A Central dos Trabalhadores
e Trabalhadoras do Brasil (CTB) participou da assembleia realizada pelo
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel),
nesta quarta-feira (25), em sua sede, para debater os critérios do plebiscito
que será realizado pela entidade, entre os dias 18 e 22 de novembro, no qual os
servidores deverão decidir sobre a filiação ou não do Sindicato a central e
federação sindical. A realização do plebiscito foi aprovada pelos servidores no
3º Congresso do Sindibel, realizado em 2012.
Durante a assembleia, que
também contou com a presença de representantes da Central Sindical e Popular
(CSP-Conlutas), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Federação
Interestadual dos Servidores Públicos Municipais e Estaduais (Fesempre), o presidente
da CTB Minas, Marcelino da Rocha, parabenizou a diretoria do Sindicato pela
realização do plebiscito. “São poucas as categorias que têm a liberdade
democrática de fazer opção por uma filiação a uma central sindical”, disse.
Marcelino também falou da
importância da filiação do Sindibel a uma central, citando como exemplo a luta
contra o PL 4.330, da terceirização sem limites. “Não fosse a luta das
centrais, os sindicatos teriam mais dificuldades de pressionar os parlamentares
contra esse famigerado projeto, que atenta contra os direitos dos trabalhadores
tanto do setor público quanto do privado”.
O presidente da CTB Minas
também defendeu a filiação do Sindibel à Central. “Somos uma central jovem,
classista e de luta, que, com apenas cinco anos, tem propostas e políticas para
os servidores públicos. Não podemos admitir que esta categoria fique refém de
políticas de governos, seja de esquerda ou de direita”.
Para Marcelino, o Sindibel tem
que continuar independente e autônomo, porém não deve abrir mão de contar com uma
central sindical que assuma o compromisso de abraçar as reivindicações da
categoria.
Esta é a primeira vez em
Minas Gerais que um sindicato define todo o processo de filiação a uma central
sindical com a participação ativa de sua base, que irá escolher por meio de
votação se deseja ou não que o Sindibel filie-se a uma central e/ou federação
sindical e, caso a maioria decida pela filiação, qual central seria a ideal na
opinião dos trabalhadores.
“Somos um sindicato feito
pela base, portanto, forte. Existimos pela participação dos trabalhadores e
estamos nos tornando um dos sindicatos mais representativos do País, justamente
pela forma transparente e democrática com a qual conduzimos nossas ações”,
destacou o secretário-geral do Sindibel, Israel Arimar.
Normas
De acordo com as normas
aprovadas pelos trabalhadores na assembleia, poderá votar no plebiscito o
servidor associado ao Sindibel há mais de seis meses, contados a partir da data
da presente assembleia, ou seja, quem se filiou após 25 de março não poderá
votar. Além disso, o filiado deverá estar em dia com suas obrigações
financeiras junto à entidade. Quem estiver inadimplente deverá quitar seu
débito junto ao sindicato até o dia 29 de outubro.
A votação do plebiscito será
feita por meio de 12 urnas, sendo nove itinerantes, que percorrerão as administrações
regionais da Prefeitura de Belo Horizonte; duas fixas, na sede do Sindibel; e
uma fixa na subsede do sindicato localizada no Hospital Odilon Behrens (HOB).
Até o plebiscito, o Sindibel
promoverá debates em sua sede para que cada central ou federação sindical possa
apresentar suas propostas aos trabalhadores. No dia 17 de outubro, o debate
será com a participação de todas as centrais. Já no dia 31 de outubro, será a
vez da CTB Minas apresentar seus planos para os servidores.
Fonte: CTB Minas, com informações do Sindibel.
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