A UNE, CTB, MST, CUT, Pastoral da Juventude e outras entidades levarão até a
presidenta da República, Dilma Rousseff, a cobrança por mais investimentos em
educação, reforma agrária e democratização dos meios de comunicação.
Representantes da Jornada
Nacional de Lutas da Juventude Brasileira entregarão à presidenta, nesta
quinta-feira (4), no Palácio do Planalto, em Brasília, um documento com as
principais reivindicações do movimento, que tem realizado desde o dia 25 de
março uma série de manifestações nas principais cidades do país - passeatas já
ocorreram em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Sergipe,
Ceará, Amazonas, Piauí e Goiás.
Entre os grandes consensos
do movimento – que reúne estudantes, jovens da cidade e do campo,
trabalhadores, feministas, juventudes partidárias e ecumênicas, coletivos LGBT,
de cultura, meio ambiente e das periferias – está a necessidade de investimento
na área da educação pública, com a destinação de 10% do PIB, 50% do fundo
social do pré-sal e 100% dos royalties do petróleo exclusivamente para o setor.
O trabalho decente para a
juventude, as reformas política e agrária, a redução da jornada de trabalho, a
denúncia contra o extermínio da juventude negra e a democratização da
comunicação de massas também são bandeiras estruturais reivindicadas pela
juventude.
“Unir a Juventude
Brasileira: Se o presente é de luta, o futuro nos pertence” é o lema do
manifesto assinado de forma inédita e unificada por entidades como a UNE, CUT,
MST, CTB, Pastoral da Juventude, ABGLT, Apeoesp e Conam. O documento, aprovado
no fim de fevereiro, aponta a necessidade de aprofundar as mudanças no país.
“Queremos cidades mais
humanas em vez de racismo, violência e intolerância. Queremos as garantias de
um estado laico, democrático, inclusivo, que respeite os Direitos Humanos
fundamentais, inclusive aos nossos corpos, à liberdade de orientação sexual e à
identidade de gênero, num ambiente de liberdade religiosa. Queremos reformas
estruturais que garantam um projeto de desenvolvimento social e que abram
caminhos ao socialismo. Lutamos por um desenvolvimento sustentável, solidário,
que rompa com os valores do patriarcado, que assegure o direito universal à
educação, ao trabalho decente, à liberdade de organização sindical, à terra
para quem nela trabalha e o direito à verdade e à justiça para nossos heróis
mortos e desaparecidos”, diz trecho do manifesto.
Fonte: UNE.
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