Representantes das cinco
centrais sindicais reconhecidas pelo governo federal deram um prazo de 90 dias
para que o Palácio do Planalto se posicione em relação à sua pauta de
reivindicações. A CTB, CUT, UGT, NCST e FS se reuniram na terça-feira (14), em
Brasília, com o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República,
Gilberto Carvalho, e afirmaram que a atual indefinição não pode continuar.
A CTB foi representada na
reunião por seu presidente, Wagner Gomes; pelo secretário-geral, Pascoal
Carneiro, e pelo secretário de Política Sindical e Relações Institucionais,
Joílson Cardoso. Junto aos dirigentes das outras centrais, eles reafirmaram que
a pauta da classe trabalhadora é conhecida há tempos pelo governo federal –
desde a realização da segunda Conferência Nacional da Classe Trabalhadora
(Conclat), em junho de 2010. “E nos baseamos nessa mesma pauta na Marcha de 6
de março, quando entregamos à presidenta Dilma nossas principais bandeiras de luta”,
destacou Wagner Gomes.
Diante da cobrança das
centrais, o governo, também representado pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias,
estabeleceu um prazo de 90 dias para dar respostas concretas a cada uma das reivindicações
da classe trabalhadora, apresentadas no dia 6 de março. Antes disso, no dia 11
de junho, haverá uma reunião para tratar especificamente de dois pontos:
terceirização e a regulamentação da PEC das Domésticas.
“A partir de agora, dentro
desse prazo de 90 dias, cada reunião terá um tema específico. Entendemos que
esse calendário definido é um avanço, pois antes a situação ficava muito
indefinida, pois o governo não apresentava propostas concretas para cada uma de
nossas reivindicações”, explicou o presidente da CTB.
Pronacampo e Pronatec
Durante a reunião desta
terça-feira, Gilberto Carvalho oficializou uma antiga reivindicação das
centrais: garantir sua participação nos conselhos do Programa Nacional de
Educação no Campo (Pronacampo) e do Programa Nacional do acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec).
Para Wagner Gomes, não fazia
sentido os representantes da classe trabalhadora permanecerem de fora de tais
conselhos. “Com essa decisão, cada central poderá indicar um nome para
qualificar a discussão desses temas, fundamentais para que o país se desenvolva
a partir de um patamar educacional mais elevado”, afirmou.
Fonte: Portal CTB.
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