16 de mai. de 2013

Centrais dão 90 dias para que o governo responda sua pauta de reivindicações


Representantes das cinco centrais sindicais reconhecidas pelo governo federal deram um prazo de 90 dias para que o Palácio do Planalto se posicione em relação à sua pauta de reivindicações. A CTB, CUT, UGT, NCST e FS se reuniram na terça-feira (14), em Brasília, com o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e afirmaram que a atual indefinição não pode continuar.
A CTB foi representada na reunião por seu presidente, Wagner Gomes; pelo secretário-geral, Pascoal Carneiro, e pelo secretário de Política Sindical e Relações Institucionais, Joílson Cardoso. Junto aos dirigentes das outras centrais, eles reafirmaram que a pauta da classe trabalhadora é conhecida há tempos pelo governo federal – desde a realização da segunda Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em junho de 2010. “E nos baseamos nessa mesma pauta na Marcha de 6 de março, quando entregamos à presidenta Dilma nossas principais bandeiras de luta”, destacou Wagner Gomes.
Diante da cobrança das centrais, o governo, também representado pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, estabeleceu um prazo de 90 dias para dar  respostas concretas a cada uma das reivindicações da classe trabalhadora, apresentadas no dia 6 de março. Antes disso, no dia 11 de junho, haverá uma reunião para tratar especificamente de dois pontos: terceirização e a regulamentação da PEC das Domésticas.
“A partir de agora, dentro desse prazo de 90 dias, cada reunião terá um tema específico. Entendemos que esse calendário definido é um avanço, pois antes a situação ficava muito indefinida, pois o governo não apresentava propostas concretas para cada uma de nossas reivindicações”, explicou o presidente da CTB.
Pronacampo e Pronatec
Durante a reunião desta terça-feira, Gilberto Carvalho oficializou uma antiga reivindicação das centrais: garantir sua participação nos conselhos do Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo) e do Programa Nacional do acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Para Wagner Gomes, não fazia sentido os representantes da classe trabalhadora permanecerem de fora de tais conselhos. “Com essa decisão, cada central poderá indicar um nome para qualificar a discussão desses temas, fundamentais para que o país se desenvolva a partir de um patamar educacional mais elevado”, afirmou.
Fonte: Portal CTB.

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