17 de jul. de 2018

PLR 2018: Metalúrgicos da Teksid aprovam acordo negociado pelo sindicato e a Comissão de Empregados


Os trabalhadores da Teksid aprovaram por unanimidade, em assembleia realizada no último domingo (15), no Clube dos Metalúrgicos, em Betim, o Acordo Coletivo de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de 2018 negociado entre o Sindicato, a Comissão de Empregados e a empresa.
O valor total da PLR deste ano é de R$ 3.700,00, dividido em duas parcelas. A primeira, de R$ 3.550,00, deverá ser paga até o dia 2 de agosto e a segunda, de R$ 150,00, condicionada ao cumprimento das metas estabelecidas, até 31 de janeiro de 2019.

"Entendemos que a PLR deste ano é razoável, diante do quadro de dificuldades que temos enfrentado, com inúmeras demissões e direitos retirados dos trabalhadores e trabalhadoras", avalia o presidente do Sindicato, João Alves de Almeida.

Segundo ele, mesmo em um cenário difícil e diante da choradeira de sempre da patronal, a diretoria do Sindicato e a Comissão de Empregados não mediram esforços nas negociações. "A diretoria e a Comissão fizeram um grande trabalho para se chegar à proposta aprovada na assembleia, após quatro rodadas de negociações. Por isso, considero que os trabalhadores da Teksid saíram vitoriosos", avalia João Alves. 

Solidariedade

Para o presidente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal) e empregado da empresa, Marcelino da Rocha, que participou das negociações, a PLR deste ano na Teksid ficou dentro dos parâmentros dos demais acordos negociados na base de Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas.

"Parabenizo aos diretores do Sindicato que trabalham na fábrica e à Comissão de Empregados, que souberam chegar à essa definição e por defenderem a proposta, aprovada por unanimidade pelos trabalhadores que participaram da assembleia", disse.

Marcelino também ressaltou a importância de os trabalhadores e trabalhadoras se unirem ao Sindicato, se mobilizarem e se solidarizarem para avançar nas conquistas.

"Vivemos num sistema capitalista que impõe à sociedade um individualismo cada vez maior. A classe trabalhadora sempre foi irmã, sempre foi solidária. Em tempos anteriores, por exemplo, tinha até caixinha dentro das fábricas para o casamento dos filhos, para o batizado de uma criança, para quem perdia o telhado da casa durante as chuvas fortes e até mesmo para ajudar os motoristas que transportavam os trabalhadores. À medida em que quebramos isso, vamos nos isolando e deixando os governantes, os políticos não comprometidos com o povo e os patrões cada vez mais à vontade para fazerem as atrocidades que temos visto nas relações de trabalho. Portanto, se houver uma maior mobilização e solidariedade entre os trabalhadores e todos se envolverem no debate daquilo que é do interesse coletivo, certamente, o resultado das negociações da PLR e de outras lutas será bem superior", observa.   
       
Na assembleia, os trabalhadores também aprovaram o desconto negocial de 3% na primeira parcela, para manutenção do Sindicato e das atividades sindicais.

Fonte: Imprensa do Sindicato


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