28 de abr. de 2011

Centrais e Movimentos Sociais Mineiros protestam pela saúde e segurança do trabalhador


O Dia Internacional em Memória das Vítimas em Acidentes e Doenças no Trabalho, celebrado em 28 de abril, foi comemorado com uma manhã de protesto em Belo Horizonte. Centrais e organizações participantes do 3º Encontro dos Movimentos Populares, Sindicais e Estudantis de Minas Gerais fizeram ato público na Praça Sete, centro da cidade. Após uma caminhada até a sede INSS, os trabalhadores foram recebidos pela Superintendente Substituta da Regional Sudeste II, Maria José Rocha e Silva.

Fotos: Rogério Hilário

Os manifestantes entregaram uma carta à Superintendente, mostrando a preocupação com o mecanismo da “alta programada” e o auxílio doença “que tem desamparado muitos trabalhadores no momento em que mais precisam”, conforme o documento. Trabalhadores ainda deram depoimentos em praça pública, ilustrando os números da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial. São 270 milhões de acidentes em todo o planeta, que matam inclusive as vítimas do trabalho infantil. As tragédias acontecem, especialmente, na indústria e construção civil.

União de Ministérios

Segundo informações de Gilson Reis, presidente da CTB Minas e do Sinpro Minas, entre as cobranças levadas ao INSS está a necessidade de padronizar o atendimento nas agências do estado. Gilson vê possibilidade concreta de se criar um grupo de trabalho, formado por Centrais Sindicais, INSS e Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego. O objetivo seria unificar ações para “combater conjuntamente as causas e conseqüências” de adoecimento do trabalhador.

Gilson Reis na vista ao INSS (à esquerda)

Além de tentar garantir, por meio do controle social, mais qualidade no atendimento pelo INSS, as Centrais também buscam contribuir para que as fiscalizações sejam mais vigorosas e regulares. Parcerias neste sentido são reveladoras. Um convênio entre Ministérios da Previdência e do Trabalho e Emprego mostra que Minas Gerais é o segundo estado brasileiro em registros acidentes laborais. De 2.252 casos analisados entre janeiro e dezembro de 2010, o estado fica com 255 mortes, perdendo apenas para São Paulo. Os dados são do Sistema de Referência em Análise e Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sirena).

Jornada de Lutas

O Dia Internacional em Memória das Vítimas em Acidentes e Doenças no Trabalho compõe a jornada de lutas dos Movimentos Sociais e Sindical. Amanhã (29/04), haverá uma audiência pública na Assembleia Legislativa, a partir das 9h. O deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB), autor da proposta, defende uma Frente Parlamentar em Defesa da Saúde do Trabalhador.


Jota, o vice-presidente da CTB Minas (no microfone)

No fim de semana (30/04 a 02/05), o Colégio Marconi e a Praça da Assembleia Legislativa recebem atividades do 3º Encontro dos Movimentos Populares, Sindicais e Estudantis de Minas Gerais. Na segunda-feira (02/05), integrantes de Movimentos Sociais e Centrais Sindicais voltam à Praça 7, a partir das 9h, no ato público pelo Dia Internacional do Trabalhador.

Além da CTB, participaram das atividades nesta 5ª feira a Conlutas, Nova Central Sindical, CUT, UGT, Fetaemg, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Via Campesina e MST.

Verônica Pimenta - CTB Minas.


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