25 de abr. de 2011

Encontro de Movimentos Sociais quer agenda popular para Minas Gerais

Com a chamada “Minas não quer choque, quer terra, trabalho e educação!” entidades do setor progressista em Minas Gerais iniciaram nesta segunda-feira (25/04), em Belo Horizonte, a jornada do 3º Encontro dos Movimentos Populares, Sindicais e Estudantis de Minas Gerais. A programação vai até o dia 2 de maio (ver programação abaixo).

Alexandre Chumbinho é representante do MST na organização. Ele explica que os trabalhos estarão divididos em quatro eixos: “Mundo do Trabalho”, “Questão Agrária em Minas Gerais”, “Tarifas Públicas” e “Modelo de Mineração e Exploração dos Bens Naturais”. Chumbinho ainda informa que o Encontro vai integrar as atividades pelo Dia Internacional do Trabalhador, com ato público na Praça Sete, em Belo Horizonte, no dia 02/05.


1º Encontrodos Movimentos Sociais 2006 -
Romualdo Macedo, no blog da Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas

A organização do 3º Encontro dos Movimentos Populares, Sindicais e Estudantis de Minas Gerais reforça a contrariedade ao modelo de “choque de gestão” no governo mineiro, liderado pelo PSDB. As forças populares alegam necessidade de mais participação e democracia nas políticas públicas. Documento publicado pelo grupo denuncia “o projeto político do governo de Minas, que privilegia o lucro das grandes empresas e reprime os/as trabalhadores/as que exigem seus direitos básicos, como moradia, melhores condições de trabalho e ensino público de qualidade”.

Segundo o vice-presidente da CTB Minas, José Antônio de Lacerda, o Jota, a entidade já confirmou presença. Nos debates, a Central defenderá rearticulação da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). “Achamos que a CMS é o Fórum que reúne mais condições de amplitude e unidade”, destaca. A CTB Minas terá representação nos trabalhos de abertura do sábado, 30/04, e também na mesa “Análise de Conjuntura”, no domingo 01/05.

São essas as principais bandeiras de convergência entre os participantes do 3º Encontro dos Movimentos Populares, Sindicais e Estudantis de Minas Gerais:

• Redução da Jornada de Trabalho de 44 para 40 horas, sem redução de salário.

• Implantação do Piso Salarial estadual.

• Por uma política de moradia popular e contra os despejos arbitrários anunciados pela Prefeitura de Belo Horizonte.

• Educação infantil ampla e gratuita.

• Por uma política de Reforma Agrária efetiva.

• Pela redução das tarifas públicas, em especial, as de energia, gás, água e transporte público.

• Pela aplicação da política do meio-passe para todos os estudantes.

• Contra o atual modelo de mineração adotado pelo estado, que favorece o lucro das empresas internacionais e gera grandes impactos ambientais.

• Pelo fim da ROTAM e contra a política de segurança pública que criminaliza os pobres.


Programação

25 a 29 de abril
Acampamento da Via Campesina na Praça da Assembléia Legislativa (Rua Rodrigues Caldas, 30, Bairro Santo Agostinho).

28 de abril
Dia Internacional em Memória das Vítimas por Acidente de Trabalho. Ato Público às 9h na Praça Sete, centro de BH.


29/04
Audiência pública sobre acidentes de trabalho e uso abusivo de agrotóxicos. A partir das 10h na Assembleia Legislativa (Rua Rodrigues Caldas, 30, Bairro Santo Agostinho).

29/04
Audiência pública sobre impactos sociais da mineração. A partir das 14h, na Assembléia Legislativa (Rua Rodrigues Caldas, 30, Bairro Santo Agostinho).

30/04 a 02/05
3º Encontro dos Movimentos Populares, Sindicais e Estudantis. A partir das 8h, no hall das Três Bandeiras (Rua Rodrigues Caldas, 30, Bairro Santo Agostinho).

02/05
Ato Público Unificado pelo Dia Internacional do Trabalhador, na Praça Sete. Horário a definir.

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