Derrotado no dia anterior, Temer reúne tropa de choque e dá um golpe nos trabalhadores e trabalhadoras
Inconformados com a derrota, na noite de terça (18), quando o
requerimento de urgência para votação da reforma trabalhista (PL 6787)
não foi aprovado por número insuficiente de votos, mais uma vez, o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), dá um golpe
nos trabalhadores e trabalhadoras e recoloca em votação a matéria
rejeitada ontem.
A aprovação do requerimento de urgência - por 287 votos a 144 -
exclui o tema do debate na Comissão Especial da Reforma Trabalhista,
atropelando o processo definido anteriormente, além de representar um
rolo compressor sobre os direitos trabalhistas.
GOLPE NO PLENÁRIO DA CÂMARA: Regime de urgência da reforma trabalhista é votado novamente nos moldes da escola de Eduardo Cunha
A decisão de Maia, que recolocou em votação matéria já derrotada em
plenário, repete manobras regimentais que foram utilizadas com
frequência pelo ex-presidente da Câmara, o deputado cassado Eduardo
Cunha. Deputados da oposição tentaram bloquear a sessão e levantaram
placas com a frase "Método Cunha, não".
Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil (CTB), Adilson Araújo, o resultado da votação é um ataque sem
precedentes aos direitos da classe trabalhadora brasileira e também
revela que o governo está com medo da reação popular.
"A urgência da votação se justifica pelo medo dos parlamentares da
Greve Geral do dia 28 de abril. Se eles pensam que esse ataque vai
amortecer as mobilizações populares, estão muito enganados. O povo
brasileiro vai se levantar, com muito mais força e determinação e
realizar a maior Greve Geral da história deste país. Ocuparemos Brasília
e trabalharemos diuturnamente para denunciar, um a um, os responsáveis
pela destruição dos empregos e dos direitos trabalhistas,
previdenciários e sociais dos trabalhadores e trabalhadoras”.
De Brasília, Sônia Corrêa - Portal CTB
Foto: Agência EBC
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