31 de mar. de 2014

Encontro de Mulheres da CTB Minas define bandeiras de luta


Mais participação na política, nos próprios sindicatos  e nas centrais; a universalização das creches; formação; luta pela representação; combater ao preconceito à ascensão da mulher no meio sindical; assumir as bandeiras de luta das Centrais Sindicais. Essas foram algumas das resoluções do 2o Encontro das Mulheres Trabalhadoras, organizado pela CTB-Minas, que aconteceu na quinta-feira (27/03) no Sindicato dos Vigilantes. 




Com muitos dados e contextualização da situação da mulher na sociedade, e em especial, no mundo do trabalho, as  debatedoras reafirmaram bandeiras que fazem parte da luta das trabalhadoras e trabalhadores como: diminuição da jornada de trabalho, criação de creches públicas para garantir às mães trabalhadoras a permanência no trabalho, o cuidado especifico com a saúde da mulher, o empoderamento das mulheres através da formação e participação efetiva nos espaços de decisão política . 
A engenheira de segurança do trabalho e coordenadora do Fórum Sindical e Popular de Saúde e Segurança do Trabalhador, Marta de Freitas, apresentou  dados que envolvem a questão do trabalho para as mulheres brasileiras. Segundo dados do IBGE, as mulheres estão crescendo nas estatísticas e em 2013 chegam a quase 50% no mercado de trabalho. Em 2009 eram 35,5% e em 2012 já havia passado para 42,2%. Mas . para Marta o que chama a atenção são outros dados, principalmente em relação aos baixos salários e as condições de trabalho.
Participação da mulher 

Para promover uma mudança neste cenário , Marta aponta a participação da mulher nos espaços de discussão e negociação que tenham representação de trabalhadores, como as CIPAS, Comissão de PLR, Comissão de Negociação de ACT/CCT e direção sindical.
Nesta mesma linha de argumentação, a secretária nacional de promoção da Igualdade Racial da CTB,  Mônica Custódio, representando a secretária de mulher da CTB Nacional  afirmou  que a CTB está trazendo para si esse debate na sociedade. Mônica,  representante da secretária de Mulher da CTB Nacional  Ivânia  Pereira   indaga:  “ Como é possível um país em que  50% da sua população é feminina apenas  9% de mulheres com representação  no parlamento?”
A Secretária Nacional de Formação da CTB, Celina Arêas, lembrou que este tipo de inciativa é também uma contribuição para formação da classe trabalhadora e a importância do empoderamento da mulher. “Para que nosso slogan seja  uma realidade “  tome partido, eu preciso de conhecimento, se não eu não tenho vontade de falar, eu me calo. Temos que ter propósito individual e coletivo e temos que começar pelo movimento sindical. Quais sindicatos garantem creches nas atividades sindicais para a participação das mulheres?” questionou Celina.
Presenças e datas importantes
 Durante o encontro foram lembradas algumas atividades importantes do calendário de lutas para este ano. O presidente da CTB-Minas, Marcelino Rocha, que participou da Mesa de Abertura do Encontro das Mulheres, convocou as mulheres  lutarem por mais espaços de poder, “não como uma dádiva, mas como conquista”. Marcelino aproveitou a oportunidade para falar da importância da participação de todas e todos na 8ª Marcha das Centrais que acontece no dia 9 de abril em São Paulo. A CTB-Minas levará uma caravana para o grande ato.
O vereador de Belo Horizonte Gilson Reis (PCdoB) marcou presença no evento, parabenizou a CTB pela iniciativa que contribui na busca de conquistas na luta pela emancipação da mulher. Gilson lembrou o lançamento da sexta edição da Revista Elas por Elas, organizada pelo  Sinpro-Minas,  na sede do sindicato no dia 04 de abril.


 

O vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes, José Carlos,  valorizou a organização do Encontro e também defendeu mais participação das mulheres não só na direção sindical, mas garantir conquistas  em acordos coletivo de trabalho a obrigatoriedade de percentual para contração feminina.  


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