4 de out. de 2019

CTB-MG, presente! Após Greve de 48h, estudantes e professores de escolas federais protestam contra o corte de investimentos na educação promovidos pelo governo Bolsonaro


Depois de 48h de Greve das Escolas Federais contra os cortes de investimentos na educação promovidos pelo Governo Federal, milhares de estudantes foram às ruas de Belo Horizonte na tarde dessa quinta-feira (03) protestar. O movimento se reuniu na praça Afonso Arinos, ao lado da Faculdade de Direito da UFMG, por volta das 17h. De lá, os manifestantes percorreram a avenida Afonso Pena até o pirulito na praça Sete. Durante o percurso, muitos estudantes exibiam cartazes de protestos. Do alto de um caminhão de som, outros estudantes explicavam para os pedestres e motoristas a realidade atual das universidades públicas brasileiras. Muitas tiveram cortes superiores a 30% do orçamento. O governo ainda cortou centenas de bolsas de estudos, prejudicando a pesquisa no país. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG), em apoio a uma educação pública, gratuita e de qualidade, também aderiu ao movimento e foi representada pela presidenta Valéria Morato.

Desde que assumiu a presidência, Jair Bolsonaro (PSL) já contingenciou R$ 6,1 bilhões da educação pública. Este, aliás, é o maior corte entre todos os ministérios em Brasília (DF). Esse valor seria utilizado em ações de apoio à manutenção da educação infantil, concessão de bolsas na educação superior e básica e de apoio ao funcionamento dos institutos federais de ensino.

Os manifestantes denunciam que o objetivo do governo Bolsonaro é “asfixiar” financeiramente as Universidades Federais para depois privatizá-las através do Programa “Future-se”. Caso esse programa seja implantando, serão as empresas privadas que terão autonomia sobre o Estado para escolher sobre quais pesquisas serão financiados. Dessa forma, o interesse público seria substituído pelo interesse particular. Esse é um dos temores da comunidade acadêmica e dos estudantes, além de entidades de classe dos trabalhadores.

Essa luta não deve ser apenas dos estudantes das universidades e institutos federais de ensino, mas de toda a sociedade.

A CTB-MG aproveita e convida a sua base participar desse movimento em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. A central entende que a educação não deve ser compreendida como simples mercadoria, mas sim um direito universal.


Manifestação ontem, em BH. Fotos: Anderson Pereira/CTB-MG













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