A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convocou
uma paralisação para esta segunda-feira (17), terça (18) e quarta (19)
para defender a lei do piso salarial, uma política de carreira e jornada
de trabalho adequada aos profissionais da educação. “Não é apenas a
questão salarial”, diz Marilene Betros, dirigente da CTB. “É a nossa
luta pelo respeito à lei 11.738/2008 sobre o piso salarial nacional para
os profissionais da educação no país”, defende.
Marilene desafia prefeitos e governadores que se recusam a pagar o
piso se escudando na Lei de Responsabilidade Fiscal “a comprovar isso
perante o governo federal e buscar os recursos necessários com o
Ministério da Educação (MEC)”. Além da questão salarial, os
trabalhadores em educação reivindicam uma jornada compatível com o “bom
desempenho de suas funções”, garante a cetebista, que também é dirigente
da APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia.
“Defendemos ainda a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e
dos royalties de petróleo para transformar a educação pública em
prioridade nacional com valorização dos profissionais do setor”,
reforça.
De acordo com ela, “os profissionais da educação precisam de 1/3 de
sua jornada para se dedicar aos estudos, para a preparação das aulas, a
correção de provas, enfim para desenvolver todas as atividades e dessa
maneira desempenhar melhor o seu trabalho”. Outra questão que aflige os
trabalhadores em educação no país trata-se da aprovação do Plano
Nacional de Educação (PNE), que tramita a 4 anos no Congresso Nacional.
“Mas defendemos a aprovação do relatório da Câmara dos Deputados,
aprovado em 2012. Não traz todas as reivindicações dos profissionais do
setor, mas é bem melhor do que as emendas feitas no Senado no ano
passado”, sintetiza.
“Todas as manifestações e pesquisas recentes mostram grande
preocupação da sociedade com a educação e nós acreditamos que ela deve
ser entendida como estratégica para o desenvolvimento autônomo do país”,
pondera Marilene. Isso porque "educação pública de qualidade interessa a
todos e deve ser encarada com muita seriedade por governantes,
profissionais do setor, estudantes e toda a sociedade. O país não pode
mais protelar valorizar a educação pública para melhorar a vida de
todos", reforça. "Cruzar os braços agora para sermos respeitados e
valorizados."
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB
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