corrupção.
Recepcionados por Antônio da Costa Miranda, presidente da Federação dos Rodoviários de Minas e da Nova Central, no estado, participaram do encontro Vandeir Messias, presidente da Força Minas; Gelson Alves (CTB); Edilson de Souza (UGT); Oraldo Paiva e Bernardo de Lima, da CSP-Conlutas; além de David Eliude e Sávio Bones, da Nova Central.
EM DEFESA DO EMPREGO - Os sindicalistas, que viram como positivo o Dia Nacional de Luta, em 28/01, voltaram as atenções para a 9ª Marcha da Classe Trabalhadora, agendada para 26/02, em São Paulo, e que deve reunir milhares, a exemplo das realizações anteriores. A Marcha, de caráter nacional, é convocada em defesa do emprego, da nação e do desenvolvimento.
A próxima reunião foi marcada para 10/02, às 10h, na sede da Nova Central Sindical de Trabalhadores de Minas (NCST/MG), localizada na Av. Afonso Pena, 748/Sala 410, Centro de Belo Horizonte.
Por Renato Ilha - jornalista

2 de fev. de 2015

Somente mobilizada, classe trabalhadora ampliará conquistas

8 marcha

A vida já se anunciava dura para a classe trabalhadora com composição do novo Congresso. Quando foram eleitos somente 46 sindicalistas, menos de 10% da Câmara dos Deputados e pouco mais da metade dos anteriores 83. Agora com a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara, as preocupações que já eram anunciadas pela CTB se acentuam. “A CTB já levantava preocupações com a composição muito mais conservadora do Congresso recém-eleito”, diz Adilson Araújo, presidente da central.

Cunha venceu com 267 votos contra 136 do segundo colocado Arlindo Chinaglia (PT-SP). O PMDB comandará também o Senado com a reeleição de Renan Calheiros, senador de Alagoas. “Tudo indica que nesse cenário complexo e conturbado, o movimento sindical deverá assumir uma posição mais vigilante, sobretudo em relação aos debates dos assuntos de interesse da sociedade, de forma a barrar toda e qualquer medida que venha ocasionar prejuízos para a classe trabalhadora”, reafirma Adilson.
O conservadorismo de boa parte dos deputados federais eleitos em outubro passado não projeta facilidades para os movimentos sociais. Cabe agora mobilização ampla, geral e irrestrita, com unidade. “A posição das centrais sindicais deve ser a de cobrar do novo presidente da Câmara uma posição consequente na defesa dos interesses, direitos e conquistas trabalhistas, para que não haja nenhum tipo de retrocesso”, acentua o presidente da CTB.
Para a central, a ampla mobilização popular em defesa das bandeiras mais importantes para o povo brasileiro continuará sendo a forma de agir para defender os interesses de quem produz a riqueza da nação. “Para o Brasil continuar no rumo do crescimento autônomo, com distribuição de renda e com pleno emprego é essencial efetivar uma reforma política com ampla”, defende Adilson.
Por Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB