Os trabalhadores da indústria de fogos de artifício de Santo Antônio do Monte, Itapecerica e Lagoa da Prata, no centro-oeste de Minas Gerais, voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (30/05). A greve da categoria, que já durava 10 dias, terminou na última sexta-feira, sob aprovação de assembleia geral.
Segundo o acordo entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores (Sindifogos), o reajuste será de 9%. Os trabalhadores receberão piso de R$ 580, mais uma cesta básica anual. A compensação ou desconto dos dias parados serão acordados entre cada empresa e Sindifogos. A greve atingiu a totalidade das 70 fábricas, embora algumas tenham mantido as atividades parcialmente. Antes da intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT), os empresários ofereciam o reajuste máximo de 7%.
Alessandro Beraldo (MPT) Antônio Camargos dos Santos, presidente do Sindifogos, e Jota |
“Os trabalhadores saem fortalecidos, com saldo organizativo ainda maior do que na primeira greve, realizada em 2009”, avalia José Antônio de Lacerda, o Jota, vice-presidente da CTB Minas. Ele acredita que essa foi uma greve de resistência, com níveis de consciência e organização capazes de aumentar ainda mais o isolamento social dos empresários na cidade. Boa parte dos moradores se revolta com a insensibilidade e ganância dos patrões.
Mais uma vez, o destaque da greve é das mulheres, que participaram ativamente dos piquetes e assembléias. “Elas estiveram à frente da mobilização, com poder de fogo e enfrentando qualquer parada”, afirma Silvânia de Souza Pinto, diretora do Sindifogos. Estima-se que as mulheres representem aproximadamente 80% dos empregados na indústria local. Os homens estão, primordialmente, nos setores de comércio, serviço e atividades rurais.
A indústria de fogos de Santo Antônio do Monte e região existe há cerca de 50 anos. Ambas as greves da categoria foram realizadas com o apoio da CTB. Em assembleia final, realizada na sexta-feira (27/05), os trabalhadores aplaudiram os dirigentes da Central, num gesto de agradecimento.
Redação: Verônica Pimenta – Jornalista da CTB Minas.
Fotos: Sindifogos.
Fotos: Sindifogos.
ate q em fim os funcionarios abrirao os olhos pq na verdade tem muitos q tem medo dos patroes e outros sao puxa saco msm
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