A Proema Minas, uma das principais
fornecedoras de peças para Fiat Automóveis, em Betim, começou a promover um
processo de demissão em massa desde a última quinta-feira (27).
Até esta terça-feira (2), foram
dispensados cerca de 160 empregados que haviam sido colocados à disposição em
casa pela empresa, há 4 meses. E o que é pior: a empresa não está fazendo
acerto das verbas trabalhistas e disse que os demitidos devem procurar a
Justiça do Trabalho para reivindicar seus direitos.
As demissões são um desdobramento
da grave situação vivida pela Proema que, pelo menos desde 2002, convive com
uma série de irregularidades fiscais e trabalhistas.
“Por muitos anos, os
trabalhadores têm convivido num clima de insegurança e instabilidade na
fábrica. Grande parte dos funcionários está há mais de 5 anos sem os depósitos
do FGTS. Além disso, há outras irregularidades, como o não pagamento do INSS, o
que, no futuro, irá prejudicar os empregados no momento da aposentadoria”, disse
o diretor do Sindicato Clodoaldo Carvalho, que é metalúrgico na Proema.
O presidente do Sindicato, João
Alves de Almeida, considera “gravíssima” a situação. “São centenas de pais de
família que estão perdendo seus empregos e o mais absurdo é que a empresa
sequer demonstra o mínimo de respeito e consideração com os empregados,
principalmente porque recebe incentivos fiscais do governo, da prefeitura, mas
depois, simplesmente, dá as costas para os trabalhadores. Já estamos tomando as
providências necessárias”, disse.
Denúncia
O Sindicato denunciou o fato
ao Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho. Também pediu a
realização de uma audiência à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)
para debater o problema.
Nesta terça-feira, o
Sindicato e a empresa se reuniram na Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego em Minas Gerais, em Belo Horizonte, para tratar do assunto. Mas não
houve avanços na audiência de mediação.
Diante da gravidade da
situação, o presidente do Sindicato orienta aos demitidos para que procurarem o
Departamento Jurídico do Sindicato o mais breve afim de moverem ações para cobrar
o pagamento das verbas rescisórias na Justiça do Trabalho.
Fonte: Departamento de Imprensa Sindbet.
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