6 de nov. de 2015

Tragédia que destruiu cidade mineira coloca em xeque os limites da exploração

 
O mar de lama e minério que inundou o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, devido ao rompimento da barragem de resíduos da mineradora Samarco expõe a tensão das comunidades que convivem com a exploração. Não é de hoje que movimentos populares e sindicais cobram maior responsabilidade das mineradoras  com as cidades e moradores que convivem com a exploração. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-Minas) presta sua solidariedade ao povo de Mariana e de Bento Rodrigues, em especial, aos familiares e vítimas dessa tragédia. 
O estrondo que foi ouvido por volta das 16horas dava o sinal do medo na população de 2 mil habitantes. A mineradora Samarco é subsidiaria da Vale.  Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Extração Mineral (Metabase), 443 trabalhadores(as) da empresa tiveram acesso a área da barragem no dia do rompimento. Ainda não se tem o número exato de soterrados que deixou a cidade destruída. A lama e os resíduos avançaram por 60 km com o lastro de inundação em todo o distrito. Uma das maiores tragédias do tipo na história do país. Outros cinco acidentes envolvendo as mineradoras em Minas Gerais deixaram vítimas fatais nas cidades de exploração mineral.  
 Entre as causas do acidente está sendo investigada a obra realizada pela empresa Samarco para aumentar a capacidade de armazenar resíduos e problemas na drenagem. A apuração das causas do acidente é de extrema importância para buscar responsabilidades. Minas Gerais convive com a exploração do minério desde o tempo do ouro e os altos lucros das mineradoras não podem estar à frente da vida dos moradores.  Os danos desta tragédia são irreversíveis e mostram que o debate sobre as regras para exploração deve ter a participação de toda a sociedade.

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