14 de dez. de 2015

Fitmetal divulga moção de repúdio às práticas antissindicais da direção da FIAT em Betim (MG)



A Direção Plena da Fitmetal vem a público para manifestar seu profundo repúdio à montadora italiana FIAT, por sua recente tentativa deliberada de amordaçar a classe trabalhadora.

A exemplo do que já acontecera em 2013, no último dia 27 de novembro a direção da empresa, localizada na cidade mineira de Betim, recorreu à Justiça do Trabalho para obter uma liminar que garante o chamado “interdito proibitório”, instrumento do direito que trata da proteção à propriedade privada. O não cumprimento dessa determinação pode implicar em multa no valor de R$ 10 mil por hora de realização de qualquer ato, além de R$ 1 mil por agressões físicas, verbais ou danos ao patrimônio.

Na prática, o resultado dessa decisão da Justiça impede que dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim realizem qualquer tipo de manifestação ou assembleia nos arredores da FIAT ou nas vias de acesso à fábrica.

Para a Fitmetal, essa é uma clara prática antissindical que precisa ser denunciada e combatida em todo o território nacional. Em pleno século 21, trata-se de medida descabida e antidemocrática, pois impede que os trabalhadores e as trabalhadoras da FIAT possam receber as informações referentes às duras negociações (ainda em curso) da Campanha Salarial de 2015.

A Direção da Fitmetal estende seu repúdio ao posicionamento da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), por sua postura intransigente durante as negociações da Campanha Salarial 2015, nas quais a entidade patronal faz uso do discurso da crise para tentar flexibilizar a legislação trabalhista, indo na contramão de outras regiões do país, onde esse tipo de retrocesso foi rechaçado pela categoria metalúrgica.     

Direção Plena da Fitmetal

Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 2015       



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