14 de fev. de 2017

Trabalhadores rurais organizam protesto contra a reforma da previdência nesta quarta (15)



A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), juntamente com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-Minas), prepara para esta quarta-feira (15/02) manifestação nas agências da previdência em todo o Estado. O objetivo é dizer NÃO ao desmonte da previdência anunciado na reforma da previdência do governo golpista de Temer. A proposta está prevista para entrar em pauta no Congresso no dia 15 de março e diversas agendas de lutas contra a reforma estão programadas pelo movimento sindical e social. Amanhã (15), o protesto terá concentração às 08h30 na Praça da Estação, em Belo Horizonte, e seguirá para frente do INSS (Avenida Amazonas, 266). Atos ocorrerão simultaneamente em Barbacena, Divinópolis, Diamantina, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Ouro Preto, Poços de Caldas Teófilo Otoni, Uberaba, Uberlândia e Agência de Unaí.
   
A reforma do (des)governo Temer retira direitos de todas as categorias da classe trabalhadora. No caso dos trabalhadores rurais, a nova regra proposta fará com que trabalhem mais e impõe a contribuição mínima de 25 anos. O fato é que os trabalhadores do campo começam a trabalhar ainda mais cedo que os trabalhadores urbanos e na maioria das  vezes sem vínculo formal de trabalho. A regra atual, portanto, não é um privilégio, mas uma equação de justiça com aqueles que iniciam o trabalho na adolescência sobre condições de trabalho inadequadas. A regra atual considera que a contribuição dos trabalhadores rurais se dá na alíquota de 2,1% aplicada a venda dos produtos e permite a aposentadoria com um salário mínimo aos 60 anos homens e 55 mulheres. Para Temer, a idade deve ser igual para homens e mulheres, anulando a realidade de tripla jornada e as condições comprovadamente mais difíceis das mulheres no mercado de trabalho. 

Para o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, os argumentos para reforma são mentirosos, abrirá caminho para um caos na economia local e um representa um retrocesso incalculável para o país. "A Previdência, integrada à Seguridade Social, exerce importante protagonismo e caráter estratégico na redistribuição de renda, na produção de alimentos para a segurança alimentar e no combate à pobreza, produzindo impactos socioeconômicos positivos no âmbito das famílias rurais e na economia dos municípios."

Vilson convoca toda a classe trabalhadora para tomar as ruas e pressionar a retirada da proposta. "Devemos mostrar a este governo ilegítimo que não estamos parados e que vamos batalhar para que não haja nenhum retrocesso. Vamos para as ruas, vamos gritar ficar atentos aos deputados que votarem contra o povo. A luta contra a PEC 287 é uma luta de todos, a união faz a força" conclama.

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