A Frente Brasil Popular realizou na segunda-feira 22 uma reunião em São Paulo com representantes dos movimentos sociais, sindicais e partidários para analisar a conjuntura política e econômica e buscar um enfrentamento da crise e da recessão, sem penalizar os trabalhadores. Outro foco das discussões foi a forte ofensiva conservadora que tenta desestabilizar o atual governo, além da definição de um calendário de lutas e mobilização social.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou a necessidade do governo federal de garantir a governabilidade e manter o diálogo com suas bases sociais sem recuar em questões importantes do projeto de governo que o elegeu. “O cenário no Senado é grave pelas pautas de conteúdo neoliberal, como a questão da Petrobras, o projeto de regulação das estatais, abrindo um pretexto claro para a privatização dessas empresas, o limite do endividamento do Estado, que engessa qualquer política pública”, disse Jandira.
O ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT-RS), em sua exposição, afirmou que para defender a governabilidade será preciso reagir à agressiva ofensiva neoliberal em curso. Ele denunciou o consórcio golpista que reúne a mídia e setores do Judiciário com um único objetivo: desmantelar o atual governo. Também compareceram ao encontro o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e o vice-presidente nacional do PCdoB, Walter Sorrentino.
Do debate foi elaborado o documento intitulado “Plano Emergencial para Enfrentar a Crise” com diretivas para avançar e superar a crise econômica. Abaixo, um trecho:
“A Frente Brasil Popular defende uma política econômica que assegure o desenvolvimento sustentável com distribuição de renda, geração de empregos e inclusão social. Portanto, um programa emergencial para enfrentar a crise deve se voltar para a retomada do crescimento econômico, a defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e o enfrentamento das desigualdades de renda e riqueza no país”.
Ao longo do debate, reafirmou-se que é prioritário defender a democracia e assegurar que os direitos conquistados não sejam perdidos ou subtraídos e trabalhar pelo grande ato popular de março. Na agenda de lutas, confirmada para o dia 31 de março, a grande mobilização dos 100 mil construída em parceria com o movimento Povo sem Medo. O ato planeja levar 100 mil pessoas de todo o país a Brasília na defesa de direitos sociais e trabalhistas e da democracia.
Além das lideranças políticas, a reunião da FBP contou com as entidades do movimento social, entre elas a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), representada pelo secretário de políticas sociais, Carlos Rogério Nunes, e representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), União da Juventude Socialista (UJS), Levante Popular da Juventude, Unegro, União Brasileira de Mulheres (UBM) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).
Portal CTB
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