Livro produzido pela Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da UFMG, "Trabalho Escravo: entre os achados da fiscalização e as respostas judiciais" foi lançado durante o encontro.
“Chacina de Unaí completa 14 anos. Mandantes, já condenados, mas ainda estão em liberdade”, assim abriu-se os trabalhos do ato solene que o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, que em conjunto com lideranças sindicais e de movimentos sociais, lembraram da Chacina de Unaí que ocorreu na cidade de Unaí, Minas Gerais, em 28 de janeiro de 2004, quando quatro funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego foram assassinados na região, durante uma fiscalização de rotina em fazendas. Unanimemente o auditório lotado da sede da CTB, em BH, pediu a prisão dos mandantes da chacina, que continuam livres. O ex-prefeito de Unaí Antério Mânica, seu irmão Norberto, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro foram julgados e condenados em 2015. Somadas, as penas ultrapassam 220 anos, mas eles recorrem em liberdade. Na oportunidade, foi lançado o livro produzido pela Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de pessoas da UFMG, com o título "Trabalho escravo: entre os achados da fiscalização e as respostas judiciais", um resumo de ações e estatística da pasta.
Integraram a mesa organizadora do evento: a presidenta da CTB Minas, Valéria Morato; a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho (MTP-MG), Adriana Augusta de Moura Souza; o procurador federal do Trabalho, José Eduardo de Resende; o auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS); o juiz federal e coordenador da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da Faculdade de Direito da UFMG, Carlos Haddad.
O secretário geral da CTB Minas, Gelson Alves e a representante do Comitê Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Apátrida, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo (Comitrate), Ana Paula dirigiram os trabalhos.
Além dos citados, também estiveram presentes ao encontro os representantes das centrais sindicais: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosângela; Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Everson; Intersindical, Silvana e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), Eduardo.
*Reportagem jornalista Rogério Reis
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