Com informações do Sindiconstro
O Sindiconstro, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário de Passos, município do sul de Minas, denuncia uma série de irregularidades das condições de trabalho na MG 050. A rodovia está sob concessão da empresa Nascente das Gerais. Mas, segundo o presidente do Sindicato, Joaquim Júlio de Almeida, a concessionária mantém contratos com empresas terceirizadas, que seriam responsáveis pela limpeza, conservação e manutenção da rodovia.
De acordo com levantamento das condições de trabalho realizado no trecho entre o município de Formiga e a divisa com o estado de São Paulo, cerca de 1.500 a 2.000 trabalhadores estariam fazendo os serviços de capina e tapa-buracos sem a devida proteção e segurança. As condições de higiene também estariam comprometidas, já que não há banheiros químicos em quantidade suficiente. “O que estamos mais preocupados para resolver de imediato é o sistema de transporte”, informa Joaquim Júlio de Almeida. Segundo ele, as Kombis estariam transportando pessoas acima da capacidade. “Temos conhecimento que elas carregam entre 12 e 14 pessoas, além de máquinas para podar grama e gasolina”, completa.
Ainda segundo Joaquim Júlio de Almeida, foi realizado contato com a empresa Nascente das Gerais no dia 25 de fevereiro. O Departamento de Recursos Humanos já está informado, inclusive, sobre a insuficiência de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Foi detectada a ausência de capas de chuva, protetores de ouvido, além dos aventais e botas necessárias ao manejo do piche. Faltariam ainda protetores para a utilização das roçadeiras. “Isso pode amputar ou até mesmo matar o trabalhador”, exclama Joaquim.
A Nascente das Gerais se propôs a responder ás denúncias do Sindiconstro até o dia 4 de março. O Sindicato pretende acionar o Ministério do Trabalho e Emprego e/ou Ministério Público do Trabalho, caso o diálogo não seja frutífero.
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