A diretoria executiva da
CTB-Minas se reuniu nesta terça-feira (06/10) para analisar a conjuntura do
país e definir agendas de luta para enfrentar os desafios atuais. Entre as
principais preocupações levantas pelos ctbistas está a defesa da democracia,
sem perder o objetivo de barrar as ofensivas contra a classe trabalhadora. As
propostas aprovadas pela direção mineira reforçam os compromissos de lutar
contra retiradas de direitos e construir uma jornada de lutas unificada com as
demais centrais e movimentos sociais.
Em sintonia com a mobilização
nacional, foi deliberado durante a reunião que na próxima semana a CTB estará
nos aeroportos em protesto contra as emendas à Medida Provisória (MP) 680/2015.
As emendas incluídas pelo relator Daniel Vilela (PMDB-GO) são equivalentes ao
fim da CLT ao dizer que o negociado sobrepõe ao legislado. Se aprovado, essas
emendas atacam diretamente todos os
direitos conquistados pelos trabalhadores no Brasil. A orientação é seguir a
agenda de mobilização nacional que deve ocorrer no dia 13 ou 14 de outubro. Outra
ameaça em curso é em relação ao financiamento das centrais, que se acabasse
inviabilizaria a manutenção dos movimentos sindicais no Brasil.
Avançar nas propostas progressivas
Além da mobilização urgente para manifestar contra as emendas, os
diretores discutiram os desafios impostos no Brasil e a definição de propostas
mais claras que dialogam com o povo brasileiro. Nesse sentido, foram defendidas
medidas que enfrentam o grande capital, como a taxação das grandes fortunas, das
heranças e das remessas de lucro ao exterior.
A CTB deve manter a defesa da
democracia e apontar caminhos para enfrentar a crise. Foram lembrados exemplos
de países vizinhos como Venezuela, Argentina, Bolívia e Equador que tomaram
medidas duras e efetivas para combater a desigualdade social.
Mesmo reafirmando a necessidade
de sepultar qualquer tentativa de golpe, os cbistas se posicionaram contra
retirada de direitos e propostas que penalizam o povo. A CTB-Minas defendeu a
continuidade de projetos construídos nos últimos anos como a farmácia popular,
a distribuição de livros didáticos nas escolas e a permanência da aposentadoria
rural, fundamental para economia das cidades no campo.
Uma nova política econômica é uma
questão chave para retomar o desenvolvimento e crescimento no país. O momento
atual não é fácil e exige mobilização social. O quadro de instabilidade
política foi relembrado durante a reunião.
A CTB-Minas mantém a combinação
entre a defesa da democracia e a luta contra a retirada de direitos. O
sentimento de ódio dos setores conservadores é enorme ao ver a ascensão os
menos favorecidos. Não podemos esquecer que o Brasil vive 12 anos de um projeto
avançado dentro de um contexto histórico de 517 anos marcados por processos de
colonização, escravidão, ditadura militar e neoliberalismo.
Conjuntura internacional
Outro ponto debatido, foi o
contexto mundial para entender o que ocorre no Brasil. O debate estabelecido no
Conselho Nacional da CTB e Simpósio Sindical Internacional foram relatados durante a reunião. Dos 46
países representados no encontro, com mais de 120 participantes de todo o
mundo, o que mais se falou foi sobre as crises vividas em suas nações.
Em contraponto à ofensiva do
imperalismo, destacou-se o fortalecimento do BRICS (bloco que envolve Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul) para responder a uma alternativa global
contra o neoliberalismo. A CTB demonstra convicção com as propostas do bloco
que tem a defesa de democratizar a participação na ONU, a criação do Banco Asiático
de Infraestrutura e a construção de uma nova moeda.
A diretoria da CTB-Minas discutiu
os desafios internos e propostas sobre as atividades sindicais que acontece no
Estado.
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