Numa prova contundente de que os trabalhadores
sócios e sócias do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e São Joaquim
de Bicas confiam na forma como a entidade vem sendo conduzida nos últimos anos,
pautada na transparência das ações e na firme defesa dos direitos dos
trabalhadores da categoria, a Chapa 1 – Garra Metalúrgica foi reeleita para um
novo mandato com uma votação expressiva de 98,87% dos votos válidos.
A apuração dos votos foi realizada na
última sexta-feira (14), no Clube dos Metalúrgicos, em Betim, após três dias de
eleições, realizadas entre os 12 e 14.
Em discurso após a divulgação do
resultado, o presidente reeleito do Sindicato, João Alves de Almeida,
ressaltou que a reeleição da Garra Metalúrgica “aumenta a responsabilidade da
entidade na condução das lutas em favor dos interesses dos trabalhadores da
categoria”. Ele também agradeceu o empenho de todos os diretores da entidade e
apoiadores na busca dos votos.
A
posse da nova diretoria, que conduzirá o Sindicato pelos próximos três anos
(2014-2017), será realizada no dia 9 de abril. Já a festa da posse ocorrerá em
data a ser divulgada posteriormente.
“O
Sindicato são os trabalhadores”, diz João Alves, presidente reeleito
Eleito para o seu segundo mandato
consecutivo à frente do Sindicato, o presidente João Alves de Almeida conversou
com a reportagem do jornal “23 de Outubro”, após a confirmação da vitoria da
chapa 1 - Garra Metalúrgica nas eleições sindicais. Na entrevista, João Alves
destacou a importância da vitória da Chapa 1 para os metalúrgicos, falou da
renovação nos quadros de direção da entidade e destacou os inúmeros desafios
que a categoria têm pela frente nos planos local e nacional.
Ele também ressaltou a importância de se
garantir mais um mandato de Dilma Rousseff na presidência da República e
conclamou pela unidade dos trabalhadores em torno de bandeiras de luta em
comum, em nível nacional. Por fim, afirmou acreditar ser necessária a ampliação
da unidade e participação do trabalhador na vida do Sindicato. “O que move o
Sindicato são os trabalhadores, que devem estar mobilizados nas fábricas e
unidos à entidade para avançarmos nas lutas e conquistas”. Confira a
entrevista:
O que representa esta
vitória da Chapa 1 – Garra Metalúrgica, que estará novamente à frente do Sindicato
pelos próximos três anos?
Em primeiro lugar, é uma responsabilidade muito
grande que nos é delegada pelos milhares de metalúrgicos e metalúrgicas sócias
do Sindicato, aos quais, aliás, agradecemos pelos votos. É uma vitória que só
aumenta ainda mais nosso dever e compromisso de continuar zelando com
transparência pelo patrimônio da categoria, e, claro, de seguir adiante na
luta em favor de melhores condições de trabalho para os metalúrgicos, uma vez
que temos enormes desafios pela frente.
Houve uma renovação importante
nos quadros diretivos da entidade para o próximo mandato?
Sim. Conseguimos uma renovação de 25% no quadro de
diretores, com metalúrgicos oriundos da Fiat, Toshiba, Nemak, Terex Ritz, SAE
Towers, dentre outras, porque consideramos que é importante esta oxigenação de
ideias e o surgimento de novas lideranças nas fábricas.
Que desafios apontaria como
os principais a serem enfrentados pelos trabalhadores, particularmente em
Betim e Região?
O primeiro, que era a eleição no Sindicato, já saímos
vitoriosos, uma vez que conseguimos a reeleição da Garra Metalúrgica. No plano
local, temos o desafio de continuar a lutar contra o sistema e o ritmo de
produção acelerado e desumano nas empresas, que colocam em risco, diariamente,
a saúde e a integridade física dos trabalhadores, como, lamentavelmente, o que
ocorreu na Tower e na Rossetti na semana passada. As empresas apostam na redução
de custos via demissão de trabalhadores e passam a manter o mesmo ritmo de
produção, como é o caso da Magna e de outras fábricas, o que, também, favorece
a ocorrência de acidentes graves. Além disso, vamos lutar em defesa de salários
mais dignos, por mais democracia, contra a ilegalidade do banco de horas e por
uma maior valorização dos metalúrgicos.
Outro desafio são as
eleições gerais de outubro, não é mesmo?
O ano de 2014 é ímpar na história do Brasil, porque,
além da Copa do Mundo, evento que atrairá os olhares de todo o mundo para o
país, e que nos deixará um legado importante do ponto de vista da melhoria da
infraestrutura, teremos as eleições. Nós acreditamos que dar à Dilma Rousseff
mais um mandato à frente do país será a quarta vitória do povo brasileiro,
para que possamos manter, fortalecer e avançar na luta das forças progressistas
que governam nosso país, para impedir o retrocesso de setores conservadores e
ampliar as conquistas e direitos da classe trabalhadora.
E do ponto de vista das
lutas de caráter mais nacional?
Outras lutas continuam na ordem do dia e exigem a
unidade dos trabalhadores e das várias centrais sindicais do país para lutar
contra o fim do Fator Previdenciário, pela redução da jornada de trabalho sem
diminuição dos salários, combater o PL 4330, que permite a terceirização sem
limites, dentre outras. Além disso, é preciso reforçar as bandeiras de luta
definidas pela Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), que une as
centrais sindicais em torno de reivindicações comuns. Particularmente, é
compromisso da Chapa 1 – Garra Metalúrgica à frente do Sindicato, a defesa de
um projeto nacional de desenvolvimento, com valorização do trabalho, dos
trabalhadores, da renda, com mais democracia e pela soberania nacional, para
aprofundar ainda mais as importantes mudanças que estão em curso no país no
governo Dilma.
De que maneira os
trabalhadores podem, de fato, contribuir para estas lutas?
O Sindicato são os trabalhadores. O que move o
Sindicato é o apoio e a participação dos trabalhadores na vida da entidade, em
todos os seus momentos. Portanto, é preciso que os trabalhadores participem
das assembleias, reuniões, seminários e demais atividades e façam valer seu
livre direito constitucional de ser sócio de uma entidade, ter vez e voz na
condução dos rumos do Sindicato. Além disso, com as redes sociais, os
trabalhadores têm maiores possibilidades de ampliar os contatos com o
Sindicato, dando opiniões, fazendo críticas e participando ativamente da vida
da entidade.
Fonte: SindBet
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