A Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj) vai intensificar a luta pela aprovação da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) que restabelece a obrigatoriedade de diploma para o
exercício da profissão de jornalista.
A Federação vem fazendo
contatos e atuando junto à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara
dos Deputados e às lideranças da Câmara para agilizar a tramitação da matéria.
“Já solicitamos uma reunião
com o relator Daniel Almeida e o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), o autor da PEC
na Câmara, e estamos mantendo contatos com as lideranças partidárias para
reativar a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma”, disse o presidente da
Fenaj, Celso Schröder.
A ideia é realizar ações de
sensibilização dos integrantes da CCJ, como também dos demais parlamentares da
Câmara, visando acelerar a tramitação e aprovação final da PEC, que já foi
aprovada no Senado. Também será reorganizado o Grupo de Trabalho Nacional em
Defesa do Diploma.
Com o objetivo de ampliar e
fortalecer o movimento junto a outras entidades e apoiadores, a Fenaj está
atualizando as marcas e os materiais da campanha, que serão disponibilizados
nas próximas semanas.
Nova relatoria
O novo relator da PEC, deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), já adiantou
que irá apresentar um voto que ratifique a necessidade do diploma. “A não
obrigatoriedade implica na desqualificação técnica das redações, e com isso, a
perda de qualidade das informações noticiadas, elemento estratégico das
sociedades contemporâneas”, defende.
A PEC do jornalista teve
origem no Senado Federal. De autoria do senador Antonio Carlos Valadares
(PSB-SE), cujo relator foi o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), a proposta foi
elaborada para superar o impasse provocado pela decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) que, em junho de 2009, considerou inconstitucional o Decreto-lei
972/69, que previa a obrigatoriedade de diploma.
Em um voto polêmico, o
ministro Gilmar Mendes afirmou que a liberdade de expressão é cláusula pétrea e
derrubou a restrição. Para Daniel Almeida, a PEC é um marco em defesa da
qualificação da informação e da liberdade de expressão no Brasil.
“O que ela propõe é a
regulamentação do exercício profissional. Em nenhum momento vai de encontro ao
conceito de liberdade de expressão, conceito este que eu também defendo”,
enfatiza.
Fonte: Portal CTB.
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