Os trabalhadores da Companhia
Energética de Minas Gerais (Cemig) paralisaram suas atividades nesta
quinta-feira, 22. Eles cobram uma política de saúde e segurança eficiente, que
acabe de vez com os altos índices de acidentes graves e fatais na empresa, o
fim do autoritarismo no ambiente de trabalho e demissões de
eletricitários.
Pela manhã, os eletricitários da região Metropolitana de Belo Horizonte
se concentraram em frente à sede da Cemig, no bairro Santo Agostinho, onde
realizaram a queima do “judas José”, numa manifestação simbólica contra os
altos índices de acidentes fatais na empresa.
Por volta das 12 horas, os
trabalhadores seguiram em passeata até a Praça da Assembleia e depois até a
Praça Raul Soares, onde realizara um ato público em protesto contra os
acidentes, demissões na Cemig Serviços e a implantação de uma instrução de
pessoal que só prevê punição para os eletricitários que forem responsabilizados
por acidentes de trabalho.
No interior, a mobilização
contou com protestos e debates sobre as condições e relações
de trabalho na Cemig.
Em 2011, oito trabalhadores a
serviço da Cemig morreram. Este ano já são duas mortes e um trabalhador
mutilado. Desde 1999, foram contabilizados 86 acidentes fatais, o que mantém um
trabalhador morto a cada 45 dias.
Para o Sindicato dos Eletricitários
de Minas Gerais (Sindieletro-MG), os acidentes já deveriam, há muito tempo,
sensibilizar a direção da Cemig a debater com a categoria medidas para proteger
a vida dos trabalhadores. Nos últimos anos, os Acordos Coletivos de Trabalho dos
eletricitários, inclusive o de 2011/2012, asseguraram a formação de Grupo de
Trabalho de Saúde e Segurança, mas a empresa praticamente não realizou reuniões
para debater o assunto.
Segundo o Sindieletro-MG, a
Cemig é mais negligente ao manter o trabalho individual, descumprindo o que
determina a NR 10. Na Cemig S, o autoritarismo da empresa levou à demissão de
seis eletricitários, todos lideranças na categoria.
Fonte: Sindieletro-MG.
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