Na próxima quinta-feira (31/01), às 17h, haverá um ato em frente à sede da Vale, em Belo Horizonte, com a participação das centrais sindicais e frente populares, para lembrar o sétimo dia do crime cometido pela mineradora.
No
dia 01º de fevereiro (01º/02), às 13h, haverá um ato durante a posse dos
deputados Estaduais na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para
pressionar os parlamentares contra as mineradoras.
No
dia 05 de fevereiro (05/02), às 17h, haverá uma manifestação na Praça Sete,
centro da capital, contra o crime da Vale e o fim da Justiça do trabalho.
Recentemente, o Bolsonaro declarou que há uma proposta em estudo para acabar com a
Justiça do Trabalho. A afirmação foi feita durante entrevista concedida ao
telejornal SBT Brasil.
“Como
ficam os trabalhadores prejudicados pelos maus patrões? Como vão ficar os
familiares dos trabalhadores mortos pela Vale?, questionou a presidente da
CTB-MG, Valéria Morato.
No dia 25 de fevereiro
(25/02), há uma proposta de um ato nacional em BH sobre os crimes cometidos
pela Vale no Estado e rompimentos de barragens que podem acontecer a qualquer
momento.
Em Brumadinho, já são 65
mortes confirmadas e 288 pessoas desaparecidas (eram 279 no final da noite
desta segunda-feira). Mortos e desaparecidos passam de 350 pessoas.
Sobre
a “reforma” da previdência, Morato lembrou que a proposta do governo Bolsonaro
é pior que aquela apresentada pelo Temer. “O centro do ataque é a classe
trabalhadora. Precisamos unificar as nossas ações. Esse é o único caminho”, disse
ela.
Outro
tema discutido durante o encontro foi a entrega do país para o capital
internacional. Tanto Bolsonaro como o governo Zema já anunciaram que pretendem
privatizar várias empresas públicas. Em Minas Gerais, Zema disse que pretende
vender a Cemig e a Copasa.
“O
caso da Vale é um exemplo do falso discurso privatista. Na época, o presidente
Fernando Henrique Cardoso (FHC) vendeu a Vale praticamente de graça. Desde
então, a empresa já cometeu vários crimes ambientais contra o povo brasileiro”,
lembrou ela.
A
CTB Minas orienta aos sindicatos filiados a se manifestarem junto as suas bases
contra o crime da Vale em Brumadinho. Esse crime é considerado o maior acidente
de trabalho coletivo e ocorreu pelo descaso dos órgãos responsáveis pela
fiscalização, pela regularização e pelo descuido com a vida humana.
Os
últimos anos foram de sucateamento do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM),
de destruição da legislação trabalhista por um governo que visa beneficiar o
grande capital especulativo.
Além
da nossa solidariedade é preciso denunciar o que aconteceu, como crime e propor
ações para barrar a ofensiva contra a classe trabalhadora.
É
essencial a elaboração de material que dialogue com os trabalhadores, ir para
as bases e propor ações efetivas de acordo com a realidade de cada um.
Nossa
agenda de lutas, além da nossa luta permanente, é estar junto dos movimentos
sociais na capital de Minas e interior
através dos sindicatos filiados.
Agenda da Classe Trabalhadora
Dia 31/01/19 – às 17 horas - Ato
em frente a Vale BH (sete dias do CRIME); centrais sindicais e frentes
populares.
Dia 01/02/19 - às 13 horas – Posse
dos deputados de Minas ( ato para pressionar os parlamentares sobre as
mineradoras).
Dia 05/02/19 – às 17 horas – Ato na praça sete/BH, contra o fim da
justiça do trabalho e denúncia sobre o crime de Brumadinho.
Dia – 25/02/19 – Proposta do Ato nacional em BH, sobre os
crimes cometidos pela Vale no estado e rompimentos de barragens que podem
acontecer em qualquer momento.
Fotos: Cristina Barroso (CTB-MG)
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