A Organização Internacional
do Trabalho (OIT) pediu uma “urgente e vigorosa” campanha global para combater
o crescente número de doenças relacionadas ao trabalho, que causam cerca de 2
milhões de mortes por ano.
“O custo final das doenças
ocupacionais é a vida humana. Elas empobrecem os trabalhadores e suas famílias
e comunidades inteiras podem ser afetadas quando perdem seus trabalhadores mais
produtivos”, disse o Diretor-Geral da OIT, Guy Ryder, em um comunicado
divulgado por ocasião do Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, lembrado
no domingo (28).
“Ao mesmo tempo, reduz-se a
produtividade das empresas e aumenta a carga financeira do Estado à medida que
aumentam os custos de cuidados médicos. Nos casos em que a proteção social é
fraca ou inexistente, muitos trabalhadores, bem como suas famílias, precisam de
cuidado e de apoio”.
Segundo a OIT, 2,02 milhões
de pessoas morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o trabalho;
321 mil morrem a cada ano como consequência de acidentes no trabalho, outras
160 milhões sofrem de doenças não letais relacionadas com o trabalho e 317
milhões de acidentes laborais não mortais ocorrem anualmente.
A Organização calcula que a
cada 15 segundos um trabalhador morra por acidentes ou doenças relacionadas com
o trabalho.
Neste mesmo tempo, 115
trabalhadores sofrem um acidente laboral.
Os países em desenvolvimento
pagam um preço especialmente alto em mortes e lesões, pois um grande número de
pessoas está empregada em atividades perigosas como a agricultura, a construção
civil, a pesca e a mineração.
Ryder disse que a prevenção
é a chave para enfrentar o peso das doenças ocupacionais e é mais eficaz e
menos dispendiosa do que o tratamento e a reabilitação. Ele disse que a OIT
lança um apelo para um “paradigma de prevenção que compreenda uma ação
exaustiva e coerente dirigida às enfermidades profissionais, não só os
acidentes de trabalho”.
Ele acrescentou que “um
passo fundamental é reconhecer a estrutura fornecida pelas normas
internacionais do trabalho da OIT para uma ação preventiva eficaz e promover a
sua ratificação e implementação”.
Fonte: ONU.
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