A greve dos trabalhadores da indústria de fogos de Santo Antônio do Monte, Itapecerica e Lagoa da Prata completa uma semana nesta terça-feira (24/05). Segundo o balanço do Sindicato dos Trabalhadores (Sindifogos), todas as 70 fábricas estão afetadas, parcial ou completamente.
Mesmo com a atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT), permanece o impasse. O Sindifogos já cedeu, aceitando a proposta do MPT: 10% de reajuste, duas cestas básicas por ano e R$ 590 de piso salarial. Mas os patrões continuam rejeitando a tentativa de negociação, e querem conceder apenas uma cesta básica a cada mês de dezembro, 9% de reajuste e piso de R$ 580.
“A greve está organizada, os trabalhadores aderindo com firmeza, apesar das ameaças”, afirma o presidente do Sindifogos, Antônio Camargos dos Santos. “O próximo passo é aguardar a nova rodada de negociações. A gente não arreda o pé até resolver essa situação” completa. O Sindifogos já solicitou nova reunião com intermédio do MPT, o que está programado para as 10h desta terça-feira (24/05). Até o momento, não há resposta do Sindicato Patronal.
A greve do polo produtor de fogos mineiro faz parte de um mesmo panorama, com mobilizações e greves em diversos estados do País, como Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul. Para José Antônio de Lacerda, o Jota, vice-presidente da CTB Minas, os trabalhadores incorporam mais do que reivindicações econômicas em suas greves. “Os sindicatos classistas estão na frente da luta salarial, mas também compreendem que é preciso aliar reivindicações econômicas ao processo de desenvolvimento, distribuição de renda e valorização do trabalho”, avalia Jota.
Na noite de hoje, os trabalhadores participam de sessão na Câmara Municipal em Santo Antônio do Monte. Além de articular o apoio dos vereadores, o Sindifogos também solicita o auxílio do prefeito Leonardo Lacerda Camilo o (PR), em mais uma tentativa de dialogar com os patrões. Até o momento, o prefeito não recebeu os trabalhadores.
Redação: Verônica Pimenta - Jornalista CTB Minas
Fotos: Murilo Ferreira da Silva - Diretor da CTB Minas
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