A CTB sempre defendeu a união da classe trabalhadora para vencer o
capital. Por isso, pretende continuar com a luta unificada com as demais
centrais sindicais para empoderar os interesses das trabalhadoras e dos
trabalhadores do Brasil, como tem feito nos seis anos de sua
existência. “A CTB pretende resgatar o debate que foi muito presente em
2013, que do ponto de vista da ação sindical, buscamos dar conseqüência à
agenda da classe trabalhadora reforçada pelo calor das jornadas de
junho”, preconiza Adilson Araújo, presidente da CTB.
A primeira reunião deste ano entre as centrais brasileiras ocorre
nesta quarta-feira (15), a partir das 10 horas na sede nacional da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), à Rua Caetano Pinto, 575, no
bairro do Brás, na capital paulista. Aproveitando o sucesso das
mobilizações unificadas de 2013, as centrais desejam retomar as lutas da
classe trabalhadora como a redução da jornada de trabalho para 40 horas
semanais sem redução de salário e contra a alta dos juros empreendida
pelo Banco Central e que atrapalha o desenvolvimento nacional e a
criação de novos postos de trabalho.
“O centro da posição da CTB é o de promover uma ampla discussão sobre
a necessidade de se fazer um balanço e uma atualização da Conferência
Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) de 2010”, explica o presidente
da CTB. “Para nós essa iniciativa passa pela realização de uma plenária
unitária da classe trabalhadora para mostrar que queremos avançar e
conquistar melhores condições de vida e de trabalho”, acentua.
A paralisação de 11 de julho do ano passado mostrou a importância das
centrais sindicais atuarem unidas, porque se depender da mídia
comercial, os trabalhadores ficam sem espaço na comunicação para
defender seus interesses. Neste ano as centrais já têm um compromisso
agendado para 1º de fevereiro em São Bernardo (SP) para integrar o
Coletivo Sindical de apoio ao Grupo de Trabalho “Ditadura e Repressão
aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical”. 2014 já começa com a
promessa de grandes mobilizações do movimento sindical.
Para Adilson “o reflexo da grave crise econômica mundial tem
repercutido no Brasil, muito embora com um horizonte promissor com a
realização da Copa do Mundo, mas isso exigirá a tomada de medidas que
venham a contribuir com o processo de mudanças. Para tanto, torna-se
imprescindível ganhar novamente as ruas”.
Também deverão entrar na pauta das discussões, questões fundamentais
para a melhoria de vida da classe trabalhadora e para o desenvolvimento
autônomo do país como 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a
educação, mais investimentos na saúde, além de melhoria no transporte
público, a valorização das aposentadorias, reforma agrária, direito de
greve e de negociações coletivas no serviço público, regulamentação do
trabalho doméstico, democratização dos meios de comunicação, reforma
política com ampla participação popular, Marco Civil da Internet entre
outros temas.
“A mobilização dos trabalhadores em aliança com os movimentos sociais
para levantar as bandeiras da classe trabalhadora e a proposta de se
efetivar uma reforma política democrática, com a realização de eleições
limpas que suprimam a ingerência do poder econômico, propiciando maior
participação popular são propostas que a CTB levará à reunião com as
demais centrais. Mesmo porque em ano com Copa do Mundo e eleições, a
atenção do povo brasileiro deve ser redobrada para elevar as condições
de vida de todos”, reforça Adilson.
Marcos Aurélio Ruy - Portal CTB
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