4 de abr. de 2013

Movimentos de juventude entregam pauta de reivindicações à presidenta Dilma


A UNE, CTB, MST, CUT, Pastoral da Juventude e outras entidades levarão até a presidenta da República, Dilma Rousseff, a cobrança por mais investimentos em educação, reforma agrária e democratização dos meios de comunicação.
Representantes da Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira entregarão à presidenta, nesta quinta-feira (4), no Palácio do Planalto, em Brasília, um documento com as principais reivindicações do movimento, que tem realizado desde o dia 25 de março uma série de manifestações nas principais cidades do país - passeatas já ocorreram em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Sergipe, Ceará, Amazonas, Piauí e Goiás.
Entre os grandes consensos do movimento – que reúne estudantes, jovens da cidade e do campo, trabalhadores, feministas, juventudes partidárias e ecumênicas, coletivos LGBT, de cultura, meio ambiente e das periferias – está a necessidade de investimento na área da educação pública, com a destinação de 10% do PIB, 50% do fundo social do pré-sal e 100% dos royalties do petróleo exclusivamente para o setor.
O trabalho decente para a juventude, as reformas política e agrária, a redução da jornada de trabalho, a denúncia contra o extermínio da juventude negra e a democratização da comunicação de massas também são bandeiras estruturais reivindicadas pela juventude.
“Unir a Juventude Brasileira: Se o presente é de luta, o futuro nos pertence” é o lema do manifesto assinado de forma inédita e unificada por entidades como a UNE, CUT, MST, CTB, Pastoral da Juventude, ABGLT, Apeoesp e Conam. O documento, aprovado no fim de fevereiro, aponta a necessidade de aprofundar as mudanças no país.
“Queremos cidades mais humanas em vez de racismo, violência e intolerância. Queremos as garantias de um estado laico, democrático, inclusivo, que respeite os Direitos Humanos fundamentais, inclusive aos nossos corpos, à liberdade de orientação sexual e à identidade de gênero, num ambiente de liberdade religiosa. Queremos reformas estruturais que garantam um projeto de desenvolvimento social e que abram caminhos ao socialismo. Lutamos por um desenvolvimento sustentável, solidário, que rompa com os valores do patriarcado, que assegure o direito universal à educação, ao trabalho decente, à liberdade de organização sindical, à terra para quem nela trabalha e o direito à verdade e à justiça para nossos heróis mortos e desaparecidos”, diz trecho do manifesto.
Fonte: UNE.

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