A equipe econômica liderada pelo interino Henrique Meirelles (Fazenda) definiu como meta fechar o próximo ano com um déficit primário menor do que o de 2016, que pode ficar em até R$ 170,5 bilhões. Para isso, a gestão interina de Michel Temer fará um saldão e entregará o Brasil por R$ 30 bilhões.
Meirelles calcula que o futuro programa de privatizações e concessões do governo Temer irá render entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões ao caixa do Tesouro Nacional em 2017. A gestão interina ainda não indicou o que pode ser privatizado. Mas, foi sinalizada a venda da Caixa Seguridade, IRB, participações da Infraero em aeroportos e concessões de rodovias, portos e aeroportos.
Ponte para o passado
Confirmando o que foi anunciado na cartilha “Ponte para o Futuro”, na semana passada, durante reunião com sua equipe, Temer orientou seus ministros a levantarem em suas áreas "tudo o que puder ser privatizado e concedido ao setor privado" com dois objetivos.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) destacou que o anúncio só confirma o que a central vem denunciando cotidianamente desde a divulgação da cartilha "Ponte para o Futuro".
“O projeto da gestão golpista é claro, entregar ao capital estrangeiro, em especial os EUA (que mantiveram eloquente silêncio sobre o golpe, apoiando-o nos bastidores), todas as nossas riquezas, em especial o pré-sal e as privatizações (inclusive da Petrobras), bem como a mudança da política externa é um dos caminhos já apontados”, externou Araújo. Ele ainda avisou: "a CTB seguirá firme na resistência contra o governo golpista e lutará contra qualquer retrocesso".
Na mesma linha, o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, afirma que o objetivo da gestão interina não é outro senão “interditar um projeto democrático, patriótico e popular que vinha sendo implementado no Brasil desde 2003”. Para Santana, o “governo” golpista quer restaurar um programa neoliberal que confronta os interesses nacionais e os direitos sociais.
Desmonte do Estado
Vale lembrar que, desde de que assumiu de forma ilegítima a presidência da República, sob a alegação de cortar gastos e diminuir a dívida pública, Temer tem implementado, dia a dia, um pacote de maldades e desconstrói todas as conquistas e direitos conquistados no último período.
Sem pudor, a gestão golpista extinguiu com uma canetada só os Ministérios da Cultura, das Comunicações, das Mulheres, da Igualdade racial, dos Direitos humanos, da Juventude, da Previdência Social e do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Por trás desse desmanche está a sinalização ao mercado de que o Brasil dará as condições necessárias para se implementar uma agenda regressiva e de Estado mínimo.
Portal CTB - Joanne Mota
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