Em reunião realizada nesta
segunda-feira (26), em Belo Horizonte, representantes de sindicatos e
federações dos metalúrgicos mineiros e da Federação das Indústrias do Estado de
Minas Gerais (Fiemg) definiram o calendário de negociações da pauta de
reivindicações da categoria na Campanha Salarial Unificada dos Metalúrgicos,
cuja data-base é 1º de outubro.
Em setembro, conforme o que
ficou acertado entre metalúrgicos e patrões neste encontro, estão previstas
cinco rodadas de negociações, sendo a primeira no próximo dia 3 de setembro e
as demais nos dias 10, 17, 23 e 26.
A pauta de reivindicações
dos metalúrgicos, composta por 97 cláusulas - que incluem itens econômicos e
sociais - foi entregue aos patrões no dia 31 de julho pelas principais
lideranças sindicais da categoria em Minas, representados pela Federação
Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FIT Metal), ligada à
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Federação Estadual
dos Metalúrgicos (FEM), da CUT, e Federação dos Trabalhadores nas Indústrias
Metalúrgicas de Minas Gerais (Femetal), ligada à Força Sindical. Ao todo,
estão envolvidos nesta campanha cerca de 250 mil metalúrgicos em todo o estado.
O que os metalúrgicos reivindicam
Este ano, os metalúrgicos
reivindicam dos empresários reajuste salarial de 13%, piso salarial de R$ 1.698,00,
abono de um salário nominal, redução da jornada de trabalho para 40 horas
semanais, sem diminuição dos salários, além de cláusulas sociais como pagamento
de um salário nominal no retorno de férias; fornecimento de lanche no início da
jornada; vale alimentação de R$ 450,00; convênio médico, vales transporte e
refeição gratuitos e estabilidade de dois anos aos trabalhadores vítimas de
acidentes de trabalho ou até a aposentadoria, em caso de sequelas de maior
gravidade, dentre outras reivindicações.
A pauta de reivindicações da
categoria também tem como novidade neste ano o pedido de remanejamento de
função às empregadas gestantes, em casos excepcionais ou mediante atestados
médicos, pelo tempo que o médico julgar necessário, do início da gravidez até
12 semanas antes do parto.
Presente à reunião desta
segunda 26, na sede da Fiemg, o presidente da CTB Minas, Marcelino da Rocha,
que também faz parte da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé
e São Joaquim de Bicas, tem a expectativa de que a categoria esteja mobilizada
nas fábricas e unidas aos seus respectivos sindicatos para que façam uma
campanha salarial vitoriosa.
“Neste primeiro encontro, já
tivemos uma breve amostra de que os patrões devem nos apresentar uma proposta
que está bem distante da realidade dos acordos que têm sido celebrados pelo
país afora. Por isso, acreditamos que o fator diferencial a favor dos
trabalhadores é a unidade e a mobilização para que possamos ter êxito nas
negociações”, ressaltou.
Também o presidente do
Sindicato, João Alves de Almeida, diz acreditar que a receita para conquistar
as principais reivindicações da categoria, sobretudo aumento real de salários e
um piso salarial de ingresso - que seja capaz de valorizar o trabalho de
qualidade dos metalúrgicos - é exatamente a força de mobilização dos
trabalhadores.
“Nosso lema nesta campanha
salarial é bem taxativo: é preciso mobilizar para conquistar. E a experiência
nos mostra que não é o patrão que dá o que o metalúrgico reivindica, mas sim o
trabalhador que, unido ao sindicato, faz sua parte na luta para conquistar”,
afirma.
Fonte: Departamento de
Imprensa - Sindbet.
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