Cerca de 59 Sindicatos de Trabalhadores Rurais da região do Vale do Rio Doce uniram-se, na tarde de ontem (19/09), em uma mobilização em defesa da manutenção dos direitos dos trabalhadores rurais na previdência social. Mais de três mil lideranças e trabalhadores participaram de uma caminhada histórica pelas principais ruas de Caratinga.
O objetivo da passeata foi chamar a atenção para a reforma da previdência social que, se concretizada, pode retirar os direitos conquistados pela categoria ao longo dos anos.
Hoje, pelas regras vigentes, homens que trabalham no campo podem se aposentar aos 60 anos de idade e mulheres, aos 55 – ambos com um salário mínimo, mesmo tendo cumprido apenas atividade rural. Com as possíveis alterações, seriam postas iguais a idade de aposentadoria entre urbanos e rurais. Assim, os homens e as mulheres do campo passariam a se aposentar com 65 anos de idade.
O presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, ressalta que a iniciativa serve para manifestar a disposição de lutar contra a reforma da previdência e contra a precarização dos direitos – de ativos e aposentados. “Não acreditamos que a Previdência esteja deficitária. Muito pelo contrário, há superávit. Trabalhadores do campo e da cidade precisam estar unidos para evitar o retrocesso de direitos garantidos constitucionalmente” afirmou.
O servidor público de Governador Valadares e diretor José Carlos Maia da CTB também presente no ato afirma: "A unidade dos trabalhadores do campo e da cidade é fundamental neste momento, daí o apoio integral da CTB a esta manifestação". Manifestações como esta vem acontecendo em todo o estado. “A intenção é mostrar para o governo que os trabalhadores e trabalhadoras rurais estão unidos e organizados na luta para manter seus direitos”, afirma Juliana de Souza Matias, diretora da Fetaemg Polo do Vale do Rio Doce e Diretora Juventude da CTB Minas.
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