No segundo dia de debate do Encontro Nacional de Educação da CTB, realizado nos dias 13 e 14 de dezembro em Belo Horizonte, trabalhadores e trabalhadoras do setor discutiram as perspectivas na luta em defesa da educação pública. Entre as saídas para enfrentar os ataques do governo golpista, está a agenda para construir Conferências populares nos estados e municípios por todo país, além de trabalhar na articulação de uma frente ampla em defesa da educação pública brasileira. Essa foi uma das propostas apresentadas pelo coordenador da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (CONTEE) Gilson Reis.
Esse debate aconteceu na parte da manhã com o tema Perspectivas da luta sindical por uma educação de qualidade no 2º Encontro Nacional de Educação da CTB que este ano traz o mote “Por uma educação democrática e emancipadora”. A mesa foi composta por Gilson, que também é diretor da executiva da CTB, e pela representante da União Brasileira dos Estudantes (UBES), Bruna Elena. O secretário de finanças da CONTEE e representante da CUT, José Ribamar Barroso, foi convidado para participar do debate.
Frente ampla
Para Gilson Reis a educação está no centro do golpe e os interesses conservadores são históricos contra a educação pública de qualidade. Gilson reforçou a necessidade de compor uma unidade ampla de entidades em defesa da educação. Para ele potencializar as contradições da mercantilização do ensino é uma estratégia de trazer mais setores para enfrentar os ataques promovido pelo governo golpista. “A decisão do golpe é destruir a educação pública de qualidade no Brasil. A reforma do Ensino Médio esconde um processo profundo de privatização da educação, atacando a escola pública e os profissionais envolvidos” avalia Gilson Reis.
Na mesma linha, a estudante Bruna Elena também chamou atenção para unidade do movimento sindical e estudantil para fortalecer essa frente ampla de enfrentamento ao golpe. Bruna afirmou que as ações propostas por Temer, como a recém-aprovada PEC 55, é um “desmonte total da educação pública e um assassinato ao Plano Nacional de Educação.” Bruna citou ainda medidas do governo golpistas que têm o objetivo de calar o movimento estudantil e dificultar o acesso de jovens que passaram a frequentar as escolas nos últimos tempos.
“Educação pública para gente significa a soberania nacional. Nós não queremos só barrar a Medida Provisória do Ensino Médio, nós queremos uma nova escola, rediscutido com os estudantes e professores. E que inclua mais do que os 19% dos jovens que hoje estão nas escolas” aponta Bruna Elena.
Diálogos e campanhas de comunicação
A exposição da conjuntura de luta pela educação em um momento de golpe trouxe também propostas de ação. Uma das ideias é fazer duas campanhas nacionais que denuncie a privatização da educação brasileira e a segunda que mostre os perigos da desprofissionalização da categoria pretendida por Temer.
Para Ribamar Barroso a estratégia é fazer o debate ideológico com a sociedade sobre o que representa esse estado mínimo imposto pelos articuladores do golpe. A necessidade de ampliar o dialogo com a população e reforçar a luta de resistência foi unanime na fala dos(as) participantes(as) do Encontro.
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