Em contraponto as manifestações conservadoras de ultra-direita que
começam a ensaiar no País, os movimentos sociais e sindicais organizam atos que
apontam para a reforma política. Na última quinta-feira (13), milhares de
pessoas saíram às ruas em várias capitais e em Belo Horizonte o ato aconteceu
na Praça Sete com a participação da CTB-Minas.
“Evidentemente que esse modelo político impede as classes dominadas de
chegarem ao poder, impede a diversificação da representação no Congresso com
Proletariados, Camponeses, Quilombolas, Indígenas, GLBT, em fim ‘minorias’, que
na verdade são a maioria de nosso País.
O Congresso se encontra cada vez mais nas mãos dos capitalistas” avalia o
vice-presidente da Fetaemg, José dos Reis Pereira. Ele esteve no ato que
reivindica a reforma política para alterar a correlação de forças necessária
para avançar em outras reformas imprescindíveis para o Brasil.
O Congresso Nacional recentemente eleito se tornou ainda mais
conservador, aumentando consideravelmente sua representação junto a classe
dominante, com destaque o aumento de 30% do inimigo dos camponeses – a bancada
Ruralista. A proposta de uma reforma política tramita na Câmara dos Deputados
depois de receber 7,7 milhões de votos de cidadãos que querem um plebiscito
oficial para a Reforma Política.
Para
impedir essa proposta popular, os setores conservadores já apresentaram uma a
contrarreforma através do referendo, que nada mais é do que um cheque em branco
para que o Congresso faça sua própria “reforma”, a seu bel prazer.
São Paulo
Mais de 15 mil pessoas se reuniram na Avenida Paulista em São
Paulo. Mas não só a luta pela Reforma Política agitou os movimentos sociais,
que também foram para a rua mostrar aos setores conservadores a força do povo
brasileiro. “Estamos na rua por mais direitos e contra a direita”, disse um
dirigente do MTST. Isso porque, há poucos dias uma parcela ultra conservadora
da sociedade se reuniu no mesmo lugar, no vão livre do Masp, para exigir um
impeachment e um golpe militar. Em resposta o povo tomou as ruas para
consolidar a vitória nas urnas.
Presente na manifestação
paulista, o dirigente da CTB José Bitelli reforça que essa manifestação foi uma
“intervenção do povo”, ao contrário da direita que pede uma intervenção
militar. Ele ressaltou a importância de os setores progressistas tomarem as
ruas para garantir os direitos já conquistados e seguir com novas vitórias
populares.
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