O
Sindicato dos Professores do Estado de Minas (Sinpro Minas), que representa os
professores do ensino privado, emitiu, no dia 9, uma nota de repúdio contra o Instituto
Educacional Meta, de Poços de Caldas, que demitiu o professsor Yuri de Almeida,
dirigente do sindicato.
Segundo
o Sinpro, com a alegação de que não haveria mais turma, a escola fez tentativas
para forçar a demissão por justa causa. O professor Yuri, cumprindo o seu papel
sindical, denunciou as irregularidades na instituição de ensino, que estaria atrasando
o pagamento dos professores e descumprindo diversos direitos trabalhistas, como
pagamento de férias e 13º salário e vários itens da Convenção Coletiva de
Trabalho.
Na
tentativa de por fim ao problema, o Sinpro Minas entrou com diversas ações
individuais e chamou a escola em reunião para providenciar uma regularização,
com ofícios e ata assinada. No entanto, no final de fevereiro, a escola teria
comunicado informalmente à regional do Sinpro Minas em Poços de Caldas a
dispensa do professor, que ficaria à disposição do sindicato.
Porém,
como não houve qualquer comunicação oficial sobre a rescisão do contrato de
trabalho ou qualquer acordo para a liberação do professor para o sindicato,
Yuri foi trabalhar normalmente e se deparou com outro docente em seu lugar.
A
decisão da escola caracteriza um desrespeito não só ao dirigente sindical, mas
à livre organização da categoria. “Alguns alunos disseram que a escola informou
que eu havia faltado. Fui conversar com a diretora, e ela, em público, pegou em
meu braço, ordenando que eu saísse da sala porque não era mais professor.
Também alegaram que faço motim na escola para professores entrarem com ações na
justiça e até greve. A polícia foi chamada e a escola informou que houve um
acordo com o sindicato, o que não é verdade”.
Para
o Sinpro Minas, a perseguição e humilhação em público sofrida pelo professor caracteriza
assédio moral. Diante disso, o Sindicato informa que tomará as medidas
judiciais cabíveis e reitera o repúdio a qualquer prática de assédio moral e
perseguição de professores e dirigentes sindicais.
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