A greve dos bancários continua forte em todo o Brasil. Subiu para 7.673 o número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados de todo o país fechados na última quarta-feira ( 1º), segundo dia da greve nacional dos bancários.
O total representa um crescimento de 16,75% (1.101 agências a mais) em relação ao primeiro dia de greve, quando 6.572 unidades foram fechadas.
Os bancários entraram em greve na terça-feira (30), após considerarem insuficiente a segunda proposta dos bancos que eleva o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação) para os pisos.
Além disso, os trabalhadores reivindicam melhores condições de trabalho, com o fim de metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades, entre outras demandas para as quais a Fenaban (Federação Nacional dos Banbcos) ainda não apresentou propostas.
Mobilização cresce
Em São Paulo, os bancários pararam até a Vila Santander (callcenter), telebancos do HSBC e do Bradesco, os centros administrativos ITM e Tatuapé do Itaú, SAC (Serviço de Apoio ao Cliente) e o CABB (Central de Atendimento) do Banco do Brasil.
A matriz do banco Daycoval, a Superintendência do Banco do Brasil, o Centro Administrativo Brigadeiro do Itaú, o Bradesco Prime e diversas agências de bancos públicos e privados da Avenida Paulista e adjacências amanheceram paralisadas nesta quinta-feira 2, quando a categoria completa seu terceiro dia de greve nacional. Além do eixo da Paulista, também estão em greve bancários do Banco do Brasil do prédio da Rua 15 de Novembro e de diversas agências do Centro e dos bairros da Liberdade e da Aclimação.
Na base do sindicato de Chapecó e região o movimento também ganha força, com mais adesões. No segundo dia da greve mais agências aderiram, totalizando 26 unidades paralisadas na base do sindicato.
Em Porto Velho, das 34 agências, apenas duas continuam abertas, entre elas a agência principal do Banco da Amazônia, no Centro da capital, já que os funcionários ainda não aderiram ao movimento.
No Mato Grosso 211 agências foram fechadas. Os municípios que fazem parte da luta por valorização da categoria são Cuiabá, Várzea Grande, Barra do Bugres, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde, Nobres, Tangara da Serra, Sorriso, São Jose dos Quatro Marcos, Rio Branco, Nova Mutum, Alta Floresta, Pontes e Lacerd, Mirassol d´Oeste, Sinop, Guarantã do Norte, Juína, Juara, Poconé, Peixoto de Azevedo, Colider, Araputanga, Sapezal, Matupá, Rosário Oeste, Arenápolis, São José do Rio Claro, Jauru e Diamantino.
Em Rondônia, foram 92 agências fechadas de um universo de pouco mais de 130 agências no Estado, o que representa um índice de 74% de adesão.
Em Minas Gerais a mobilização da categoria continua forte na Zona da Mata e Sul. Nesta quarta-feira, em Juiz de Fora, as agências do Santander, Mercantil do Brasil e HSBC tiveram suas atividades interrompidas, da mesma forma que unidades do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Na Zona da Mata e Sul de Minas, 45 agências ficaram fechadas, sendo 31 em Juiz de Fora. Os bancários do Banco do Brasil de Cruzília, Cabo Verde e Guaxupé (Sul de Minas) também participaram do movimento. Além dessas cidades, as agências do BB de Juruaia e Guaranésia (Sul de Minas), que não fazem parte da base territorial do Sintraf, também paralisaram as atividades e receberam os diretores do Sindicato. Vale destacar o emprenho dos bancários e bancárias do Banco do Brasil de Guaxupé, que estão aderindo fortemente ao movimento por melhores condições para a categoria.
Mais do que reajuste
Na Bahia, a greve continua a crescer. A cada dia mais agências são fechadas em Salvador e no interior. O Estado tem pouco mais de mil unidades bancárias e 820 deixaram de prestar atendimento neste segundo dia de paralisação por tempo indeterminado.
De acordo com Augusto Vasconcelos (foto), presidente do Sindicato dos Bancários, a paralisação atinge agências de toda a Bahia. "A greve será mantida, são 820 agências paralisadas no estado. Estamos aguardando uma negociação. Eles [Federação Nacional dos Bancos] silenciaram e não apresentaram propostas, limitaram-se apenas para fazer um reajuste 7,35%, o que significa 1% de aumento real", explica.
Em Salvador, 199 agências fecharam as portas. A capital tem a maior concentração de unidades, em média 310. A tendência é nos próximos dias as demais aderirem ao movimento e paralisarem as atividades.
Com 621 agências fechadas, o interior também está firme na greve. Bancários de cidades como Ipirá, Vitória da Conquista, Guanambi, Salinas das Margaridas, Itaparica, Vera Cruz, Serra Dourada, Cruz das Almas, Feira de Santana, Camaçari e muitas outras estão na paralisação.
A categoria pede reajuste salarial de 12,5%, além de melhores condições de trabalho, com o fim de metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades, entre outras demandas.
Vasconcelos também informa que outra assembleia da categoria já está marcada para a próxima segunda-feira (6), na sede do Sindicato dos Bancários, às 18h30, contudo afirma que a data pode ser modificada caso a Fenaban apresente alguma proposta. "Estamos aguardando os bancos se pronunciarem", conclui o presidente do sindicato.
Fonte: Portal CTB
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