18 de dez. de 2014

Dirigente da CTC avalia retomada de relações entre Cuba e EUA

obama raul
Após 53 anos, os presidentes de Cuba, Raúl Castro, e dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciaram, nesta quarta-feira (17), um histórico acordo para retomar as relações diplomáticas entre os dois países.
“Acordamos o restabelecimento das relações diplomáticas, embora isso não queira dizer que o principal foi resolvido que é o bloqueio econômico, comercial e financeiro que provoca grandes danos e deve cessar”, informou Raúl Castro em seu discurso feito em cadeia nacional (veja abaixo a íntegra)
 
 
 
 
Como parte da aproximação, Havana e Washington trocaram presos. Os Estados Unidos libertaram Gerardo Hernandez, Antonio Guerrero e Ramon Labañino - os três integravam o grupo dos cinco antiterroristas cubanos, enquanto Cuba libertou dois norte-americanos, Alan Gross e um agente de inteligência. 
 
“A liberdade dos herois cubanos é uma vitória da resistência de um povo. A CTB se orgulha em integrar e se solidarizar com as lutas deste povo irmão”, exclamou o secretário de Relações Internacionais da central sindical, Divanilton Pereira.
 
Em entrevista exclusiva para o Portal CTB, o chefe do departamento de Relações Internacionais da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC), Ernesto Freire Cazañas, agradeceu a solidariedade internacional e disse que continuarão trabalhando e desenvolvendo o país.
 
“Para os trabalhadores cubanos este dia significa uma reafirmação dos nossos princípios, da nossa soberania e da demonstração da verdade”, afirmou o cubano. Ele lembrou-se das palavras de Fidel Castro, que dizia que “Os Cinco Herois voltariam”. Para Ernesto, “o fato de ter reconhecido esta verdade é um compromisso de continuarmos firmes com os nossos princípios”.
 
Para o dirigente da CTC, ainda é cedo para avaliar como esta aproximação se refletirá na sociedade. “Cuba, em igualdade de condições, terá relações com o mundo todo, como temos com outros países que compartilham das mesmas razões pelas quais lutamos. Por outro lado, podemos ter unidade na ação mesmo com a diversidade”, explicou.
 
Nesse sentido, ele exemplificou com o Encontro Sindical Nossa América (Esna), espaço onde diversas organizações sindicais de correntes diferentes se organizam por uma agenda em comum em prol da classe trabalhadora.
 
“Acredito que devemos acompanhar os acontecimentos. Vamos continuar trabalhando, desenvolvendo nosso país e, sobretudo, seguir sendo internacionalistas”, concluiu.
 
Por Érika Ceconi - Portal CTB

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