2 de jul. de 2013

Fornecedora da Fiat, Proema demite em massa metalúrgicos que estavam à disposição em casa

A Proema Minas, uma das prin­cipais fornecedoras de peças para Fiat Automóveis, em Betim, começou a pro­mover um processo de demissão em massa desde a última quinta­-feira (27).
Até esta terça-feira (2), foram dispensados cerca de 160 empregados que haviam sido colocados à disposição em casa pela empresa, há 4 meses. E o que é pior: a empresa não está fazen­do acerto das verbas trabalhistas e disse que os demitidos devem procurar a Justiça do Trabalho para reivindicar seus direitos.
As demissões são um desdo­bramento da grave situação vivi­da pela Proema que, pelo menos desde 2002, convive com uma série de irregularidades fiscais e trabalhistas.
“Por muitos anos, os trabalha­dores têm convivido num clima de insegurança e instabilidade na fábrica. Grande parte dos funcio­nários está há mais de 5 anos sem os depósitos do FGTS. Além disso, há outras irregularidades, como o não pagamento do INSS, o que, no futuro, irá prejudicar os empre­gados no momento da aposenta­doria”, disse o diretor do Sindicato Clodoaldo Carvalho, que é meta­lúrgico na Proema.
O presidente do Sindicato, João Alves de Almeida, conside­ra “gravíssima” a situação. “São centenas de pais de família que estão perdendo seus empregos e o mais absurdo é que a empre­sa sequer demonstra o mínimo de respeito e consideração com os empregados, principalmente porque recebe incentivos fis­cais do governo, da prefeitura, mas depois, simplesmente, dá as costas para os trabalhadores. Já estamos tomando as providên­cias necessárias”, disse.
Denúncia
O Sindicato denunciou o fato ao Minis­tério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho. Tam­bém pediu a realização de uma audiência à Assem­bleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para debater o problema.
Nesta terça-feira, o Sindicato e a empresa se reuniram na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, em Belo Horizonte, para tratar do assunto. Mas não houve avanços na audiência de mediação.
Diante da gravidade da situação, o presidente do Sindicato orienta aos demi­tidos para que procurarem o Depar­tamento Jurídico do Sindicato o mais breve afim de moverem ações para co­brar o pagamento das verbas rescisórias na Justiça do Traba­lho.

Fonte: Departamento de Imprensa Sindbet.

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