O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha (foto), disse nesta terça-feira (27) que entre os critérios para
definir a distribuição dos médicos cubanos pelos 701 municípios que não
atraíram nenhum profissional no Programa Mais Médicos serão observados os
indicadores de pobreza e também a composição das equipes.
Os 400 profissionais
cubanos, assim como demais estrangeiros, iniciaram na última segunda-feira (26)
curso que terá duração de três semanas e, após avaliação, os aprovados serão
alocados nos municípios.
“Estamos definindo isso a
partir de indicadores de pobreza, escassez de profissionais médicos, IDHM (Índice
de Desenvolvimento Humano Municipal) dos municípios e também de composição das
equipes. Tem profissionais médicos que vieram na missão externa que são casais,
a ideia é poder alocar os casais no mesmo município. Essa estratégia será
definida ao longo da semana”, disse Padilha após a divulgação da pesquisa
Vigitel 2012.
Os médicos cubanos e demais
estrangeiros que participam do curso em Brasília foram deslocados nesta
terça-feira dos alojamentos militares onde estão hospedados e reacomodados em
outros locais, de acordo com Padilha.
Os profissionais reclamaram
das condições do alojamento e o ministro disse que eles serão reacomodados em
locais onde tenham condições de estudar também durante a noite e com acesso à
internet. “Todos eles serão deslocados para locais onde possam estudar durante
a noite e no alojamento militar em que estavam não tinham essas condições tão
adequadas”, explicou.
Questionado mais uma vez
sobre a remuneração dos profissionais cubanos, o ministro Alexandre Padilha
respondeu que não vê questionamentos sobre o quanto recebe e quanto fica de
recursos para o Banco Mundial em qualquer ação de consultoria prestada pela
instituição. Segundo ele, Cuba é como um Banco Mundial da atenção básica de
saúde. Ele também citou a vice-ministra da Saúde de Cuba, Márcia Cobas.
“Ela falou em salário
integral (salário que os cubanos recebiam pelo trabalho em Cuba), mais bônus
que recebem por participar de serviço externo, mais 40% da bolsa. Acho que não
podemos ficar reforçando preconceito e não vamos permitir qualquer debate ideologizado
sobre isso”, disse.
A vinda dos profissionais de
Cuba faz parte de acordo do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana
da Saúde (Opas). A previsão é trazer ao Brasil, até o final do ano, 4 mil
médicos cubanos.
Os primeiros 400
profissionais, que chegaram ao Brasil no último final de semana, vão atuar nas
cidades que não atraíram profissionais inscritos individualmente no Programa
Mais Médicos.
Fonte: Agência Brasil.
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