21 de ago. de 2017

Diversidade e defesa do SUS marcam Conferência da Saúde da Mulher



As diretrizes para a política nacional de atenção à saúde das mulheres foram debatidas por 1.800 delegadas e delegados de todo o país na segunda edição da Conferência Nacional da Saúde da Mulher que terminou ontem (20) em Brasília. A defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e a democracia, ameaçada com o governo golpista, também nortearam o evento.

Para debater os pontos essenciais do atendimento à saúde da mulher a marca da Conferência foi a diversidade, com presença forte de indígenas, negras, população trans, quilombolas, ribeirinhas e todas minorias sociais. Representando a União Brasileira das Mulheres (UBM) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG), Terezinha Avelar analisa positivamente o resultado da Conferência. Terezinha destaca a aprovação de temas que estão na ordem do dia das lutas feministas como o parto humanizado e a descriminalização do aborto. Apesar de conquistarem o eixo para descriminalizar o aborto no país, Terezinha chama atenção para o embate conservador orquestrado por uma minoria na Conferência.

O relatório final da conferencia ainda será divulgado e trará os temas aprovados durante os dois dias de intensos debates. A UBM e a CTB estavam organizadas em todos os eixos e com participação na relatoria da Conferência.

Essa edição da Conferência acontece 31 anos depois da realização da primeira. Foram quatro eixos discutidos durante o encontro: o papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres; o mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres; vulnerabilidades nos ciclos de vida das mulheres na Política Nacional de Atenção Integral a Saúde das Mulheres e políticas públicas para mulheres e participação social.

Além dos grupos de debate e plenária final, as delegadas e delegados participaram da manifestação com tema “Pela vida e pela saúde das mulheres”. Outro momento marcante da Conferência foi a presença do ministro da saúde, Ricardo Barros, que durante toda sua fala recebeu as vaias da platéia. Uma demonstração da rejeição às políticas golpistas e de ataque ao SUS promovidas pelo (des)governo federal.  

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